Entre a conservação da memória e a possibilidade de novas fundações: o que permanece da tradição em Hannah Arendt? // DOI: 10.18226/21784612.v23.n2.3
Resumo
Já é lugar comum entre os comentadores e estudiosos de Hannah Arendt enfatizar que ela diagnosticou o ocaso da tradição do pensamento ocidental, cujo limiar é encontrado nas teses de pensadores como Kierkegaard, Nietzsche e Marx. O que nos importa nesta breve investigação é, no entanto averiguar no que realmente consiste tal ocaso e o quanto ainda permanece ou necessita permanecer daquilo que ela chama de main tradition? O que, no final das contas, se conserva? É possível pensar em uma refundação em termos de tradição? Para tanto, nos caberá investigar primeiramente o real papel que a tradição exerce para Hannah Arendt e, para isso, nos remeteremos também a alguns escritos de Karl Jaspers que podem ter exercido influência sobre Arendt. Em um segundo momento, deveremos investigar o papel da expressão cunhada como “pensar sem corrimão” (denken ohne Geländer) que contribui para pensar em uma espécie de “refundação” ou “renascimento” da tradição.
Palavras-chave: Hannah Arendt. Karl Jaspers. Filosofia política.
Tradição.
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