Pensar a potência dos afetos na e para a educação // Thinking about power of affections in and for education

Autores/as

  • Cristina Novikoff UNIGRANRIO
  • Marcus Alexandre de Pádua Cavalcanti Unigranrio

Resumen

A proposta de refletir sobre a potência dos afetos na e para a educação emergiu da vivência experienciada em discussão interdisciplinar na disciplina “Ensino-aprendizagem: questões contemporâneas”, no Programa de Mestrado em Letras e Ciências Humanas da Universidade do Grande Rio (Unigranrio). Destarte, o presente artigo apresenta, em sua estrutura, três objetivos interligados para dar razão à prática docente. Primeiramente, traçou-se a análise sobre a importância do conhecimento, consoante Spinoza (2009), acerca de nossos afetos para sustentar o argumento de a educação ser um processo de aprendizado com foco na liberdade e na autonomia. Para isso, discute-se a proposta desse filósofo com a finalidade de abstrair as ideias e os argumentos necessários à compreensão de como esses afetos agem sobre o corpo e a mente e, então, apontar a como os conceitos spinozianos do desejo (conatus) tornam-se balizadores de práticas contemporâneas. Nesse tópico, são discutidos como os afetos oferecem subsídios para aumentar a capacidade de agir e de ser atuante em relação à própria vida. Posteriormente, são abordados os gêneros de conhecimento, conceito central desenvolvido por Spinoza (2009), por meio do qual se torna possível o entendimento de como ocorre a passagem da passividade – submissão passional às causas externas – à ação ou à atividade, fortalecendo as paixões alegres e o desejo, que é a própria essência do homem. Finalmente, propõe-se articular a prática educacional à teoria dos afetos de Spinoza (2009), a fim de pensar como um professor pode promover bons encontros com o conhecimento, possibilitando, assim, que os discentes possam ser afetados ao máximo pelas paixões alegres e possam reforçar sua potência de agir.

Palavras-chave: Spinoza. Educação. Afetos. Conhecimento. Liberdade.

Biografía del autor/a

Cristina Novikoff, UNIGRANRIO

Pós-doutorado em Educação pela FEBFE/UERJ (2013). Doutorado em Educação (Psicologia da Educação) pela PUCSP (2006). Mestrado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro pela UERJ (2002). Especialista em Formação de Docentes para o Ensino Superior pela Universidade Gama Filho (2000) em Psicopedagogia na Educação pela Fundação Educacional Rosemar Pimentel (1998) e em Ginástica Escolar pela Fundação Oswaldo Aranha (1993). Graduada em Pedagogia pela Fundação Educacional Rosemar Pimentel (1990) e em Educação Física pelo Centro Universitário de Volta Redonda (1987). Atua na Escola de Educação, Ciências, Letras, Artes e Humanidades e no Programa de Pós-graduação de Doutorado e Mestrado Interdisciplinar em Letras e Ciências Humanas/Unigranrio. Professora de Produtividade em Pesquisa 1A – Unigranrio/Funadesp. Coordenadora do Laboratório do Grupo de Estudos e Pesquisas em Representações Sociais na/para Formação de Professores - LAGERES/Unigranrio.

Marcus Alexandre de Pádua Cavalcanti, Unigranrio

Mestre em Letras e Ciências Humanas pela Unigranrio. Especialista em Filosofia. Graduado em Filosofia. Participante do do Grupo de Estudos e Pesquisas em Representações Sociais na/para Formação de Professores LAGERES/Unigranrio/CNPq.

Publicado

2015-06-25

Cómo citar

Novikoff, C., & Cavalcanti, M. A. de P. (2015). Pensar a potência dos afetos na e para a educação // Thinking about power of affections in and for education. CONJECTURA: Filosofia E educação, 20(3), 88–107. Recuperado a partir de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/3442

Número

Sección

Artigos