(em breve) Mulher e natureza
articulações e sentidos na América Latina
DOI:
https://doi.org/10.18226/22370021.v15.n1.11Palavras-chave:
America Latina, Desenvolvimento Sustentável, Ecofeminismo, Justiça Ambiental, Terceiro Mundo, MulheresResumo
As mulheres, especialmente aquelas do Terceiro Mundo, têm desenvolvido no decorrer da história uma relação de proximidade e cuidado com o ecossistema. Movimentos feministas, como o ecofeminismo, buscam, no contexto da justiça ambiental, a justiça para as mulheres no seu reconhecimento identitário. Procura-se identificar as relações de poder e a relação existente entre a exploração e dominação da natureza e a dominação e subordinação das mulheres nas relações socioambientais na América Latina. Realiza-se, assim, uma pesquisa do tipo qualitativo, modelo hipotético-dedutivo e utilizando-se dos métodos descritivo, explicativo e crítico. Embora seja presenciado alterações de legislações específicas na tentativa de alcançar um desenvolvimento sustentável e de igualdade de gênero, a opressão sobre mulheres e a crise ambiental ainda dependem de uma maior mudança estrutural e organizacional da sociedade.
Downloads
Referências
AFONSO, Henrique Weil. A Reconstrução Histórica da Diversidade no Direito Internacional. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2015.
ANGELIN, Rosângela. “Mulheres, ecofeminismo e desenvolvimento sustentável diante das perspectivas de redistribuição e reconhecimento de gênero. Estamos preparados?”. Revista Eletrônica Direito e Política. Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica da UNIVALI, Itajaí, v.9, n.3, p.1569-1597, 3º quadrimestre de 2014. Disponível em www.univali.br/direitoepolitica. Acesso em 18/04/2023.
ANGELIN, Rosângela; SCHNORENBERGER, Neusa. “Interconexões entre a mística ecofeminista do movimento das mulheres camponesas e a tutela ambiental”. In: GUERRA, Clarissa et al. (Orgs.). Mulheres e Meio Ambiente: nosso papel fundamental. Vol. 2. Blumenau: Editora Dom Modesto, 2020. p. 203-228.
ARANTES, Rivane; GUEDES, Vera (Orgs.). Mulheres, Trabalho e Justiça Socioambiental. Recife: SOS CORPO – Instituto Feminista para a Democracia, 2010. Disponível em http://soscorpo.org/wp-content/uploads/Livro-Mulher-Trabalho-e-Justi%C3%A7aSocio ambiental.pdf. Acesso em 22/10/2022.
ASTELL, Mary. Reflections upon Marriage. 3.ed. London: Gale ECCO, 2018.
BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. “Feminismos Subalternos”. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 3, p.1035-1054. 2017.
BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. “Feminismo De(s)colonial como Feminismo Subalterno Latino-Americano”. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 28, n. 3, p. 1-14. 2020.
BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. Livro 1: Fatos e Mitos. 4ª. ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.
BECK, Glaucy. “Da violência colonizadora ao desenvolvimento susutentável: As artimanhas da modernidade e os impactos sociais na América Latina”. In GUERRA, Clarissa et al. (Orgs.). Mulheres e Meio Ambiente: nosso papel fundamental. Vol. 2. Blumenau: Editora Dom Modesto, 2020. p.161-182.
CURIEL, Ochy. “Descolonizando el Feminismo: una perspectiva desde America Latina y el Caribe”. Primer Coloquio Latinoamericano sobre Praxis y Pensamiento Feminista, Buenos Aires, junio de 2009. Disponível em https://repositorio.unal.edu.co/handle/unal/75231. Acesso em 10/04/2023.
CYPRIANO, Breno. “Construções do pensamento Construções do pensamento feminista latino feminista latino-americano”. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 21, n. 1, p. 11-39. jan-abr 2013.
IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Carta do Rio. Brasília, 1995. Disponível em http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/ Carta%20do%20Rio%201992.pdf. Acesso em 05/05/2021.
ESPINOSA-MIÑOSO, Yuderkys. “Etnocentrismo y Colonialidad en los Feminismos Latinoamericanos: complicidades y consolidación de las hegemonías feministas en el espacio transnacional”. Revista Venezolana de Estudios de la Mujer, v. 14, n. 33, p. 37-54, jul./dic. 2009. Disponível em https://ayalaboratorio.files.wordpress.com/2017/12/espinosa-mic3b1oso-y-2009-etnocentrismo-y-colonialidad-en-los-feminismos-latinoamericanos.pdf. Acesso em 12/04/2023.
ESPINOSA-MIÑOSO, Yuderkys. “Una crítica descolonial a la epistemología feminista crítica”. El Cotidiano, mar./abr. 2014. Disponível em https://www.redalyc.org/pdf/325/32530724004.pdf. Acesso em 25/03/2023.
FARIA, Josiane Petry; ZINI, Amanda Caroline. “O papel do ecofeminismo na preservação de recursos: Uma análise das relações de gênero poder e sustentabilidade e o seu papel na construção de políticas públicas”. In GUERRA, Clarissa et al. (Orgs.). Mulheres e Meio Ambiente: nosso papel fundamental. Vol. 2. Blumenau: Editora Dom Modesto, 2020. p.277-294.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Trad. Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017.
FLORES, Bárbara Nascimento; TREVIZAN, Salvador Dal Pozzo. Ecofeminismo e comunidade sustentável. Revista Estudos Femininos. Florianópolis, vol.23, n.1, p.11-34. 2015. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2015000100011&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em 20/04/2023.
FRASER, Nancy. “Mercantilização, proteção social e emancipação: as ambivalências do feminismo na crise do capitalismo”. Revista Direito GV, São Paulo, v.7, n.2, p. 617-634, jul-dez. 2011. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/rdgv/v7n2/a11v7n2.pdf. Acesso em 19/03/2023.
FREITAS, Juarez. Sustentabilidade: direito ao futuro. 2ª.ed. Belo Horizonte: Ed. Fórum, 2012.
GEBARA, Ivone. Epistemologia Ecofeminista. Revista Mandrágora: Revista de Estudos de Gênero e Religião. Núcleo de estudos teológicos da mulher na América Latina/ do Curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e do Instituto Ecumêmico de Pós- Graduação em Ciências da Religião. São Bernardo do Campo: UMESP, ano VI, n.6, p. 18-27, dez. 2000.
JALIL, Laeticia Medeiros. Mulheres e soberania alimentar: a luta para a transformação do meio rural brasileiro. 2009. Mestrado (Ciências Sociais. Instituto de Ciências Humanas e Sociais do Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
LAGO, André Aranha Corrêa do. Estocolmo, Rio, Joanesburgo: o Brasil e a três conferências ambientais das Nações Unidas. Brasília: FUNAG, 2006.
MALERBA, Juliana. “A luta por justiça socioambiental na agenda feminista: visibilizando alternativas e fortalecendo resistências”. In ARANTES, Rivane; GUEDES, Vera (Orgs.). Mulheres, Trabalho e Justiça Socioambiental. Recife: SOS CORPO – Instituto Feminista para a Democracia, 2010. p.13-24. Disponível em http://soscorpo.org/wp-content/uploads/Livro-Mulher-Trabalho-e-Justi%C3%A7aSocio ambiental.pdf. Acesso em 22/10/2022.
MMC. MOVIMENTO DE MULHERES CAMPONESAS. História. Disponível em http://www.mmcbrasil.com.br/site/node/44. Acesso em 12/04/2023.
MOHANTY, Chandra. Talpade. “Bajo los ojos de occidente”. In: NAVAZ, L. S., HERNÁNDEZ, A. (eds): Descolonizando el Feminismo: teorías y prácticas desde los márgenes. Madrid: Ed. Cátedra, 2008. p.1-23.
NASCIMENTO, Elimar Pinheiro. Trajetória da sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao econômico. Estudos Avançados, v. 26, n. 74, p. 51-64. 2012. Disponível em https://www.scielo.br/j/ea/a/yJnRYLWXSwyxqggqDWy8gct/?lang=pt&format=pdf. Acesso em 22/04/2023.
NAVAZ, Liliana Suárez; CASTILLO, Rosalva Aída Hernández (Coord.). Descolonizando el Feminismo: Teorías y Prácticas desde los Márgenes. Barcelona: Catedra, 2008. Disponível em http://www.reduii.org/cii/sites/default/files/field/doc/Descolonizando%20el%20feminismo.pdf. Acesso em 03/05/2023.
OKAFOR, Obiora Chinedu. Newness, imperialism, and international legal reform in our time: a TWAIL perspective. Osgoode Hall Law Journal, Toronto, v. 43, p. 171-191. 2005. Disponível em https://core.ac.uk/download/pdf/232625218.pdf. Acesso em 20/05/2023.
PACS- Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul. Mulheres e Conflitos Ambientais: Nem nossos Corpos, Nem nossos territórios – Da invisibilidade à resistência. Rio de Janeiro: Instituto PACS, ago. 2017. Disponível em http://biblioteca.pacs.org.br/publicacao/mulheres-e-conflitos-ambientais-da-invisibilidade-a-resistencia/. Acesso em 20/04/2023.
PAREDES, Julieta. Hilando fino desde el feminismo comunitário: Mujeres creando comunidad. La Paz: Cooperativa El Rebozo, 2010.
PAREDES, Julieta. Una sociedad en estado y con estado despatriarcalizador. Cochabamba: Diciembre, 2011.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. “Entre América e Abya Yala – tensões de territorialidades”. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, n. 20, p. 25-30, jul./dez 2009. Disponível em https://revistas.ufpr.br/made/article/view/16231. Acesso em 25/05/2021.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLASCO, 2005.
RODRIGUEZ, Graciela. Eco-feminismo – superando a dicotomia natureza/cultura. Disponível em https://www.abong.org.br/final/download/ArtigoEcofeminismo.pdf. Acesso em 26/04/2023.
SARTORE, Anna Rita; SANTOS, Aline Renata dos; SILVA, Camila Ferreira da. “Tecendo Fios Entre o Feminismo Latino-Americano Descolonial e os Estudos Pós-Coloniais Latino- Americanos”.Revista Interritórios - Revista de Educação Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, v. 1, n. 1, p.86-98, 2015.
SCOTT, Joan Wallach. A cidadã paradoxal: as feministas francesas e os direitos do homem. Florianópolis: Editora Mulheres, 2002.
SCOTT, Joan Wallach. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 16, n. 2, jul./dez. 1990. Disponível em https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71721/40667. Acesso em 23/04/2023.
SEGATO, Rita Laura. La crítica de la colonialidad en ocho ensayos: y uma antropología por demanda. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2013.
SILIPRANDI, Emma. “Ecofeminismo: contribuições e limites para a abordagem de políticas ambientais”. Agroecologia e desenvolvimento sustentável, v.1, n. 1, p. 61-70, jan./mar. 2000.Disponível em https://www.scielo.br/j/ref/a/TnSBYB7v9CFwpmQtVf8fbCM/?lang=pt. Acesso em 20/04/2023.
SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: EDUFMG, 2010 [1988].
TAVARES, Manuela. Ecofeminismo(s). Centro de Documentação e Arquivo Feminista Elina Guimarães. [s.l,] 2014. Disponível em https://www.cdocfeminista.org/wp-content/uploads/2014/02/ecofeminismo_Manuela_Tavares_5fev2014UF.pdf. Acesso em 25/04/2023.
TAVARES, Silvana Beline; MIRANDA, Adriana Andrade. Diriti de Bdé Burè: “Um olhar ecofeminista rumo à redistribuição e reconhecimento”. Revista de Gênero, Sexualidade e Direito, Maranhão, v. 3, n. 2, p. 137-152, jul/dez. 2017. Disponível em https://www.indexlaw.org/index.php/revistagsd/article/view/2407. Acesso em 25/04/2023.
ULLOA, Astrid. “Diferencias de género y etnicidad em las políticas globales-nacionales-locales de cambio climática”. Crítica y Emancipación, Buenos Aires, v. 12, p.227-294. 2014. Disponível em http://biblioteca.clacso.edu.ar/ojs/index.php/critica/article/view/94. Acesso em 03/05/2023.
VIELLE, Pascale. “Um regime de proteção social a serviço da transição climática: contribuição do pensamento ecofeminista”. Trad. Daniel Damásio Borges e Maria Luiza Rocha Silva. Revista de Estudos Jurídicos UNESP, Franca, ano 24, n. 39, p. 115-139, jan./jun. 2020.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Direito Ambiental e Sociedade

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais , podem limitar o uso do material.