A Pachamama enquanto sujeito de Direito

Impactos teóricos e dogmáticos a partir do novo Constitucionalismo Latino Americano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n3.11

Palavras-chave:

Bem-Viver, Novo Constitucionalismo Latino-Americano, Pachamama, Sujeito de Direito

Resumo

O novo constitucionalismo latino-americano, especialmente através das constituições do Equador e Bolívia, traz para os dias atuais um modelo constitucional que destaca a natureza (Pachamama), ampliando, assim o conceito jurídico de “sujeito de direito”, quando não apenas o ser humano figurou como tal e teve seus direitos reconhecidos e defendidos. Desse modo, o artigo busca avaliar os impactos causados na teoria e dogmática jurídica tradicional a partir da positivação dos direitos da Pachamama previstos nas Constituições do Equador e da Bolívia. Pretende-se, assim, responder o seguinte questionamento: em que medida a positivação dos direitos da Pachamama nas Constituições do Equador e Bolívia impactou a teoria e dogmática jurídica tradicional? Com base nas leituras realizadas, torna-se possível afirmar que tão somente a positivação de direitos não é garantia de que eles venham a ser efetivados na prática, os Estados Plurinacionais, a partir do Novo Constitucionalismo Latino-Americano, devem cada vez mais se libertar dos padrões políticos e econômicos que vêm sendo reproduzidos há tempo demais em territórios latinos. Tem-se como objetivo central deste estudo, avaliar sob a perspectiva da Pachamama enquanto sujeito de direito, os impactos teóricos e dogmáticos a partir do novo constitucionalismo latino americano. Para tanto, utilizou-se o método de abordagem indutivo, partindo-se de uma análise crítica do instituto jurídico “sujeito de direito” para, após, compreender quais foram as inovações trazidas pelas recentes Constituições sul-americanas ao reconhecerem os direitos próprios da Natureza. Adotou-se o método de procedimento através da pesquisa bibliográfica, mediante fichamentos e resumos estendidos das obras referenciadas.

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Biografia do Autor

Kethelen Severo Bacchi, Universidade Federal de Santa Maria

Bacharela em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Giulia Melo de Mello, Universidade Federal de Santa Maria

Mestranda em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na Área de Concentração "Direitos Emergentes na Sociedade Global" e Linha de Pesquisa "Direitos da Sociobiodiversidade: Desenvolvimento e Dimensões da Sustentabilidade" (2022). Graduada em Direito pela UFSM (2015-2021). Integrante do Grupo de Pesquisa em Direitos da Sociobiodiversidade - GPDS/UFSM. Áreas de interesse: Direitos Humanos; Direitos da Natureza; Direito e Justiça Ambiental e Ecológica na América Latina. Contato: giumdemello@gmail.com

Jerônimo Siqueira Tybusch, Universidade Federal de Santa Maria

Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2011); mestre em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS (2007); graduado em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC (2004). Professor Associado no Departamento de Direito da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD/UFSM) - Mestrado em Direito. Professor do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede (PPGTER/UFSM) - Mestrado Profissional em Tecnologias Educacionais em Rede. Pesquisador e Líder do Grupo de Pesquisa em Direito da Sociobiodiversidade - GPDS. Atualmente é Pró-Reitor de Graduação da UFSM. Membro da Diretoria do CONPEDI Gestão 2017-2020 / 2020-2023. Desenvolve pesquisas nas áreas de: Direito Ambiental; Ecologia Política; Direito e Sustentabilidade; Direito Urbanístico; Teoria do Direito e da Decisão Jurídica; Direito e Novas Tecnologias; Tecnologias Educacionais em Rede.

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Publicado

31-05-2024

Como Citar

Severo Bacchi, K., Melo de Mello, G., & Siqueira Tybusch, J. (2024). A Pachamama enquanto sujeito de Direito: Impactos teóricos e dogmáticos a partir do novo Constitucionalismo Latino Americano. Revista Direito Ambiental E Sociedade, 13(03). https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n3.11