Uso de produtos alternativos para controle de Ceratocystis frimbriata em mudas de quivizeiro

Resumo

O estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor de quivi, porém a produtividade vem sendo ameaçada devido à presença do patógeno Ceratocystis fimbriata. Este trabalho objetivou avaliar a eficiência dos óleos essenciais de Foeniculum vulgare (funcho) e Cymbopogon citratus (capim-limão), dos extratos de Pipper nigrum (pimenta) e pirolenhoso e do fungicida Aliette (fosetyl-Al), no controle de C. fimbriata do quivizeiro em ensaios in vitro e in vivo. Os tratamentos in vitro foram: óleo essencial de funcho e capim-limão nas concentrações de zero, 0,01 %, 0,05 %, 0,10 %, 0,15 % e 0,20 % v/v; extrato de pimenta nas concentrações: zero, 5 %, 10 %, 15 % e 20 % v/v; extrato pirolenhoso nas concentrações de zero, 0,05 %, 0,10 %, 0,25 % e 0,50 % v/v; e o fungicida fosetyl-Al (250 g/100 L). O delineamento usado foi inteiramente casualizado com cinco repetições, sendo cada parcela constituída por uma placa de Petri. Para o ensaio in vivo, foram utilizadas mudas da cultivar Bruno com um ano de idade, em vasos de terra de cinco litros, mantidas em casa de vegetação. A inoculação ocorreu através de discos de papel esterilizado, com diâmetro de 0,5 cm, imersos em suspensão do patógeno sobre ferimento provocado previamente. Os tratamentos foram feitos através do óleo essencial de funcho e capim limão na dose de 0,20 % v/v e fosetyl-Al (250 g/100 L). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott com 5 % de probabilidade de erro. Conclui-se que os óleos essenciais de capim-limão e funcho, nas concentrações de 0,10 %, 0,15 % e 0,20 %, v/v inibiram completamente (100 %) o crescimento de C. fimbriata. O extrato de pimenta não teve nenhum efeito sobre o crescimento do patógeno na concentração de 20 % v/v. Para o ensaio in vivo, nenhum tratamento apresentou controle da doença de forma satisfatória, mas, trabalhos futuros com doses maiores poderão ser realizados.