Contradições do progresso e ambiguidades da Educação: uma discussão a partir da Dialética do Esclarecimento // DOI: 10.18226/21784612.v22.n3.6
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo discutir implicações da dialética do esclarecimento, discutida na obra homônima de Adorno e Horkheimer, para a educação. Para tanto, volta-se ao questionamento central da obra acerca da permanência da barbárie mesmo nas sociedades com pretensões democráticas e apesar do desenrolar do processo civilizatório e do notório progresso técnico-científico que caracteriza o nosso tempo. Os argumentos fundamentais da obra citada são retomados, relacionando-a ao contexto de sua produção. Elementos como as contradições que são imanentes à cultura, a necessária autorreflexão do pensamento, a lida com o medo e com outros afetos decorrentes do não cumprimento da promessa emancipatória da cultura, a matematização da ciência e a expurgação do incomensurável e do subjetivo são pensados como implicações significativas da dialética do esclarecimento para o campo educativo. Discute-se que a educação, ainda que precariamente, é, por excelência, o âmbito tanto de formação das novas gerações como de produção de saberes, o que a torna rica em possibilidades tanto de fomentar os aspectos emancipatórios da cultura como de reproduzir e aprofundar as mazelas de nosso tempo, o que indica a importância desta reflexão. Procura-se, em alguma medida e com o intuito de aprofundar o escopo argumentativo, referenciar tanto outras obras dos autores frankfurtianos da primeira geração como obras de pesquisadores que se dedicam à atualização da produção teórica nesse campo de saber. À guisa de conclusão, são apontadas tarefas da educação, bem como aporias que precisam seguir sendo pensadas quando se concorda com a finalidade intrinsecamente emancipatória da formação.
Palavras-chave: Teoria crítica da sociedade. Educação. Dialética do esclarecimento. Autorreflexão do pensamento.
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