A dupla hélice do DNA: história revisitada à luz da epistemologia kuhniana // DOI: 10.18226/21784612.v22.n3.11
Resumo
O estudo dos fatos e episódios científicos é importante no sentido de possibilitar a compreensão do desenvolvimento das Ciências em contextos tanto do ensino, em diversos níveis, quanto da pesquisa. No entanto, a leitura dessa construção histórica precisa considerar visões de Ciência que superem as perspectivas lineares e neutras sobre a construção do processo de produção científica. Sob tal perspectiva, propõe-se nesse artigo uma releitura do movimento de elaboração do modelo da dupla hélice do DNA a partir do aporte epistemológico de Thomas Kuhn. Entendemos ser este um contexto importante que permeia a formação científica, tanto na educação básica quanto no ensino superior, no campo das Ciências Biológicas e que os conceitos desenvolvidos a partir da elaboração do modelo da dupla hélice são basilares para a compreensão de conhecimentos relacionados à genética, citologia, evolução, dentre outros. No processo de revisitar esse recorte histórico, identificamos os embates teóricos entre pesquisadores de diversos campos, a competição e o consenso como elementos que mobilizam a busca de respostas na concretização de um novo paradigma. Dessa forma, a dinamicidade da Ciência se mostra presente rejeitando a ideia do dado pronto e valorizando o processo no qual o conhecimento se constrói. Propomos que este seja um exercício de reflexão considerando-se que revisitar a história da Ciência a partir de diferentes perspectivas epistemológicas pode propiciar aos sujeitos novos olhares em um devir que descortine conceitos construídos de maneira dinâmica por homens e mulheres que, entre ires e vires, dão significado aos fenômenos que nos rodeiam.
Palavras-chave: DNA, Thomas Kuhn, ciência normal, revolução científica.
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