Por um aprender da invenção: modos de ler-escrever em oficinas de escrileituras // For a learning of invention: modes of read-write in escrileituras's workshops
Resumen
Levando em consideração a ideia de aprender para Deleuze (1988), este artigo tem por objetivo investigar os modos como vêm sendo realizadas intervenções nas práticas de leitura e de escritura em escolas brasileiras da rede pública que aderiram ao projeto denominado Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida (OBEDUC 2010 – CAPES/INEP), durante seus quatro anos de desenvolvimento, de 2010 a 2014. Este trabalho prioriza a análise de Oficinas planejadas e desenvolvidas por diferentes universidades do país na composição de quatro núcleos de pesquisa. Filoescritura com Kafka (UFRGS), Cores, sabores e texturas (UFMT) e Vida! (UNIOESTE) foram as atividades escolhidas para o exercício de análise, sendo aquelas direcionadas aos estudantes do ensino fundamental e disponibilizadas na coleção intitulada Caderno de notas 5 (RODRIGUES, 2013). De maneira a contemplar todos os núcleos do projeto, analisou-se, também, a Oficina denominada Filodança (UFPel). Como resultado, compreende-se que um aprender, observado pela perspectiva filosófica deleuziana e experimentado em Oficinas de Escrileituras, constitui-se pela invenção, ao vivenciar outras formas de se relacionar com o pensamento, seja lendo, escrevendo ou criando. Torna-se, dessa forma, um processo não somente de solução, mas de invenção de outros problemas ainda não existentes. A aprendizagem acontece pelo meio, entre o não saber e o saber (DELEUZE, 1988). Dos possíveis agenciamentos realizados e dos efeitos produzidos durante as atividades, percebe-se um modo artistador de operar com o ler-escrever, levado pelas circunstâncias que provocam tal ação a partir dos signos emitidos daquilo que se reúne da arte, da filosofia e da ciência.
Palavras-chave: Aprender. Projeto Escrileituras. Oficinas de Escrileituras. Filosofias da diferença.
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