Considerações sobre a epistemologia dos experimentos mentais // Considerations about epistemology of thought experiments
Abstract
A ciência é feita das escolhas de seus protagonistas e como tal, repleta de subjetividade. Uma teoria científica é uma suposição explicativa e negar a influência da imaginação como agente ativo na construção do conhecimento seria no mínimo ingenuidade. Embora a ciência possua regras bem definidas, seu método se limita a obtenção e tratamento de dados. O surgimento da ideia ou da hipótese inicial é fruto do salto intuitivo da livre imaginação humana. A Experimentação Mental é o processo de empregar situações imaginárias para ajudar-nos a entender ou prever de que maneira as coisas podem se comportar na realidade. Assim como os Experimentos Concretos os Experimentos Mentais são uma ferramenta essencial na construção do conhecimento científico. Tais situações imaginárias são parte importante da argumentação dos cientistas na busca do convencimento de seus pares, servindo também como ferramenta didática. Neste trabalho, através da revisão de algumas das principais referências sobre este conceito, buscaremos analisar questões epistemológicas envolvidas. Afinal o que são Experimentos Mentais? Será que eles podem nos fornecer uma fonte de conhecimentos do mundo natural? De onde vem esse conhecimento? O objetivo principal desta análise é buscar padrões de interpretação através de categorias de definições apresentadas por pontos de vista significativos. Diferentes autores (MACH, 1913; KUHN, 1977; BROWN, 1991; GENDLER, 1996; NORTON, 2002; MCAALLISTER, 1996; NERCESSIAN, 1998) discutem os limites e potencialidades dos Experimentos Mentais, baseado em suas considerações propomos aqui cinco categorias distintas para sua compreensão: Processo de Re-contextualização, Intuições Platônicas, Argumentos Pitorescos, Experimentos e Manipulação de Modelos Mentais.
Palavras-chave: Experimentos mentais. Gedanken experiment. Epistemologia.
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