A experiência multicultural do Bem Viver como paradigma pluralista de desenvolvimento na América Latina: uma análise constitucional comparativa
DOI:
https://doi.org/10.18226/22370021.v12.n2.17Palavras-chave:
América Latina. Bem Viver. Pluralismo Jurídico.Resumo
Este estudo faz uma análise comparativa de constituições de países da Bolívia, Venezuela, Equador e em menores proporções da Colômbia e do Brasil sob o prisma da teoria do pluralismo jurídico e da cultura do Bem Viver como nova alternativa para o esgotado modelo monista de atuação estatal, além de abordar o caso do Povo Indígena Xucuru e seus membros versus Brasil. Assim, a adoção do Bem Viver, nestes textos constitucionais, delineia-se como alternativa positiva para a formação de um Direito ecológico e intercultural. A metodologia usada é bibliográfica, formada por levantamento de obras, textos acadêmicos e legais. O método é o dedutivo, com inserções de natureza crítico-reflexiva.
Downloads
Referências
BOFF, Leonardo. Conferência Mundial dos Povos Fecha com Direitos da Mãe Terra. O Tempo, Belo Horizonte, 30 abr. 2010. Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/leonardo-boff/conferencia-mundial-dos-povos-
fecha-com-direitos-da-mae-terra-1.219213. Acesso em: 07 fev. 2020.
BOLIVIA. [Constituição (2009)]. Constitución del Estado Plurinacional de Bolivia. 2009. Disponível em: https://www.oas.org/dil/esp/Constitucion_Bolivia.pdf. Acesso em: 06 fev. 2020.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 06 fev. 2020.
COLÔMBIA. [Constituição (1991)]. Constitución Política de la República de Colombia. 1991. Disponível em: http://www.secretariasenado.gov.co/senado/basedoc/constitucion_politica_1991.html. Acesso em: 06 de fev. 2020.
COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Relatório n 44 ̸ 15 caso 12.728: relatório de mérito povo indígena Xucuru Brasil. 2015. Disponível em: https://www.oas.org/es/cidh/ decisiones/corte/2016/12728fondopt.pdf. Acesso em: 06 maio. 2020.
CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Povo Xukuru recebe indenização do governo após sentença da CIDH que condenou o Estado por violações de direitos humanos. Conselho Indigenista Missionário, Brasília, 11 fev. 2020. Disponível em: https://cimi.org.br/2020/02/povo-xukuru-recebe-indenizacao-do-governo-federal-como-sentenca-da-cidh-que-condenou-o-estado-por-violacoes-de-direitos-humanos/. Acesso em: 05 maio. 2020.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Regulamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 2003. Disponível em: https://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/Viejos/w.Regulamento.Corte.htm. Acesso em: 12 jun. 2020.
______¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬________. Sentença de Mérito. Caso do Povo Indígena Xucuru e seus membros versus Brasil. San José, 2018. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/cf/ Jurisprudencia2/index.cfm?lang=es. Acesso em: 5 maio. 2020.
EQUADOR. [Constituição (2015)]. Constitución de la Republica del Ecuador. 2015. Disponível em: https://www.oas.org/juridico/pdfs/mesicic4_ecu_const.pdf. Acesso em: 11 fev. 2020.
GUERRA, Lucas Duarte. Buen vivir e política externa: perspectivas da política externa de Evo Morales frente à Constituição política do estado plurinacional da Bolívia. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE POLÍTICA EXTERNA LATINO-AMERICANA, 1., 2015, Foz do Iguaçu. Anais [...], Foz do Iguaçu: UNILA, p. 27- 44, 2015. Disponível em: https://dspace.unila.edu.br/bitstream/handle/123456789/1515/NUPELA%20-%2027-44.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 11 fev. 2020.
MORAES, Germana de Oliveira. O constitucionalismo ecocêntrico nos andes: os direitos de Pachamama, o bem viver e o direito à água. In: MORAES, Germana de Oliveira; GARCIA, Marcos Leite; UNNEBERG, Flávia Soares (orgs). Para além das fronteiras: o tratamento jurídico das águas na Unasul. Itajaí: UNIVALI, p. 9-31, 2012, E-book. Disponível em: https://www.univali.br/vida-no-campus/editora-univali/e-books/Documents/ecjs/E-book%202012%20PARA%20AL%C3%89M%20DAS%20FRONTEIRAS%20O%20TRATAMENTO%20JUR%C3%8DDICO%20DAS%20%C3%81GUAS%20NA%20UNASUL%20-%20PARTE%20I.pdf#page=10. Acesso em: 12 fev. 2020.
_______________. O constitucionalismo ecocêntrico na América Latina, o Bem Viver e a nova visão das águas. Revista da Faculdade de Direito. Fortaleza, v. 34, n. 1, p. 123-155, jan./jun. 2013.
PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. São Paulo: Saraiva. 2015. p. 311-339.
QUIJANO, Anibal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: LANDER, Edgardo (ed.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciências sociales. Buenos Aires: CLACSO, 2000, p. 201-246.
RIBEIRO, Alexandre Gonçalves. O reconhecimento dos direitos fundamentais dos povos indígenas nativos na Constituição política do Estado plurinacional da Bolívia. Revista eletrônica [do] Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, Curitiba, v. 8, n. 81, p. 266-276, ago. 2019. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12178/162922. Acesso em: 07 fev. 2020.
SANTOS, Maria do Carmo Rebouças da Cruz F., O Constitucionalismo Pluralista do Bem Viver: a reação latino-americana ao paradoxo do desenvolvimento. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, Brasília, v. 12, n. 1, 2018.
VENEZUELA. [Constituição (1999)]. Constituição de la Republica Bolivariana de Venezuela. 1999. Disponível em: http://www.mpptaa.gob.ve/publicaciones/leyes-yreglamentos/constitucion-de-la-republica-bolivariana-de-venezuela. Acesso em: 07 fev. 2020.
WOLKMER, Antônio Carlos. Pluralismo Jurídico: fundamentos de uma nova cultura no direito. São Paulo: Alfa-Ômega, 2001.
_____________. Pluralismo e crítica do constitucionalismo na América Latina. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE DIREITO CONSTITUCIONAL, 9., 2010. Anais [...] Curitiba: Academia Brasileira de Direito Constitucional, 22ª ed., p. 143-155, 2010.
ZAFFARONI, Eugenio Raul. La Pachamama y el humano. Buenos Aires: Asociación de Madres de Plaza de Mayo y Colihue, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Direito Ambiental e Sociedade

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais , podem limitar o uso do material.