A “ação educativa" em Hannah Arendt // DOI: 10.18226/21784612.v24.e019035
Abstract
No presente artigo apresento uma reflexão acerca do conceito de “ação” e sua repercussão para a educação escolar, a partir de Hannah Arendt. Considerando a distinção arendtiana entre “fabricação”, “labor” e “ação”, argumento que uma das atividades específicas da escola é a “ação educacional”, no sentido de que alunos e professores atuam quando aparecem e se relacionam mediados pelos conteúdos e respondendo aos desafios que representam o “mundo”. Ademais, se a tarefa da educação é, em Arendt, introduzir as novas gerações no mundo, essa introdução se dá preferencialmente pela ação. Mas, no que tange aos alunos, a ação não é no sentido político, visto que eles estão em processo de formação e não são responsáveis pelas consequências de seus atos e pelo mundo. Por isso, o cuidado, a proteção, a responsabilidade e a autoridade do adulto são fundamentais para compreender a escola e a educação, bem como a especificidade da ação na escola.
Palavras-chave: Educação. Mundo. Ação educativa. Hannah Arendt.
References
ALMEIDA, V. S. de. Educação em Hannah Arendt: entre o mundo deserto e o amor ao mundo. São Paulo: Cortez, 2011.
ARENDT, H. El concepto de amor en San Agustín. Madrid: Ediciones Encuentro, 2009.
ARENDT, H. Entre o passado e o futuro. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2007.
ARENDT, H. La condición humana. Barcelona: Paidós, 2005.
ARENDT, H. Homens em tempos sombrios. Lisboa: Relógio D’Água, 1991.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo: antissemitismo, imperialismo e totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011.
ARENDT, H. Sobre la revolución. 3. ed. Madrid: Alianza Editorial, 2013.
BÁRCENA, F. Hannah Arendt: una filosofía de la natalidad. Barcelona: Herder, 2006.
BIESTA, G. Para além da aprendizagem: educação democrática para um futuro humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
CARVALHO, J. S. F. de. Educação, uma herança sem testamento: diálogos com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Perspectiva; FAPESP, 2017.
FORTI, S. Vida del espíritu y tiempo de la polis: Hannah Arendt entre filosofía y política. Madrid: Catedra, 2001.
HERMENAU, F. Agir no espaço pedagógico: distinções segundo Hannah Arendt. In: DALBOSCO, C. A.; FLICKINGER, H. G. (org.). Educação e maioridade: dimensões da racionalidade pedagógica. São Paulo: Cortez; Passo Fundo: Ed. da Universidade de Passo Fundo, 2005.
HERMENAU, F. No fundo, educamos desde sempre para um mundo saído dos eixos: sobre a relação entre política e educação em Immanuel Kant e Hannah Arendt. In: DALBOSCO, C. A. (org.). Filosofia prática e pedagogia. Passo Fundo: UPF, 2003. p. 84-94.
HOBBES, T. De cive: elementos filosóficos sobre el ciudadano. Madrid: Alianza, 2010.
JANOUCH, G. Conversas com Kafka. São Paulo: Novo Século, 2008.
MASSCHELEIN, J.; SIMONS, M. Em defesa da escola: uma questão pública. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
SCHIO, S. M. Hannah Arendt: história e liberdade (da ação à reflexão). Caxias do Sul: Educs, 2006.
SENNETT, R. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2009.
SENNETT, R. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. Rio de Janeiro: Record, 2014.
UNAMUNO, M. Alrededor del estilo. Salamanca: Ed. da Universidad de Salamanca, 1998.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
1. The publication of the originals will imply the assignment of copyright to Conjectura Journal.
2. Texts cannot be reproduced without authorization from the Journal after acceptance.