A espiritualidade na formação de professores em tempos de catástrofes: considerações a partir de Viktor Frankl// DOI: 10.18226/21784612.v23.especial.3

Autores

  • Amarildo Luiz Trevisan Universidade Federal de Santa Maria
  • Luiz Claudio Borin Professor do Colégio G 10, nas disciplinas de Filosofia e Sociologia, no ensino médio. Professor do Colégio Marco Polo, com a disciplina de Sociologia, no ensino médio. Atua também como professor nomeado da Escola de Ensino Fundamental Patrício Dias Ferreira com a disciplina de Ensino Religioso, no ensino fundamental, séries finais, no município de Caçapava do Sul/RS.

Resumo

O artigo procura analisar o tema da espiritualidade diante de eventos catastróficos, investigando como a educação pode contribuir para a reconstrução das mazelas provocadas por tais episódios. Na formação docente é importante levar em conta a consolidação da normatividade e a expressividade do sentido como meio de compreender como os traumas e catástrofes tomaram-se parte do nosso cotidiano. Eles vêm ocupar um lugar vazio de sentido, pois as pessoas só se sensibilizam diante de imagens chocantes. A discussão gira em torno do pensamento de Viktor Frankl, especialmente a partir de sua obra “A Presença Ignorada de Deus”, prevendo a contribuição da espiritualidade para a discussão do tema na perspectiva hermenêutica. O dilema situa-se em uma educação que permanece na reprodução de modelos ou uma educação que desperta os educandos para visualizarem novos horizontes, permitindo que novos saberes aconteçam nos ambientes escolares, entre eles a espiritualidade que auxilia em “saber expressar” e “saber prevenir”, ou saber priorizar o sentido do humano em todas as ações. Nesse caso, a educação pode colaborar na discussão sobre a relação da espiritualidade com as catástrofes, oportunizando a compreensão da realidade espiritual através da hermenêutica e, assim, as possibilidades de tratamento do tema de forma a não separar os sujeitos dos acontecimentos que os condicionam a agir daquela forma. Nessa perspectiva, a educação tem seu potencial humanizador reforçado, ao tecer entrecruzamentos entre a educação e a Logoterapia, discutindo o tema numa dimensão emancipadora. Assim, a espiritualidade na educação tem como pretensão dissipar o frio existencial, fazer derreter o inverno gélido do coração do homem contemporâneo nas suas relações pessoais e comunitárias. A espiritualidade amplia a discussão na dimensão acadêmica, para que esta venha a criar dispositivos que contribuam para a formação integral do ser humano.

Palavras-chave: Espiritualidade. Educação. Formação. Catástrofe.

Biografia do Autor

Amarildo Luiz Trevisan, Universidade Federal de Santa Maria

Professor titular do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e pesquisador do CNPq. Graduado em Filosofia (Fafinc), mestre em Filosofia (UFSM), doutorado em Educação (UFRGS) e pós-doutorado em Humanidades pela Universidade Carlos III (UC3M), da Comunidade de Madri. Publicou ou organizou vários livros e artigos sobre Filosofia e Educação, com destaque: Filosofia e Educação: mímesis e razão comunicativa (Unijuí, 2000); Pedagogia das Imagens Culturais: da formação cultural à formação da opinião pública (Unijuí, 2002); Terapia de Atlas: pedagogia e formação docente na pós-modernidade (Edunisc, 2004); Reconhecimento do Outro: teorias filosóficas e formação docente (Mercado de Letras, 2014). É coordenador do Grupo de Pesquisa Formação Cultural, Hermenêutica e Educação e pesquisador do Grupo Racionalidade e Formação. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE/UFSM (2012, 2013). Atua na área de Filosofia da Educação em suas interfaces com a formação de professores e a pesquisa educacional na perspectiva da hermenêutica e da teoria crítica. Interessa-se pelos seguintes temas relacionados à Filosofia e à Educação: imagem, reconhecimento, formação, catástrofe e violência. Email: trevisanamarildo@gmail.com 

Luiz Claudio Borin, Professor do Colégio G 10, nas disciplinas de Filosofia e Sociologia, no ensino médio. Professor do Colégio Marco Polo, com a disciplina de Sociologia, no ensino médio. Atua também como professor nomeado da Escola de Ensino Fundamental Patrício Dias Ferreira com a disciplina de Ensino Religioso, no ensino fundamental, séries finais, no município de Caçapava do Sul/RS.

Graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Imaculada Conceição (1995); Especialização em Educação Sexual pela Faculdade Franciscana (1998) e especialização em Metodologia do Ensino Religioso pela Universidade de Passo Fundo (2001). Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (2003). Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (atual).

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Publicado

2018-12-17

Como Citar

Trevisan, A. L., & Borin, L. C. (2018). A espiritualidade na formação de professores em tempos de catástrofes: considerações a partir de Viktor Frankl// DOI: 10.18226/21784612.v23.especial.3. CONJECTURA: Filosofia E educação, 23(Especial), 78–95. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/5398

Edição

Seção

Dossiê: ÉTICA E FILOSOFIA POLÍTICA EM PAULO FREIRE.