Da ilusão à sedução: a crise do paradigma dominante e a emergência da pesquisa (auto)biográfica // DOI: 10.18226/21784612.v23.n3.7
Resumo
A pesquisa (auto)biográfica tem conquistado estudiosos das mais diversas áreas, que advogam a potencialidade epistemológica desse método, embora ele ainda continue marginal ou ilusório para muitos acadêmicos. Nosso objetivo, neste artigo, é discutir como esse tipo de investigação se insere no que Boaventura de Sousa Santos denominou de “paradigma emergente” (1995). Buscamos, também, compreender como as histórias de vida e as narrativas de si têm transitado, nas últimas décadas, entre a desconfiança e a sedução. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que tem como ponto de partida os escritos de Santos (1995) acerca da crise do paradigma dominante e a emergência de novo paradigma, esste mais fluido, que aceita a subjetividade, critica a neutralidade da ciência e compreende que todo o conhecimento é também autoconhecimento. A aceitação, embora com algumas reservas, das pesquisas com histórias de vida na academia não é, senão, fruto dessa nova postura epistemológica.
Palavras-chave: Pesquisa (auto)biográfica. Paradigma emergente. Narrativas de si. História de vida.
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