A legitimação para a Governança e Litigância Climáticas a partir da ampliação conceitual da Justiça:

Aproximações entre as narrativas de Mary Robinson e as perspectivas teóricas de Nancy Fraser

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n3.12

Palabras clave:

Justiça anormal, Justiça climática, Mudanças climáticas, Problemas públicos, Stakeholders

Resumen

As consequências decorrentes do aquecimento global têm levado a questionamentos de diversas ordens acerca da eficácia das arquiteturas de governança climática. Em alguns aspectos o tema afirma-se como um problema público transnacional, já que é tratado como respeitante à sociedade global, a ensejar numerosas controvérsias relativas às suas causas e consequências e que geram expectativas relacionadas à sua solução. O presente artigo aborda um recorte tratado, geralmente, como periférico ao debate, relacionado à distribuição não equânime das consequências das mudanças climáticas. Seu objetivo é analisar o potencial da atuação de comunidades mais vulneráveis ao desequilíbrio climático de impulsionar redefinições relativas a quem detém legitimidade e propriedade (ownership) para definir e resolver o problema. Como estratégia metodológica, o texto aproxima os relatos de Mary Robinson sobre a capacidade de populações expostas a violações a direitos humanos, relacionadas a alterações climáticas, a dar visibilidade ao problema e, a partir da teoria tridimensional de justiça de Nancy Fraser, verifica possibilidades para a adoção de estruturas de governança pautadas no reconhecimento das injustiças climáticas e na participação daqueles que as veiculam como verdades inconvenientes. O trabalho é pautado pelo método dedutivo e utiliza a revisão bibliográfica como técnica de pesquisa. Conclui-se que a injustiça climática, alargada conceitualmente, é capaz de estruturar modelos de governança mais resilientes e pautados na inclusão e oitiva de um número mais significativo e plural de stakeholders.

Biografía del autor/a

Grasieli Piccinin, Universidade Comunitária da Região de Chape´có

Mestranda em Direito (UNOCHAPECÓ). Membro do Grupo de Pesquisa Direito, Democracia e Participação Cidadã (UNOCHAPECÓ). Assistente de Promotoria de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC)

Reginaldo Pereira, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Doutor em Direito (UFSC). Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito (UNOCHAPECÓ).  Líder do Grupo de Pesquisa Direito, Democracia e Participação Cidadã (UNOCHAPECÓ). Membro da Rede de Pesquisa Nanotecnologia, Sociedade e Ambiente (RENANOSOMA).

Silvana Winckler, Universidade Comunitária da Região de Chape´có

Doutora em Direito (Universidade de Barcelona). Professora dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Ambientais e Direito (UNOCHAPECÓ). Vice-Líder do Grupo de Pesquisa Direito Democracia e Participação Cidadã (UNOCHAPECÓ).

 

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Publicado

2024-05-31

Cómo citar

Piccinin, G. ., Pereira, R., & Winckler, S. (2024). A legitimação para a Governança e Litigância Climáticas a partir da ampliação conceitual da Justiça: : Aproximações entre as narrativas de Mary Robinson e as perspectivas teóricas de Nancy Fraser. Revista Derecho Ambiental & Sociedad, 13(03). https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n3.12

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