C. S. Lewis e uma crítica à educação promovedora de abolição do homem
DOI:
https://doi.org/10.18226/21784612.v26.e021022Abstract
O presente artigo objetiva colocar em evidência as razões de uma crítica elaborada pelo escritor irlandês Clive Staples Lewis (1898- 1963) aos rumos da educação da juventude na Europa, notadamente no Reino Unido, no século XX. Sua crítica ganhou como principal tese aquilo que o escritor chamou de “abolição do homem”, resultante de um sistema educacional promotor de uma pretensa racionalidade que impedia o desenvolvimento de um elemento intermediário no ser humano, entre o cerebral e o visceral. Para Lewis esse elemento intermediário são as emoções que, se forem bem-treinadas, dotam o intelecto com capacidades para lidar com o mero organismo animal. Para esse intento, nosso ponto de partida, neste nosso trabalho, foi delineado pelo recorte de um trabalho mais amplo, que consiste em uma exposição que, em linhas gerais, põe em relevo algumas diretrizes que apontam à composição de uma filosofia da educação em C. S. Lewis. Buscamos colher, inicialmente, os elementos de uma antropologia filosófica, colhidos diretamente, por um procedimento interpretativo, da vasta obra do autor em questão, particularmente: A abolição do homem; Cristianismo puro e simples; O peso da glória; Reflexões cristãs; Os quatro amores; Cartas de um diabo a seu aprendiz; Deus no banco dos réus; Ética para viver melhor; Reflexões cristãs, dentre outras. Além desses textos utilizados como fonte direta, tomamos por orientação de nossa composição, também, o trabalho de Gabrielle Greggersen, intitulado: A antropologia filosófica de C. S. Lewis, no qual a autora faz uma incursão interpretativa nos textos de literatura ficcional do autor, bem como os trabalhos biográficos de Alister MacGrath: Conversando com Lewis e A vida de C. S. Lewis, nos quais são ricamente detalhadas a vida e a obra do filósofo irlandês.
Palavras-chave: C. S. Lewis. Filosofia. Educação. Filosofia da educação. Antropologia filosófica.
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