ASPECTOS LEGAIS DA OUTORGA DO USO DA ÁGUA: OCUPAÇÃO DO SOLO E USO DA ÁGUA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO IGARAPÉ D’ALINCOURT

Autores

  • JULIANA APARECIDA PARCIO Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PGCA) da Universidade Federal de Rondônia - Campus de Rolim de Moura Docente na Estácio.
  • Nubia Deborah Araújo Caramello Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá e via colaboração técnica do Mestrado Profissional em rede Nacional de Regulação e Gestão de Recursos Hídricos, atuando nas linhas de instrumento de gestão de recursos hídricos e indicadores de sustentabilidade aplicada a gestão de recursos hídricos. Pesquisadora Convidada dos grupos de pesquisa Agua, Território e Sustentabilidade (UAB/Barcelona) e Dinâmica e Gestão de Rios (Geomorphos/UFRJ/Brasil).

Palavras-chave:

Lei 9.433/1997, Recursos hídricos, Usuários de água.

Resumo

A água é um bem de domínio público e seu uso pelo particular é permitido por meio da outorga de direito de uso de água, conforme ordenamento jurídico do Brasil por meio da Lei nº 9.433/1997, que se destaca por ser um instrumento de gestão dos recursos hídricos, cuja finalidade é o controle qualitativo e quantitativo da água. Assim, objetivou-se caracterizar o uso e ocupação do solo e da água na bacia hidrográfica do Igarapé D´Alincourt, a partir da espacialização das outorgas concedidas no período de 2015-2020. A pesquisa caracteriza-se como estudo de caso. O delineamento da área e perímetro da bacia hidrográfica foi realizado utilizando-se dados do projeto Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), com resolução de 30 metros. E, a espacialização dos tipos de outorgas de uso água, alocados no perímetro da bacia hidrográfica foram realizados por meio do software QGIS 2.10, os dados secundários sobre o destinação da outorga foram viabilizado pela SEDAM. Identificou-se que na bacia hidrográfica do igarapé D´Alincourt existem outorgas de uso de água apenas superficial, destinada para captação de água e lançamento de efluentes. Ocorreu predomínio de outorgas de uso de água para atividade agropecuária na bacia hidrográfica do igarapé D´Alincourt. Constatou-se que nem todos os usuários que utilizam água em suas atividades econômicas solicitaram a outorga ao órgão gestor. Observa-se que somente identificar os usuários não é suficiente para identificar as demandas do uso, devendo considerar os usos não consultivo, de forma que possa identificar a real capacidade hídrica da bacia, dar suporte aos usos múltiplos dos recursos hídricos conforme preconiza a Lei 9.433/97 e as diretrizes legais de outorga empregado pela SEDAM e auxiliar a tomada de decisão envolvendo conflito pela água.

Biografia do Autor

JULIANA APARECIDA PARCIO, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PGCA) da Universidade Federal de Rondônia - Campus de Rolim de Moura Docente na Estácio.

Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Rondônia ; Especialista em Metodologia e Didática no Ensino Superior  ; Bacharel em Direito  e Licenciada em Letras, ambos pela Universidade Federal de Rondônia. Advogada  com  experiência em Segurança Pública; Direito Agrário; Ambiental;  Civil, Penal, Processual Penal, Lei de Execução Penal e Relações interpessoais e Docente no  curso de  Direito da Faculdade Estácio .

Nubia Deborah Araújo Caramello, Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá e via colaboração técnica do Mestrado Profissional em rede Nacional de Regulação e Gestão de Recursos Hídricos, atuando nas linhas de instrumento de gestão de recursos hídricos e indicadores de sustentabilidade aplicada a gestão de recursos hídricos. Pesquisadora Convidada dos grupos de pesquisa Agua, Território e Sustentabilidade (UAB/Barcelona) e Dinâmica e Gestão de Rios (Geomorphos/UFRJ/Brasil).

Doutora em Geografia, pela Universidade Autônoma de Barcelona - UAB/Cataluña reconhecido e validado pela Universidade Federal do Ceará. Mestre e graduada em Geografia, e em Pedagogia através da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Especialista em Processamento das Informações Geográficas na Gestão Ambiental . Integrante como pesquisadora nos grupos de pesquisa: Aigua, Territori i Sostenibilitat ? GRATS (UAB/Cataluña); Geomorfologia fluvial e Ambiental (Geomorphos/UFRJ) e idealizadora do Grupo Experimental de Pesquisa Diálogo Hídrico Multidisciplinar (motivando a pesquisa dentro e fora dos territórios universitários). Pesquisadora de indicadores e metodologias que viabilizem Plano de Bacia Hidrográfica e mecanismo de Gestão de Bacia Hidrográfica Integrada ao interesse dos atores locais. Trabalha tendo por base do diálogo geográfico os conceitos de Geomorfologia Ambiental, História Ambiental, Metabolismo Socioambiental, Cambio Ambiental Local e Gestão de Recursos Hídricos em escala interna e fronteiriça. Profissionalmente atua nas duas linhas de formação como Professora atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Ambiental e Patrimonial, Licenciamento Ambiental, Perícia e Auditoria Ambiental, Meio Ambiente e Sociedade, Sustentabilidade Hídrica Local, Legislação dos Recursos Hídricos, Metodologia do Ensino Superior, Didática de ensino, Geociências e Indicadores Socioambientais. Convidada para compor o Conselho da Associação de Pesquisadores Polares e dos Mares em Início de Carreira - APECS-Brasil. Colaboradora regional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacia Hidrografia, através da mobilização para implantação de Comitês de Bacia Hidrográfica em Rondônia, com foco de atuação e pesquisa na Bacia Hidrográfica do Rio Branco e Colorado, e Bacia Hidrográfica do Guaporé. Professora convidada do Programa de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos ProfÁgua - na Universidade Federal de Rondônia.

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Publicado

05-04-2023

Como Citar

PARCIO, J. A., & Caramello, N. D. A. (2023). ASPECTOS LEGAIS DA OUTORGA DO USO DA ÁGUA: OCUPAÇÃO DO SOLO E USO DA ÁGUA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO IGARAPÉ D’ALINCOURT. Revista Direito Ambiental E Sociedade, 12(3). Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/direitoambiental/article/view/9653

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