Contação de história: uma análise da escolha de histórias em um recorte de experiências gaúchas
Resumen
Resumo:
Palavras-chave
Keywords
: Children’s literature. Storytelling. Reading.: Literatura infantil. Contação de histórias. Leitura..
Abstract
: Storytelling is considered nowadays a proper strategy to encourage children to develop literary taste and reading and it is therefore being broadly practiced within educational spaces. Within this framework the present article deals with 140 reports on storytelling observation in schools for children’s education and first classes. These reports were carried out in different places in Porto Alegre and its surroundings. It was possible to observe that despite the joyful characteristic of the storytelling moment – that involves costumes, scenarios, puppets – the way this activity has been conducted turned out to be very pedagogical in three dimensions. In the first place, the choice of many narratives and books reveals an explicit tendency to "civilize" the child or to form a certain kind of subject. In the second place, this pedagogical tendency becomes evident in the conversations carried out between storytellers and children after the storytelling. In this context certain "messages" of the narrative are frequently stressed. At last, in the interviews many storytellers explained their criteria to choose books and stories according to "the project that is being presently developed in the school" or according to "problems that are taking place in the classroom" and so on. In spite of this tendency, however, some reports allow to infer that many teachers are escaping the deliberate pedagogization the stories and are therefore siding with a (new) discourse wherein pedagogical aspects are minimized.A contação de histórias é considerada, atualmente, uma estratégia adequada para iniciar as crianças no gosto pela leitura, sendo uma atividade generalizada nos espaços educativos. Dentro desse quadro, o artigo discute 140 relatos de observação de contação de histórias na Educação Infantil e anos iniciais, realizadas em espaços da região metropolitana de Porto Alegre (RS). Assim, observou-se que, malgrado o caráter lúdico das horas do conto – com fantasias, cenários, fantoches –, há nelas uma evidente pedagogização, através de três dimensões: a primeira é a escolha de algumas histórias e/ ou livros que pretendem abertamente civilizar ou formar um determinado tipo de sujeito. Em segundo lugar, a pedagogização fica evidente nas conversas que a contadora de histórias realiza com crianças após a contação, uma vez que, frequentemente, se enfatizam as mensagens da história. Por fim, nas entrevistas realizadas com as contadoras, ao falarem dos critérios de escolha dos livros e das histórias, várias sinalizaram uma escolha de acordo com o "projeto que está sendo desenvolvido", com "problemas que estão ocorrendo na sala de aula", etc. Mesmo assim, algumas práticas observadas fugiram à pedagogização deliberada, mostrando que muitas professoras estão inseridas em outro (e novo) discurso, em que a pedagogização é minimizada.Descargas
Cómo citar
Kirchof, E. R., & Hessel Silveira, R. M. (2010). Contação de história: uma análise da escolha de histórias em um recorte de experiências gaúchas. CONJECTURA: Filosofia E educação, 14(2). Recuperado a partir de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/24
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