Avaliação do rendimento de extração e da composição química do óleo essencial de cinco variedades comerciais de manjericão (Ocimum basilicum L.)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18226/25253824.v6.n10.06

Palavras-chave:

análise química, quimiotipo, linalol, terpenos

Resumo

O manjericão (Ocimum basilicum L.) é uma das espécies aromáticas mais cultivadas em todo o mundo, tendo uso como condimento e como planta medicinal. A literatura relata uma grande variabilidade na composição do óleo essencial e no rendimento de extração das variedades desta espécie devido a fatores genéticos e ambientais. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o rendimento da extração e a composição do óleo essencial de cinco variedades comerciais de O. basilicum cultivadas em Caxias do Sul, Sul do Brasil. Dez plantas das variedades ‘Italiano’, ‘Alfavaca verde’, ‘Manolo’, ‘Fraganza’ e ‘Sabory’ foram cultivadas em uma estufa no Campus-Sede da Universidade de Caxias do Sul. O material vegetal foi coletado e o óleo essencial foi extraído por hidrodestilação por 4 h com um extrator Clevenger. O rendimento de extração do óleo essencial foi determinado ao final do processo, e os óleos obtidos foram encaminhados para análise cromatográfica. A análise qualitativa foi realizada por CG/EM, enquanto a análise quantitativa foi realizada por CG-DIC. Em relação ao rendimento de óleo essencial, as variedades ‘Italiano’ e ‘Fraganza’ apresentaram os maiores rendimentos (1,00 e 0,90% v/m, respectivamente), enquanto a variedade ‘Manolo’ apresentou o menor rendimento (0,57% v/m). Quanto à composição química, os óleos essenciais das cinco variedades apresentaram o quimiotipo linalol, cujos teores variaram entre 47,9 e 79,9% m/m. As demais variedades apresentaram eugenol como segundo composto principal (5,5-9,1% m/m), com exceção do óleo essencial da variedade 'Manolo', que apresentou o estragol como composto principal (14,6% m/m) e ausência de monoterpenos hidrocarbonetos. As variedades 'Alfavaca verde' e 'Fraganza' agruparam-se tanto no dendrograma como no PCA, provavelmente por apresentarem teores muito semelhantes linalol e os maiores teores de 1,8-cineol e menores teores de eugenol, enquanto as variedades 'Italiano' e 'Sabory' se agruparam juntos, embora o conteúdo de linalol nessas variedades fosse menos semelhante.

Referências

Pirmoradi, M. R., Moghaddam, M., & Farhadi, N. (2013). Chemotaxonomic analysis of the aroma compounds in essential oils of two different Ocimum basilicum L. varieties from Iran. Chemistry & Biodiversity, 10, 1361-1371. https://doi.org/10.1002/cbdv.201200413

Tsasi, G., Mailis, T., Daskalaki, A., Sakadani, E., Razis, P., Samaras, Y., & Skaltsa, H. (2017). The effect of harvesting on the composition of essential oils from five varieties of Ocimum basilicum L. cultivated in the island of Kefalonia, Greece. Plants, 6, 41. https://doi.org/10.3390/plants6030041

Vieira, R. F., & Simon, J. E. (2006). Chemical characterization of basil (Ocimum spp.) based on volatile oils. Flavour and Fragrance Journal, 21, 214-221. http://doi.org/10.1002/ffj.1513

Patel, M., Lee, R., Merchant, E. V., Juliani, H. R., Simon, J. E., & Tepper, B. J. (2021). Descriptive aroma profiles of fresh sweet basil cultivars (Ocimum spp.): Relationship to volatile chemical composition. Journal of Food Science, 86, 3228-3239. http://doi.org/10.111/1750-3841.15797

Telci, I., Bayram, E., Yilmaz, G., & Avci, B. (2006). Variability in essential oil composition of Turkish basils (Ocimum basilicum L.). Biochemical Systematics and Ecology, 34, 489-497. https://doi.org/10.1016/j.bse.2006.01.009

Maggio, A., Roscigno, G., Bruno, M., De Falco, E., & Senatore, F. (2016). Essential-oil variability in a collection of Ocimum basilicum L. (basil) cultivars. Chemistry & Biodiversity, 13, 1357-1368. https://doi.org/10.1002/cbdv.201600069

Belkamel, A., Bammi, J., Janneot, V., Belkamel, A., Dehbi, Y., & Douira, A. (2008). Évaluation de la biomasse et analyse des huiles essentielles de trois varietiés de basilic (Ocimum basilicum L.) cultivées au Maroc. Acta Botanica Gallica, 155 (4), 467-476. https://doi.org/10.1080/12538078.2008.10516126

Padalia, R. C., Verma, R. S., Upadhyay, R. K., Chauhan, A., & Singh, V. R. (2017). Productivity and essential oil quality assessment of promising accessions of Ocimum basilicum L. from north India. Industrial Crops and Products, 97, 79-86. https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2016.12.008

Smith, G. S., Johsnton, C. M., & Cornforth, I. S. (1983). Comparison of nutrient solutions for growth of plants in sand culture. New Phytologist, 94, 537-548. https://doi.org/10.1111/j.1469-8137.1983.tb04863.x

Pauletti, G. F., Silvestre, W. P., Rota, L. D., Echeverrigaray, S., & Barros, I. B. I. (2020). Poejo (Cunila galioides Benth.) production in five agroecological regions of Rio Grande do Sul. Brazilian Archives of Biology and Technology, 63, e20190481. https://doi.org/10.1590/1678-4324-2020190481

Serafini, L. A., Pauletti, G. F., Rota, L. D., Santos, A. C. A., Agostini, F., Zattera, F., & Moyna, P. (2009). Evaluation of the essential oils from nine basil (Ocimum basilicum L.) cultivars planted in Southern Brazil. Journal of Essential Oil-Bearing Plants, 12 (4), 471-475. https://doi.org/10.1080/09762060X.10643746

National Institute of Standards and Technology (2021). NIST Webbook on Web, SRD69. National Institute of Standards and Technology, United States Department of Commerce. https://doi.org/10.18434/T4D303

Mandoulakani, B. A., Eyvazpour, E., & Ghadimzadeh, M. (2017). The effect of drought stress on the expression of key genes involved in the biosynthesis of phenylpropanoids and essential oil components in basil (Ocimum basilicum L.). Phytochemistry, 19, 1-7. http://doi.org/10.1016/j.phytochem.2017.03.006

Ibrahim, M. M., Aboud, K. A., & Hussein, R. M. (2011). Genetic variability and path coefficient analysis in sweet basil for oil yield and its components under organic agriculture conditions. Journal of American Science, 7 (6), 150-157.

Ademiluyi, A. O., Oyeleye, S. I., & Oboh, G. (2016). Biological activities, antioxidant properties, and phytoconstituents of essential oil from sweet basil (Ocimum basilicum L.) leaves. Comparative Clinical Pathology, 25, 169-176. http://doi.org/10.1007/s00580-015-2163-3

Occhipinti, A., Capuzzo, A., Bossi, S., Milanesi, C., & Maffei, M. E. (2013). Comparative analysis of supercritical CO2 extracts and essential oils from an Ocimum basilicum chemotype particularly rich in T-cadinol. Journal of Essential Oil Research, 25 (4), 272-277. https://doi.org/10.1080/10412905.2013.775083

Silva, M. G. V., Matos, F. J. A., Machado, M. I. L., & Craveiro, A. A. (2003). Essential oils of Ocimum basilicum L., O. basilicum. var. minimum L. and O. basilicum. var. purpurascens Benth. grown in north-eastern Brazil. Flavour and Fragrance Journal, 28, 13-14. https://doi.org/10.1002/ffj.1134

Smigielski, K. B., Prusinowska, R., & Bemska, J. E. (2016). Comparison of the chemical composition of essential oils and hydrolates from basil (Ocimum basilicum L.). Journal of Essential Oil Bearing Plants, 19 (2), 492–498. https://doi.org/10.1080/0972060x.2014.960273

Raina, A. P., & Gupta, V. (2018). Chemotypic characterization of diversity in essential oil composition of Ocimum species and varieties from India. Journal of Essential Oil Research, 30 (6), 444-456. https://doi.org/10.1080/10412905.2018.1495109

Downloads

Publicado

27-10-2021

Como Citar

Silvestre, W. P., & Pauletti, G. F. (2021). Avaliação do rendimento de extração e da composição química do óleo essencial de cinco variedades comerciais de manjericão (Ocimum basilicum L.). Revista Interdisciplinar De Ciência Aplicada, 6(10), 44–50. https://doi.org/10.18226/25253824.v6.n10.06