A recepção biopolítica da obra de Hannah Arendt - The biopolitic reception of Hannah Arendt’ works
Abstract
O presente artigo tem o objetivo de analisar a recepção da obra deArendt a partir da categoria biopolítica. A categoria biopolítica instalou-se no centro do debate ético, político-filosófico contemporâneo, especialmente, após a requalificação de tal conceito dada por Foucault. Trata-se de mostrar que o termo biopolítica é anterior a Foucault, mas só com ele tal categoria adquiriu dimensão crítico-filosófica, considerando-o, no entanto, que é com Agamben que se dá a potencialização do debate acerca do tema biopolítica,exatamente, porque ele inclui as reflexões de Arendt na trilha que leva à compreensão da naturalização da vida humana nas atuais configurações da sociedade. Assim, não obstante a inexistência de diálogo entre Arendt e Foucault, tenta-se analisar como, de alguma forma, Arendt, através da categoria campo de concentração e da centralidade da atividade do trabalho (labor), antecede e possibilita, no mundo moderno, a consistência analítica que a biopolítica passou a ter hodiernamente, argumentando que, apesar de a autora não usar o sintagma biopolítica, de alguma forma, o conceito, o campo de significação do termo, encontra-se efetivamente presente na obrade Arendt.Downloads
Zitationsvorschlag
Alves Aguiar, O. (2012). A recepção biopolítica da obra de Hannah Arendt - The biopolitic reception of Hannah Arendt’ works. CONJECTURA: Filosofia E educação, 17(1). Abgerufen von https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/1530
Ausgabe
Rubrik
Artigos
Lizenz
1. A publicação dos originais implicará a cessão dos direitos autorais à revista Conjectura.
2. Os textos não poderão ser reproduzidos sem autorização da revista depois de aceitos.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.