POR UMA EDUCAÇÃO CRÍTICA: O ENSINO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS SOB A PERSPECTIVA DE PAULO FREIRE

Resumo

O presente artigo tem o objetivo de abordar o ensino de História na Educação de Jovens e Adultos (EJA) a partir do preceito da criticidade de Paulo Freire como ato inerente ao ensino. Para tanto, será contextualizada esta modalidade no Brasil, assim como a disciplina de História, tão relevante no desenvolvimento do senso crítico. Percebe-se que o estudante chega à escola com muitas expectativas, já que desistiram por várias vezes, até mesmo por anos. A EJA é o reencontro com a escola, com o ato de estudar e buscar a cidadania, o empoderamento e a contextualização do mundo. Além da criticidade, a afetividade faz-se necessária para que este retorno cumpra o objetivo de acolhida. Para tanto, a educação bancária não pode ser considerada. Além disso, as relações com a pedagogia do educador Paulo Freire que, por meio de sua vasta obra, deixou diversas e importantes contribuições para o ensino, especialmente ao de jovens e adultos que retornam ansiosos e inseguros às salas de aula. Ademais, a História tem a chance de interagir com as ideias e práticas encontradas na obra desse educador. A análise será a partir da experiência empírica em turmas de EJA, teóricos como Bloch (2001) e Hobsbawm (1998) que trabalham com a iniciação teórica à ciência histórica e pesquisadores-educadores como Gadotti (1995), Moll (2011) e Andreola e Jung (2016). Portanto percebe-se que a referida disciplina cumpre seu papel de consciência de mundo, de emancipação e senso de cidadania aos estudantes. Todavia, há muito o que crescer em termos educacionais a fim de uma maior aproximação com o método freireano.