Contribuições para a consideração da variável ecológica no campo teórico do risco
DOI:
https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n2.04Palavras-chave:
Risco, teorias sociais sobre risco, equilíbrio ecológico.Resumo
Em regra, estudos jurídicos tratam o risco como elemento social, posto ou em construção. Este ensaio propõe uma abordagem pautada na ecologia científica ou natural, como alternativa complementar aos estudos tradicionais. Apresentar elementos de uma teoria ecológica do risco confrontando-a com aportes antropológicos, socio-sistêmicos, fenomenológicos e autocríticos sociais já articulados pelos autores das ciências sociais sobre o tema é o objetivo do trabalho. O método utilizado é o dedutivo e a técnica de pesquisa empregada é a revisão de literatura. Conclui-se que uma maior clarividência sobre a dinâmica dos ecossistemas possibilita a construção de parâmetros epistemológicos, teórico-políticos, jurídicos e políticos sobre o risco a partir do equilíbrio ecológico dinâmico.
Downloads
Referências
ART, Henry W. (Ed.). Dicionário de ecologia e ciência ambiental. Trad.: Barros, Mary Amazonas Leite de. São Paulo: Companhia Melhoramentos, 1998.
ATLAN, Henri. Entre o cristal e a fumaça: ensaio sobre a organização do ser vivo. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.
BECK, Ulrich. La sociedad del riesgo: hacia uma nueva modernidad. Trad.: Jorge Navarro; Daniel Liménez; Maria Rosa Borras. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 1998.
BEGON, Michael; TOWNSEND, Colin R.; HARPER, John L. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. Trad.: Adriano Sanches Melo et all. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
BENJAMIN, Antônio Herman. Direito constitucional ambiental brasileiro. In: CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato (Orgs.). Direito constitucional ambiental brasileiro. Rio de Janeiro: Saraiva, 2007, p. 57-130.
BOSCOLO, Luigi. A evolução do modelo sistêmico: da cibernética de primeira ordem à cibernética de segunda ordem. In: ELKAÏM, Mony (Org.). Terapia familiar em transformação. Trad.: Camacho, Nicole. São Paulo: Summus, 2000, p. 92-96.
BRITO, Daniel Chaves de; RIBEIRO, Tânia Guimarães. A modernização na era das incertezas: crise e desafios da teoria social. Ambiente e sociedade. Campinas, v. 6, n. 1, 2003.
BRÜSEKE, Franz Josef. A técnica e os riscos da modernidade. Florianópolis: UFSC, 2001.
DAJOS, Roger. Princípios de ecologia. 5 ed. Tradução: Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2005.
DOUGLAS, Mary; WILDAVSKY, Aaaron. Risk and culture: an essay on the selection of technological and environmental dangers. Los Angeles: UCLA Press, 1982.
GARCIA, Maria da Glória F.D.P. O lugar do direito na protecção do ambiente. Coimbra: Almedina, 2007.
GIDDENS, Antony. A vida em uma sociedade pós-tradicional. In: BECK, Ulrich; GIDDENS, Antony; LASH, Scott. Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. Tradução: Magda Lopes. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1997, p. 73-133.
GIDDENS, Antony. O mundo na era da globalização. 2 ed. Lisboa: Presença, 2000.
GIDDENS, Antony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.
GOULD, Kenneth A.; SCHNAIBERG, Allan; PELLOW, David N. The Treadmill of Production: Injustice and Unsustainability in the Global Economy. Nova York: Paradigm Pub, 2008.
HEIDEGGER, Martin. A questão da técnica. In: ______. Ensaios e conferências. Trad.: Emmanuel Carneiro Leão; Gilvan Fogel; Márcia Sá Cavalcante Schubak. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 11-38.
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Trad.: Marcia Sá Cavalcante Schuback. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
MARGALEF, Ramón. Ecologia. Barcelona: Ediciones Omega, 2005.
KEITEL, Liane; PEREIRA, Reginaldo; BERTICELLI, Ireno. Paradigmas emergentes, conhecimento e meio ambiente. Revista Ensaio pesquisa em educação em ciências, vol. 14, n. 1. Belo Horizonte, 2012, p. 131-146.
MONOD, Jacques. O acaso e a necessidade: ensaio sobre a filosofia natural da biologia moderna. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 1989.
MORIN, Edgar. O problema epistemológico da complexidade. Portugal: Publicações Europa-América, 2002.
ODUM, Eugene P. Ecologia. Tradução: Ricardo Iglesias Rios e Christopher J. Tribe. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
ODUM, Eugene P; BARRETT, Gary W. Fundamentos de ecologia. Trad.: Pégasus Sistemas e Soluções. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
ONU. Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. Estocolmo. 1972.
PEREIRA, Reginaldo; WINCKLER, Silvana. Instrumentos de tutela administrativa do meio ambiente. Revista de direito ambiental, n. 51. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, p. 193-231.
PEREIRA, Reginaldo; WINCKLER, Silvana; FRANCO; Gilza Maria de. Re-significação dos princípios do direito ambiental a partir da ecologia. Seqüência: estudos jurídicos e políticos, n. 56. Florianópolis, 2008, p. 123-149.
PRIEUR, Michel. Droit de l’environnement. 5 ed. Paris: Dalloz, 2004.
PRIGOGINE, Ilya; STENGERS, Isabelle. A nova aliança: metamorfose da ciência. Trad.: Miguel Faria e Maria Joaquina Machado Trincheira. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1991.
RICKLEFS, Robert E. A economia da natureza. Trad.: Cecília Bueno, Pedro P. de Lima-e-Silva e Patrícia Moussinho. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
ROCHA, Leonel Severo; CARVALHO, Delton Winter de. Policontextularidade e direito ambiental reflexivo. Seqüência, n. 53. Florianópolis, 2006, p. 9-28.
VARELA, Francisco. As múltiplas figuras da circularidade. In: ELKAÏM, Mony (Org.). Terapia familiar em transformação. Trad.: Camacho, Nicole. São Paulo: Summus, 2000, p. 150-155.
WIENER, Norbert. Deus, golem & Cia: um comentário sobre certos pontos de contato entre cibernética e religião. Tradução: Leonidas Hegenberg, Octanny Silveira da Costa. São Paulo: Cultrix, 1971.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Direito Ambiental e Sociedade

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais , podem limitar o uso do material.