ANÁLISE MULTITEMPORAL DA OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPs)

UM ESTUDO DE CASO DAS NASCENTES URBANAS DO MUNICÍPIO DE SANANDUVA/RS

Autores

  • Rosele Clairete dos Santos Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
  • Fabiane Wiederkehr Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n1.06

Palavras-chave:

Água de surgência, recursos hídricos, Gestão urbana, Impacto, Legislação Ambiental

Resumo

A proximidade existente entre a rápida urbanização, especulação imobiliária e a ineficiência de políticas públicas de uso e ocupação do solo vem possibilitando a degradação de áreas que deveriam estar protegidas ambientalmente. Dentre os impactos socioambientais destacam-se os relacionados à ocupação populacional e crescimento urbano em direção a áreas inadequadas, como as Áreas de Preservação Permanente (APP). Nesse contexto, propõe-se uma análise da ocupação histórica (entre 2002 e 2018) das faixas de APP das nascentes existentes na área urbana do município de Sananduva/RS. Para tanto, foi realizado um estudo da legislação ambiental, bibliografias e artigos científicos que tratavam do assunto associado à interpretação de imagens do programa Google Earth. Apesar de toda uma conjuntura legal construída para reduzir com as ocupações de maneira inadequada, o município ainda apresenta áreas de preservação permanentes extremamente fragilizadas. Embora instituída em lei, a preservação e manutenção dessas áreas enfrentam diversos obstáculos para sua viabilização de fato, devido principalmente à falta de ordenamento territorial e ambiental. O aparato de leis destinadas à regulamentação da ocupação e uso do solo, ainda deixa a desejar quanto à proteção das áreas ambientais, quando se procura apontar medidas consistentes e efetivas. Nesse sentido, são sugeridas algumas medidas com o intuito de contribuir para o planejamento ambiental para estas áreas de preservação permanente do município, como a necessidade de planejar de modo participativo localmente e regionalmente as estratégias de preservação das nascentes; implementar instrumentos de fiscalização e educação ambiental; fomentar a recuperação/restauração das APP’s, recuperando a vegetação nativa e diminuindo com as áreas de solo exposto e o fazer cumprir a legislação ambiental vigente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosele Clairete dos Santos, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Professora Adjunta de Ciências Ambientais 

Unidade Universitária Alto da Serra do Botucaraí/Soledade

Fabiane Wiederkehr, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Professora Assistente de Geologia

Unidade Universitária em Sananduva

Referências

BRASIL. Lei Federal nº 11.977. Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas. Brasília, DF: 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11977.htm. Acesso em: 19 de mai. 2021.

_______. Lei Federal nº 12.651. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Brasília, DF: 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm. Acesso em: 17 abr. 2017.

CALHEIROS, R. DE O. et al. Preservação e Recuperação das Nascentes. Piracicaba: Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios PCJ – CTRN. 53 p. 2004.

DA SILVA, J. F. et al. Monitoramento das nascentes urbanas da cidade de Araxá através da metodologia de índice de impactos ambientais macroscópios. Revista Águas Subterrâneas – XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas. 17 p. 2014.

DAVIS, S.N.; DEWIEST, R.J.M. Hydrogeology. John Wiley & Sons. 463 p. 1966.

EISENHARDT, K. M. Building Theories from Case Study Research. Academy of Management Review. n. 14 v.4. p. 522-550. 1989.

FELIPPE, M. F.; JUNIOR, A. P. M. Impactos ambientais macroscópicos e qualidade das águas em nascentes de parques municipais em Belo Horizonte – MG. Belo Horizonte: Revista Geografias n. 08 v.2. p. 08 - 23. 2012.

FINOTTI, A.R. et al. Monitoramento de recursos hídricos em áreas urbanas. Caxias do Sul: EDUCS. 270 p. 2009.

IBGE, 2019. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. IBGE Cidades. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/sananduva/panorama. Acesso em: 07 abr. 2019.

MACHADO, P. A. L. Direito Ambiental Brasileiro. 23. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2015.

MACHADO, P. A. L.; MILARÉ, É. Novo Código Florestal: comentários à Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, à Lei 12.727, de 17 de outubro de 2012 e do Decreto 7.830, de 17 de outubro de 2012. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais. p. 468. 2013. YIN, R. K. Estudo De Caso: Planejamento e Métodos. 4ª Ed. Porto Alegre: Ed. Saraiva. 2010.

Downloads

Publicado

25-10-2023

Como Citar

dos Santos, R. C., & Wiederkehr, F. (2023). ANÁLISE MULTITEMPORAL DA OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPs): UM ESTUDO DE CASO DAS NASCENTES URBANAS DO MUNICÍPIO DE SANANDUVA/RS. Revista Direito Ambiental E Sociedade, 13(1). https://doi.org/10.18226/22370021.v13.n1.06

Artigos Semelhantes

<< < 40 41 42 43 44 45 46 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.