Biologia-cultural - o Amor como fundamento epistemológico do educar em Humberto Maturana

Autores

  • Valdo Barcelos Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Maria Aparecida Azzolin Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

DOI:

https://doi.org/10.18226/21784612.v28.e023031

Palavras-chave:

Biologia-cultural – Biologia do amor – Aprendizagem humana – Humberto Maturana

Resumo

Este texto é a síntese de alguns anos de estudos e de pesquisas onde as proposições da Biologia-cultural, da Biologia do Amor e da Biologia do Conhecimento, do pensador chileno Humberto Maturana Romesín (1928-2021) serão tomadas como a principal referência epistemológica. Nosso objetivo principal é fazer uma reflexão sobre o entendimento do processo de aprendizagem como um devir Biológico-cultural e que se realiza num contexto ecológico de aprendizagem. A ênfase de nossa reflexão neste momento será no sentido de contribuir para a construção de um processo de aprendizagem humana, que tenha como ponto de partida alguns fundamentos, tais como: a cooperação, o respeito mútuo, a colaboração, a aceitação mútua, reconhecimento da legitimidade e dignidade do outro(a), o deixar aparecer, enfim, uma educação na qual a aprendizagem tenha como orientação o amar. (MATURANA, DÁVILA, 1997, 2009, 2005, 2016, 2019, 2021). Neste texto refletiremos a proposição de Maturana do amor como o princípio epistemológico para a construção de uma aprendizagem que privilegie a cooperação entre os seres humanos e não a competição. Nosso argumento principal provém da proposição de que a competição pressupõe, via de regra, a negação, o aniquilamento, a anulação do outro. Nossa proposta está ancorada na proposição apresentada por Maturana de que nos construímos humanos não pela competição, mas, sim, pela cooperação. Para concluir, e como forma de viabilizar essa aprendizagem, apresentamos o que denominamos dos três momentos da aprendizagem, a saber: o conhecer, o entender e o compreender, onde Conhecer é conseguir descrever o fenômeno (problema/conflito) que se apresenta no contexto do cotidiano vivido; (2) Entender - é perceber, as relações sistêmicas/ecológicas relacionais no contexto local onde os fenômenos acontecem e (3) Compreender - é perceber a trama sistêmica relacional onde o fenômeno ocorre para dar-se conta das suas possíveis consequências. Compreender é dar-se conta de onde, como e quando deveremos atuar no sentido de evitar e/ou resolver um determinado problema que surja no local e com a particularidade com a qual acontece.

Biografia do Autor

Valdo Barcelos, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Prof. Titular-UFSM
PhD em Antropofagia Cultural Brasileira
Pesq. Prod. 1 - CNPQ
Consultor MEC/UNESCO - MEC/MMA - CYTED - INPA - MCT
Membro da Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências - ALPHAS - 21 - Cadeira Paulo Freire.
Membro da Academia Santa Mariense de Letras-ASL - Cadeira Cyro Martins.
Membro Anistia Internacional BRASIL (1972)

Maria Aparecida Azzolin, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Pedagoga | CTE/PROGRAD/UFSMDoutora em Educação - UFSM 
Mestra em Educação Unipampa (Jaguarão) 
Graduada em Pedagogia e em HistóriaPsicanalista (ABRAPSI)Vice Líder do Núcleo CONVERSAR: Biologia-cultural, Educação, Sustentabilidade e Transformação Humana CNPq-UFSM
(55) 999068238
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4619865501165388

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Publicado

2024-05-16

Como Citar

Barcelos, V., & Azzolin, M. A. (2024). Biologia-cultural - o Amor como fundamento epistemológico do educar em Humberto Maturana. CONJECTURA: Filosofia E educação, 28, e023031. https://doi.org/10.18226/21784612.v28.e023031

Edição

Seção

PEDAGOGIA RADICAL E INCLUSIVA