Cognições corporais: o sentido do olfato e a experiência do sabor
DOI:
https://doi.org/10.18226/21784612.v27.e022037Parole chiave:
Odors, Retronasal Smell, Flavour Perception, Taste, Neurogastronomy, Anosmia, Ageusia.Abstract
Há longo tempo considerado um dos sentidos menores e mais fracos nos animais humanos, o olfato na realidade assume na nossa modalidade de existência uma função bem menos marginal, antes central, nos comportamentos socio-emocionais, na evocação das memórias e na comunicação não verbal, e não último na nossa vida quotidiana, especialmente pelo seu papel na percepção do sabor dos alimentos. Graças aos progressos que a pesquisa alcançou nas últimas décadas, a ponto de justificar entre outras coisas o nascimento de uma nova área científica chamada neurogastronomia, o olfato, e especialmente o olfato retronasal, se configura como uma das nossas habilidades mais espécie-específicas, à qual devemos, inclusive, uma das maiores alegrias da vida: o prazer consciente de saborear e de apreciar alimentos e bebidas. Partindo deste tema, o objetivo deste ensaio è, portanto, mostrar em que medida uma experiência radicada no corpo, como a percepção do sabor, remonte às características espécie-específicas desenvolvidas pelo olfato humano no curso da evolução, configurando-se como uma forma complexa de cognição encarnada, cujas possibilidades dependem tanto da estrutura biológica, quanto do uso efetivo que fazemos deste extraordinário dispositivo corpóreo.
Palavras-chave: odores, olfato retronasal, percep;ção do sabor, gosto, neurogastronomia, anosmia, ageusia.
Riferimenti bibliografici
Ackerman, D. Storia naturale dei sensi. (1990) trad. do it. Milano: Frassinelli, 1992.
Aristotele. Del senso e dei sensibili. (DSS). trad. do it. in Opere, vol. 4, Roma-Bari: Laterza, 1998, pp. 195-236.
Aristotele. Dell’anima. (DA) trad. do it. in Opere, vol. 4, Roma-Bari: Laterza, 1983, pp. 97-191.
Bensafi, M., Rouby, C. Cerveau et odorat. Comment (ré)éduquer son nez. Les Ulis: EDP Sciences, France, 2020.
Brillat-Savarin A. Fisiologia del gusto. (1825) trad. do it. in Lettura di Brillat-Savarin di Roland Barthes, pp. 1-273, Palermo: Sellerio, (ed. fr. 1975) 1978.
Broca, P. Recherches sur les centres olfactifs. Revue D’Anthropologie, 2, p. 385, 1879.
Buck L.B., Alex R. A novel multigene family may encode odorant receptors: a molecular basis for odor recognition. Cell, 65, pp. 175-187, 1991.
Bushdid, C., Magnasco, M.O., Vosshall, L.B., Keller, A. Humans can discriminate more than 1 trillion olfactory stimuli. Science, 343, pp. 1370–1372, 2014.
Cavalieri, R. Il naso intelligente. Che cosa ci dicono gli odori, Roma-Bari: Laterza, 2009.
Cavalieri, R. Gusto. L’intelligenza del palato, Roma-Bari: Laterza, 2011.
D’Errico, A. Il senso perfetto. Mai sottovalutare il naso, Torino: Codice Edizioni, 2019.
Harrison, S. Coronavirus: i pazienti che hanno perso l’olfatto, lo recupereranno? National Geographic, 20 agosto 2020.
Herz, R. Perché mangiamo quel che mangiamo. Il gusto spiegato dalla scienza (2018) trad. do it. Torino: EDT, 2020.
Horowitz, A. Una questione di naso. Essere un cane in un mondo di odori. (2016) trad. do it. Milano: Edizioni Sonda, 2018.
Kant I. Antropologia dal punto di vista pragmatico. (1798) trad. do it. in Scritti morali, Torino: UTET,
, pp. 535-757.
Kay, L. Why COVID-19 makes people lose their sense of smell. Scientific American, 13 june 2020.
Keller H. Il mondo in cui vivo. (1908) trad. do it. Milano: Fratelli Bocca Ed., 1944.
Lieberman, D.E. The evolution of human head, Cambridge (Mass): Harvard University Press, 2011.
Maresh, A., Rodriguez Gil, D., Whitman, M.C, Greer, C.A. Principles of glomerular organization in the human olfactory bulb – implications for odor precessing. PLoS One, July 9, 2008.
McGann, J. Poor human olfaction is a 19th-century myth. Science, vol. 156, 2017.
Niimura, Y., Matsui, A., Touhara, K. Extreme expansion of the olfactory receptor gene repertoire in african elephants and evolutionarydynamics of orthologous gene groups in 13 placental mammals. Genome Research, 24 (9), pp. 1485-1496, 2014.
Rolls, E. La corteccia prefrontale, l’area del sapore e della ricompensa. In AA.VV., Sensi diVini. Il segreto del cervello nella degustazione, Siena: Enoteca Italiana, pp. 35-43, 2003
Rolls, E. Taste, olfactory, and food processing in the brain, and the control of food intake. Physiology & Behavior, 85 (1), pp. 45-56, 2005.
Rozin, P. “Taste-smell confucions” and the duality of the olfactory sense. Perception and Psychophysics, 31 (4), pp. 397-401, 1982.
Shepherd, G.M. The human sense of smell: are we better than we think?. PLoS biology, 2 (5), 2004.
Shepherd, G.M. Smell images and the flavour system in the human brain. Nature, 444, pp. 316-321, 2006.
Shepherd G.M. All’origine del gusto. La nuova scienza della neurogastronomia. (2012) trad. do it. Torino: Codice Edizioni, 2014.
Shepherd, G.M. Neuroenology: how the brain creates the taste of wine. Flavour, 4, 2015.
Sutherland, S. Mysteries of COVID smell loss finally yield some answers. Scientific American, 18 nov. 2020.
Turner, W. The convolutions of the brain: a study in comparative anatomy. Journal of Anatomy, 25, pp. 105-153, 1890.
Wrangham, R.W. L’intelligenza del fuoco. L’invenzione della cottura e l’evoluzione dell’uomo. (2009) trad . do it. Torino: Bollati Boringhieri, 2011.
Wrangham, R.W., Jones, J.H., Laden, G., Pilbeam, D., Conklin-Brittain, N.L. The raw and the stolen: cooking and the ecology of human origins. Current Anthropology, 40, pp. 567-594, 1999.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
1. A publicação dos originais implicará a cessão dos direitos autorais à revista Conjectura.
2. Os textos não poderão ser reproduzidos sem autorização da revista depois de aceitos.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.