Nietzsche na pesquisa brasileira em educação: relativista conservador ou perspectivista crítico?

Autores/as

Palabras clave:

Educação. Nietzsche e Educação. Relativismo. Perspectivismo. Pensamento crítico.

Resumen

Era Nietzsche um relativista conservador ou, pelo contrário, seria possível alocar o filósofo no sítio teórico do pensamento crítico? Tal pergunta-problema delimita o presente artigo. Ela se refere a uma conhecida querela entre modelos interpretativos (SEBOLD, [20--?]) pós-modernos e naturalistas e, especificamente, deriva da revisão de literatura de uma pesquisa em andamento, realizada no âmbito do curso de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo, a partir da qual observamos uma ausência, talvez um esquecimento em relação à contribuição de Nietzsche para a filosofia crítica no campo da Educação, espaço acadêmico no qual as pesquisas, em grande medida, alinham-se à recepção relativista de seu pensamento. A hipótese central, comprovada pela análise de posições filosóficas de Nietzsche (1979; 1992a; 1992b; 1998; 2000; 2003; 2004) e de alguns de seus comentadores, considera que o filósofo é um pensador crítico (HEIT, 2018; HEIT; PICHLER, 2015), não relativista (MARTON, 2011), perspectivista (CORBANEZI, 2013; MATTOS, 2013) e adepto a um tipo perspectivístico de naturalismo (CARVALHO, 2018; HEIT, 2016; HEIT, 2015; ITAPARICA, 2018), traços que de certa forma tendem a impactar a cosmovisão, quase hegemônica, no que diz respeito à recepção nietzschiana no campo da educação. O objetivo central do artigo é destacar que a discussão destes aspectos pode levar a um reposicionamento da filosofia de Nietzsche no universo do pensamento contemporâneo, incluindo-se aí a pesquisa em educação, bem como compreender em que medida a perspectiva crítica se choca com a perspectiva relativista no que diz respeito à teorização de uma formação de caráter emancipatório. Em termos metodológicos, a análise da revisão de literatura recorre à hermenêutica crítica.

Biografía del autor/a

Robson Loureiro, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Professor Associado da Universidade Federal do Espírito Santo. Pós-doutorado em Filosofia - School of Philosophy da University College Dublin (Irlanda), sob a supervisão do professor Brian O'Connor (2013-2014) - bolsa Capes. Estágio de Capacitação em Filosofia (Teoria Crítica) sob supervisão do professor Dr. Christoph Türcke (Hochscule für Grafik und Buchkunst - HGB, Leipzig, Alemanha - 2018/2). Doutor em Educação (História e Política) pelo PPGE / UFSC - Brasil (Bolsa Capes). Doutorado Sandwiche (2003-2004) na School of Education e do Department of German da University of Nottingham (Inglaterra, Reino Unido - Bolsa Capes). E-mail: robbsonn@uol.com.br; robson.loureiro@ufes.br; robsonloureiro.ufes@uol.com.br. Nepefil na Web: http: //nepefil.ufes.br ORCID id: https://orcid.org/0000- 0002-8272-5368

Adolfo Miranda Oleare, Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) / Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Professor de Filosofia do Instituto Federal do Espírito Santo Campus Vitória. Doutorando em Educação no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Espírito Santo e mestre em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo. E-mail: adolfomoleare@gmail.com ORCID iD: https://orcid.org/0000-0003-3351-0771

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Publicado

2023-10-04

Cómo citar

Loureiro, R., & Oleare, A. M. (2023). Nietzsche na pesquisa brasileira em educação: relativista conservador ou perspectivista crítico?. CONJECTURA: Filosofia E educação, 28, e023002. Recuperado a partir de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/10794

Número

Sección

Artigos