MULHERES E AGROECOLOGIA

UM DIAGNÓSTICO A PARTIR DE POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS

Autores/as

  • Eduarda Camargo Sansão UNESP - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
  • Elisabete Maniglia UNESP - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

DOI:

https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n1.10

Palabras clave:

Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, Políticas Públicas, Mulheres, Agroecologia, Gênero

Resumen

A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, instituída pelo Decreto n. 7.794/2012, tem como intuito articular políticas, programas e ações baseadas em termos agroecológicos e desenvolvimento sustentável para uma alimentação saudável. Por meio desse escopo, é necessário observar como os sujeitos alvos das políticas sociais estão envolvidos na construção de políticas públicas. Simultaneamente, destaca-se a questão de gênero pela perspectiva de que tal aspecto tem implicações para as experiências econômicas e sociais das mulheres. A partir do problema observado, objetiva-se diagnosticar a relação entre políticas públicas municipais de agroecologia e a experiência das mulheres a partir do art. 3º, VII, Decreto n. 7.794/2012, da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO). Para estruturação do artigo, as metodologias utilizadas baseiam-se na revisão bibliográfica, análise documental e estudo de dados coletados pela Articulação Nacional de Agroecologia. Por conseguinte, consideramos que os movimentos sociais de mulheres foram articuladores para a construção da Política Nacional da Agroecologia e Produção Orgânica, com atenção para as demandas provenientes a partir do combate às desigualdades de gênero na agricultura. O relatório “Municípios Agroecológicos e Políticas de Futuro – Iniciativas municipais de apoio à agricultura familiar e à agroecologia e de promoção da segurança alimentar e nutricional” e tabela de dados da pesquisa disponibilizada para consulta pública permitiram formar um panorama de 34 iniciativas estruturadas nas regiões brasileiras que versam sobre a intersecção entre mulheres e agroecologia.

 

Biografía del autor/a

Eduarda Camargo Sansão, UNESP - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

Mestre em Direito pela UNESP - Franca. Graduada em Direito pela Universidade do Estado de Minas Gerais - unidade Passos. Membra do Instituto Humanidades, Direitos e Democracia (IHUDD). Membra do corpo editorial da Revista de Estudos Jurídicos da UNESP.

Elisabete Maniglia, UNESP - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

Possui graduação em Comunicação Social Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1975), graduação em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1988), mestrado em Direito pela Universidade de São Paulo (1994) e doutorado em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000). Defendeu livre docência em 2007 e atualmente é professora adjunto da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 

Citas

ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA (ANA). Municípios agroecológicos e políticas de futuro: iniciativas municipais de apoio à agricultura familiar e à agroecologia e de promoção da segurança alimentar e nutricional / organizadores: Flavia Londres ... [et al.]. - 2. ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro: Articulação Nacional de Agroecologia - ANA, 2021a.

ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA (ANA). O que é a ANA. 2018. Disponível em: https://agroecologia.org.br/o-que-e-a-ana/. Acesso em 14 abr. 2021.

ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA (ANA). Planilha Municípios Agroecológicos. 2021b. Disponível em: https://agroecologia.org.br/2020/10/22/municipios-agroecologicos/. Acesso em: 10 abr. 2021.

BRASIL. Decreto n. 7.794, de 20 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Diário Oficial da União: Brasília, DF, ago. 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/decreto/d7794.htm>. Acesso em: 10 abr. 2021.

BRASIL. Lei n. 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília/DF, 24 dez. 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.831.htm. Acesso em: 02 mai. 2021.

CONTAG; FETAGS; STTRS. Margaridas na luta por: desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade. Caderno de textos, 2011. Disponível em: http://transformatoriomargaridas.org.br/sistema/wp-content/uploads/2015/02/Caderno-Marcha.pdf. Acesso em: 03 mai. 2021.

CURIEL, Ochy. Construindo metodologias feministas a partir do feminismo decolonial. In: HOLLANDA, Heloisa Buraque de (Org.): Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020, p. 121-138.

EMBRAPA. Marco referencial em agroecologia. Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2006. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/107364/marco-referencial-em-agroecologia. Acesso em 14 mai. 2021.

FARRANHA, A.C. Direito e Análise de Política Pública: contextos, conteúdos e desafios em tempos de crise. Publicações da Escola da AGU, v. 11, p. 67-88, 2019.

FARRANHA, Ana Claudia; PEREIRA, Paulo Fernando Soares. As Instituições do Sistema de Justiça Brasileiras e os Ciclos das Políticas Públicas: possibilidades na defesa das ações afirmativas e combate ao racismo institucional e cultural. REVISTA QUAESTIO IURIS, v. 11, n. 3, p. 1542-1574, 2018.

FEIDEN, A., 2005. Agroecologia: introdução e conceitos. Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, p. 51-70.

FRANCIS, C., LIEBLEIN, G., GLIESSMAN, S., BRELAND, T. A., CREAMER, N., HARWOOD, R., POINCELOT, R. Agroecology: The Ecology of Food Systems. Journal of Sustainable Agriculture, 2003, 22(3), 99–118. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1300/J064v22n03_10. Acesso em: 14 mai. 2021

FREITAS, Maria Raquel Lino de; PONZILACQUA, Márcio Henrique Pereira. Análise de política social e direito: interfaces e procedimentos metodológicos. Ribeirão Preto; Belo Horizonte: FDRP-USP; PUC Minas, 2020

IPEA. Avaliação do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo 2016-2019. Linha histórica. Disponível em: http://www.agroecologia.gov.br/sites/default/files/publicacoes/Linha%20hist%C3%B3rica_versao_final.pdf. Acesso em 05 mai. 2021.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO (MDA). Plano nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo. Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica: Brasília, 2013. Disponível em: https://agroecologia.org.br/wp-content/uploads/2013/11/planapo-nacional-de-agroecologia-e-producao-organica-planapo.pdf. Acesso em: 15 abr. 2021.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO (MDA). Plano nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo. Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica: Brasília, 2016. Disponível em: https://agroecologia.org.br/wp-content/uploads/2016/06/Planapo-2016-2019.pdf. Acesso em: 15 abr. 2021.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Portaria Interministerial n. 1, de 3 de maio de 2016. Institui o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PLANAPO para o período 2016-2019. Disponível em: <https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/22793151/do1-2016-05-05-portaria-interministerial-n-1-de-3-de-maio-de-2016-22793073>. Acesso em: 10 abr. 2021.

MONTEIRO, Denis; LONDRES, Flavia. Pra que a vida nos dê flor e frutos: notas sobre a trajetória do movimento agroecológico no Brasil. In: A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil: uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável / organizadores: Regina Helena Rosa Sambuichi [et al.]. – Brasília: Ipea, 2017.

MOURA, Iracema Ferreira de. Antecedentes e Aspectos Fundantes da Agroecologia e da Produção Orgânica na Agenda das Políticas Públicas no Brasil. In: A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil: uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável / organizadores: Regina Helena Rosa Sambuichi [et al.]. – Brasília: Ipea, 2017.

REVISTA DA MARCHA DAS MARGARIDAS. Contra a fome, a pobreza e a violência sexista. Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag, Brasília/DF, mar. 2008. Disponível em: http://transformatoriomargaridas.org.br/sistema/wp-content/uploads/2015/02/REVISTA-Marcha-das-Margaridas-2007-.pdf. Acesso em: 03 mai. 2021.

SILIPRANDI, E. Mulheres e agroecologia: transformando o campo, as florestas e as pessoas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2015.

SILIPRANDI, E. Rompendo a inércia institucional: as mulheres rurais e a política nacional de agroecologia e produção orgânica. In: A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil: uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável / organizadores: Regina Helena Rosa Sambuichi [et al.]. – Brasília: Ipea, 2017.

TROVATTO, C. M. M; BIANCHINI, Valter; SOUZA, Cláudia de; MEDAETS, Jean Pierre; RUANO, Onaur. A Construção da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica: Um olhar sobre a Gestão do Primeiro Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. In: A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil: uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável / organizadores: Regina Helena Rosa Sambuichi [et al.]. – Brasília: Ipea, 2017.

Publicado

2023-10-25

Cómo citar

Sansão, E. C., & Maniglia, E. (2023). MULHERES E AGROECOLOGIA: UM DIAGNÓSTICO A PARTIR DE POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS. Revista Derecho Ambiental & Sociedad, 13(1). https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n1.10

Artículos similares

<< < 10 11 12 13 14 15 16 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.