REFLEXOS DAS POLÍTICAS DE INCENTIVO À INOVAÇÃO NO DESEMPENHO FINANCEIRO DAS EMPRESAS DO SETOR AUTOMOTIVO LISTADAS NA B3
DOI:
https://doi.org/10.18226/23190639.v10n1.02Palavras-chave:
Inovação, Políticas de Incentivo à Inovação, Demonstrações Contábeis, Setor AutomotivoResumo
A política tecnológica faz parte central da agenda econômica nos países desenvolvidos e dos emergentes, visando gerar capacidade tecnológica e motivar investimentos privados. O objetivo deste estudo foi analisar o reflexo das políticas de incentivo à inovação no desempenho financeiro das empresas do setor automobilístico listadas na Brasil, Bolsa e Balcão (B3). A pesquisa descritiva, de natureza quali-quantitativa, realizou coleta de dados na base da Economática®, nos sites das empresas e da B3. Este estudo enfatiza as ações inovativas realizadas pelas empresas do setor automotivo, no período em que vigoram políticas de incentivo à inovação, e a perspectiva das inovações provocarem reflexos no desempenho financeiro. Sugere-se que (i) a Lei do Bem, o Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) e o Plano de Desenvolvimento Produtivo (PDP) trouxeram reflexos favoráveis para os Índices de Liquidez da Iochpe, (ii) a Lei do Bem teve uma representação significativa nos Índices de Estrutura de Capital da Iochpe e nos Índices de Liquidez da Mahle, e (iii) o Plano Brasil Maior (PBM) favoreceu o aumento no Capital Investido da Mahle. O estudo pode contribuir para incentivar gestores e orientar as empresas a aderir às políticas de inovação quando cientes dos potenciais benefícios que ela traz para a organização e demais stakeholders, podendo gerar melhores resultados.
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