O TRABALHO COLABORATIVO NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL
DOI:
https://doi.org/10.18226/21784612.v28.e023037Schlagworte:
Psicologia Histórico-Cultural. Trabalho Colaborativo. Deficiência/necessidades educativas especiais. Educação Especial.Abstract
Na perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural, o trabalho, exigência para que o homem sobreviva, lhe possibilita desenvolver-se, apropriar-se da cultura humana histórica e coletivamente elaborada, para atender às demandas que suas tarefas lhe impõem. Em um processo coletivo, por meio de sua inserção nas relações produtivas, ao aprender o que lhe é necessário para executar suas atividades, o homem se humaniza, e vai criando o que necessita e pode, para atender suas necessidades, o que permite afirmá-lo enquanto produto e produtor da cultura, da ciência e da tecnologia. E essa é a função básica da escola, preparar o aluno para, na medida em que se humaniza, assumir um lugar, uma posição reconhecida socialmente. Nesse processo, o Trabalho Colaborativo/Ombreado entre os professores da Educação Especial, do ensino comum e da equipe pedagógica escolar, envolvendo confiança e credibilidade entre os pares, é essencial ao desenvolvimento psicointelectual dos estudantes com deficiência/necessidades educativas especiais. Para melhor caracterizar o Trabalho Colaborativo, apresenta-se o resultado de uma pesquisa efetuada na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações na qual se buscou identificar suas características, limites e desafios. A essência do Trabalho Colaborativo entre os professores está numa relação de apoio, na qual todos assumem a responsabilidade no processo de aprendizagem dos conteúdos escolares, o que exige espaço e tempo para sua consecução, além de uma fundamentação teórica que articulada a uma prática pedagógica lhe dê consistência. Se executado dessa forma, o Trabalho Colaborativo/Ombreado caracteriza-se como essencial à inclusão escolar. Conclui-se que, para efetivá-lo, torna-se imperiosa a definição clara e consciente dos objetivos para a escolarização, pois há muita diversidade entre as especificidades da deficiência ou das necessidades educacionais especiais. No entanto, essa forma de atuação articulada encontra diferentes entraves que se constituem em seus limites e desafios exigindo vontade política para minimizá-los, permitindo sua organização adequada. Discutem-se esses desafios e apresenta-se um exemplo no qual, pelo trabalho colaborativo pôde-se estabelecer condições para que uma aluna que, pelo vestibular conquistou uma vaga no curso de Medicina mas adquiriu uma tetraplegia no decorrer do curso, pudesse terminar sua graduação.Literaturhinweise
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