POVOS INDÍGENAS BRASILEIROS EM TEMPOS PANDÊMICOS
CRISE VIRAL E GOVERNAMENTAL À SERVIÇO DO ASSIMILACIONISMO CULTURAL
DOI:
https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n1.03Palavras-chave:
Assimilacionismo Cultural, Colonialismo, Estado Moderno, Pandemia GlobalResumo
Ante a massiva crise viral globalmente estabelecida, nada obstante as dificuldades enfrentadas pelas nações, revelam-se também as mais profundas chagas coloniais deixadas pelo colonialismo aos Povos Originários. No contexto brasileiro, não bastassem as vozes silenciadas, histórias interrompidas e todo a supressão cosmológica latino-americana iniciada nos idos de 1492 até os dias contemporâneos, os Povos Indígenas sempre vislumbraram o Estado na posição de inimigo. Seja pela conduta assimilacionista historicamente direcionada ao “progresso” do capital e à “ordem” estabelecida pelo silenciamento da diferença e acomodação de todos e todas sob os rigorosos parâmetros eurocêntricos verticalmente estabelecidos e vertiginosamente mantidos. Entretanto, conscientes da pujante crise da modernidade, convém através da presente pesquisa, sob a égide das contribuições de Rita Segato, Boaventura de Sousa Santos, Enrique Dussel, dentre outros, perscrutar temas essenciais que assolam os povos originários do Brasil, desafiando o paradigma dominante e o papel atribuído ao Estado. De mais a mais, tal estudo ilustrará o nocivo comportamento desempenhado pela União Federal e a Fundação Nacional do Índio que em tempos pandêmicos, enxergam no assimilacionismo uma verdadeira política de Estado. Convém vislumbrar ao Estado, novos horizontes, retirando-o da condição de ferramenta de opressão e dotando-o à posição de sujeito ativo na restituição das vozes silenciadas pela cultura dominante.
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