A perspectiva da alteridade na educação // DOI: 10.18226/21784612.v23.n1.10
Abstract
O estudo reflete sobre o conjunto de categorias que coloca a alteridade como princípio articulador e compreensivo do saber das diferenças em Emannuel Lévinas. Uma ética da alteridade é um desafio para uma sociedade que uniformiza os processos de ensino e desvaloriza o ser em uma relação de supremacia do eu frente ao alter. A esfera educacional é propícia ao desenvolvimento de uma ética da alteridade, pois tem por princípio o diálogo e o respeito ao outro, enquanto compromisso de abertura a uma comunidade de racionalidades plurais. Na ótica educativa, o ambiente escolar é um lugar de encontro com o outro para a construção de novas aprendizagens interativas, tendo a possibilidade de promover a ética da alteridade, num espaço de diálogo e escuta sensível. A formação educativa amplia a visão de mundo e humaniza as relações, cujo enfoque é pensar as inter-relações, as experiências, as singularidades, as imperfeições e inacabamentos, esclarecendo posições dogmáticas e compartilhando o respeito e o reconhecimento humano. Contribui ainda para uma formação integral do educando para deixar o outro ser outro, para uma cultura mais respeitosa e sem preconceitos, formando cidadãos que reconhecem e tornam compreensíveis seus atos. É um processo coletivo de (re)conhecimento para aprimorar o saber reflexivo, pois a aprendizagem acontece através de inter-relações entre os educandos, cada um com suas próprias diferenças. Concluímos que por meio de uma ética da alteridade de Lévinas, somos convidados a uma atualização formativa de abertura à pluralidade humana, tornando-se um desafio para o educador resistir aos modismos e visões centralizadoras, evitando que os sujeitos sejam vistos de maneira reduzida, homogeneizada e inexpressiva.
Palavras-chave: Pluralidade humana. Ética da alteridade. Educação.
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