A Revolução Francesa segundo Kant
Resumo
Existe uma aparente contradição entre a negação kantiana do direito de resistência expressa na filosofia do direito e a sua apologia à Revolução Francesa abordada na história filosófica. No entanto, esta contradição se dissolve tão logo se compreende que Kant considerou que a Revolução Francesa não constitui precisamente uma revolução, uma vez que isto implicaria que o povo retornasse ao estado de natureza com relação ao soberano deposto, mas uma reforma constitucional empreendida involuntariamente pelo próprio rei Luis XVI que transferiu a soberania aos representantes do povo ao convocar os Estados Gerais, os quais não tinham a obrigação de restituí-la ao soberano anterior, em lugar disso, preferiram se declarar em Assembleia Nacional e elaborar a constituição republicana, a única conforme a vontade unificada do povo.Publicado
2017-01-26
Como Citar
Durão, A. B., & medina, javier garcía. (2017). A Revolução Francesa segundo Kant. CONJECTURA: Filosofia E educação, 22(1), 161–179. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/4420
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