Juventude, gênio e romantismo em Walter Benjamin

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DOI:

https://doi.org/10.18226/21784612.v26.e021031

Resumo

Neste artigo, busca-se articular a noção de juventude romântica como ideal de formação no pensamento do estudante Benjamin. Nos primeiros ensaios dedicados a temas pedagógicos, o filósofo propôs um novo modelo de educação apoiado no romantismo, partindo de uma crítica às instituições de sua época que cindiram a totalidade e a unidade da vida do jovem. Em seus escritos enquanto era estudante, Benjamin recupera, com sua crítica, a necessidade de olhar a arte, a literatura, a educação, em suma, toda a cultura humana, como um conjunto reunido de vivências históricas. O romantismo, no pensamento de Benjamin, será, portanto, basilar às discussões pedagógicas. A juventude, vista como comunidade, tem o dever de ser criadora, de se transformar em uma convenção de gênios do tempo presente, em seus espaços de atuação, ou seja, nas instituições de formação. De modo geral, só é possível perceber e adquirir o saber específico de uma profissão se as instituições acadêmicas perceberem que devem visar à formação universal, pelo modelo de criação do gênio, pois a juventude é entendida como aquela que garante a produção de valores novos, opostos aos da experiência - sinônimo de rigidez dos conhecimentos - que não estabelecem vínculo com a vida. Para encontrar essa verdade da vida, é necessário um ato de coragem e de sentido para se estar, assim, diante de espíritos livres. A juventude, dessa forma, traduz-se como um conceito ou categoria humana dependente de um despertar da consciência de si mesma. Diante disso, conseguirá promover mudanças dentro do âmbito institucional-escolar e acadêmico, mas, ao mesmo tempo, esse despertar da consciência histórica do jovem definirá um modo específico de se lidar com a cultura humana. Portanto, neste artigo, sob à luz dos aspectos românticos, procurou-se mostrar a juventude como categoria humana, com faixa etária determinada, cercada de preocupações acerca da realidade escolar e acadêmica e, também, do ponto de vista universal, isto é, filosófico-pedagógico, como uma categoria do pensamento que significa a vanguarda, tudo aquilo que não está determinado e fixado, criando novos preceitos e formas de vida.

Palavras-chave: Juventude. Gênio. Romanticismo. Formação. Walter Benjamin.

 

Biografia do Autor

Priscilla Stuart da Silva, UFSC

Priscilla Stuart da Silva é licenciada em Filosofia (UFSC). Possui Mestrado e Doutorado na área de Educação (UFSC). Atualmente é professora substituta do Departamento de Metodologia de ensino da Universidade Federal de Santa Catarina. 

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Publicado

2021-10-19

Como Citar

Silva, P. S. da. (2021). Juventude, gênio e romantismo em Walter Benjamin. CONJECTURA: Filosofia E educação, 26, e021031. https://doi.org/10.18226/21784612.v26.e021031

Edição

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Artigos