PAULO FREIRE E O OPRIMIDO NA EDUCAÇÃO POPULAR
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Paulo Freire. Oprimido. Sujeitos outros. Educação popular.Abstract
O objetivo deste artigo é analisar como a educação popular de Paulo Freire foi marcada pelo outro oprimido e como esta relação com o oprimido foi construída na sua trajetória de vida, desde a infância. Trata-se do recorte de uma dissertação de mestrado, na qual foi realizado levantamento bibliográfico das produções de Freire e utilizado a análise de conteúdo com ênfase na categorização. Os resultados apontam que a categoria oprimido é basilar ao pensamento de Freire para além do título de um livro, é uma luta presente em sua produção por toda e qualquer pessoa negada de ser mais. Resultados apontam também que toda a vida de Paulo Freire foi de encontros com o outro, com a diversidade e com o oprimido, assim, o capacitando a traçar formas de, juntamente com esses sujeitos, mudar suas realidades. O pensamento revolucionário e transformador de Paulo Freire em favor do oprimido não foi construído somente por meio de leituras e alguns anos de formação acadêmica, foi construído na sua mente, no seu corpo, na sua fome no nordeste, no seu frio e no frio de seus filhos durante o exílio e no seu reaprender o Brasil com homens; mulheres; trabalhadoras e trabalhadores; educadoras e educadores; militantes dos movimentos sociais e diversos outros que constituem a educação popular. Desde a infância, as dificuldades vivenciadas ensinaram Freire a não se acomodar e a urgência em transformar. Na juventude percebeu que só era possível ser educador se fosse em diálogo. Na vida adulta, andarilhagens pelo mundo e retorno ao Brasil notou que a educação popular tem que ser reinventada em cada contexto. Ao longo da pesquisa foi possível concluir que a educação com o outro e não para o outro, caracteriza-se como uma premissa da educação popular.
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