Cooperação, promessa e obrigação na teoria do contrato de Thomas Hobbes // DOI: 10.18226/21784612.v23.dossie.11

Autori

  • Wladimir Barreto Lisboa

Abstract

Ao apresentar a estratégia dos agentes racionais na situação do estado de natureza em Hobbes como de não coordenação, tem-se como resultado uma situação em que a melhor escolha individual alcança o pior resultado em termos coletivos. Hampton pretende mostrar que a melhor estratégia para resolver essa aporia consiste em eliminar, na argumentação de Hobbes, o uso de conceitos jurídicos, como o de obrigação ou contrato. Desse modo, é possível resgatar a coerência argumentativa hobbesiana a partir simplesmente da ideia de um acordo autointeressado, isto é, a partir da situação em que os benefícios da barganha mostram-se suficientes para as partes realizarem um acordo. O presente texto procura mostrar a incoerência de tal argumentação. Eliminar a noção de obrigação que sustenta as promessas presentes nos pactos inviabiliza, em Hobbes, qualquer possibilidade de equilíbrio e convergência das ações humanas.

Palavras-chave: Escolha Racional. Promessa. Obrigação. Teoria do Contrato.

Pubblicato

2018-12-30

Come citare

Lisboa, W. B. (2018). Cooperação, promessa e obrigação na teoria do contrato de Thomas Hobbes // DOI: 10.18226/21784612.v23.dossie.11. CONJECTURA: Filosofia E educação, 23(Especial), 242–249. Recuperato da https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/6970