Políticas educacionais integradoras: propostas curriculares do Brasil e da Argentina // Integrative Educational Policies: Argentina and Brazil’s plans of studies

Autores

  • Léia Adriana da Silva Santiago Instituto Federal Goiano
  • Serlei Maria Fischer Ranzi Universidade Federal do Paraná
  • Marco Antônio de Carvalho Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Goiano
  • Maria Esperança Fernandes Carneiro Pontíficia Universidade Católica de Goiás

Resumo

O objeto da reflexão, neste artigo, são as propostas curriculares veiculadas a partir da segunda metade do século XIX, no Brasil e na Argentina. A questão que se coloca é perceber quais os conteúdos que estão incluídos sobre a América Latina, nestas propostas curriculares, se há semelhanças e diferenças entre estes documentos e se os conteúdos veiculados nas propostas curriculares implantadas a partir de 1995, nestes dois países, refletem as mudanças no ensino de história, sugeridas pelo MERCOSUL Educacional.  O texto foi dividido em dois subtemas, sendo que no primeiro, estão dispostos os dados referentes à América Latina no ensino secundário das propostas curriculares veiculadas nos séculos XIX até a década de 1980, do século XX e no segundo, são trazidos os conteúdos da América Latina que estão propostos para o sétimo e o oitavo anos, nos Parâmetros Curriculares Nacionais, do Brasil e para o oitavo e nonos anos, nos Contenidos Básicos Comunes, da Argentina.  Foi possível concluir que o lugar da América Latina foi bastante escasso, inclusive no contexto em que ascenderam suas preocupações com o nacionalismo. No caso do Brasil, o currículo foi fabricado de modo a tanto valorizar a história europeia e estadunidense, como modelo a ser seguido, e, num segundo plano, a valorizar a sua própria história. Esta lógica foi igualmente percebida na Argentina, que tinha a sua história como apêndice de uma história universal, privilegiando o olhar sobre o Estado, excluindo os conteúdos sobre a América Latina. Já as propostas curriculares veiculadas a partir de 1995, no Brasil e na Argentina, apresentaram mais permanências do que mudanças, uma vez que colocaram os conteúdos da História da América Latina na condição de ser a sobremesa de um menu, cujo prato principal  ainda é a história europeia.

Palavras-chave: Ensino de História da América. Mercosul Educacional. Propostas curriculares.

Biografia do Autor

Léia Adriana da Silva Santiago, Instituto Federal Goiano

Graduada em História, mestre e doutora em educação. Professora da disciplina de metodologia do ensino das ciências humanas, do curso de Pedagogia, do Instituto Federal Goiano, Câmpus Morrinhos

Serlei Maria Fischer Ranzi, Universidade Federal do Paraná

Graduada em História, mestre e doutora em História. Professora  aposentada do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná.

Marco Antônio de Carvalho, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Goiano

Graduação e mestrado em administração,  doutor em Educação. Professor da área de políticas públicas do curso de Pedagogia, do Instituto Federal Goiano, Câmpus Morrinhos

Maria Esperança Fernandes Carneiro, Pontíficia Universidade Católica de Goiás

Graduação e mestrado em História, doutora em Educação. Professora na área de formação de professores e políticas públicas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

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Publicado

2015-11-11

Como Citar

Santiago, L. A. da S., Ranzi, S. M. F., Carvalho, M. A. de, & Carneiro, M. E. F. (2015). Políticas educacionais integradoras: propostas curriculares do Brasil e da Argentina // Integrative Educational Policies: Argentina and Brazil’s plans of studies. CONJECTURA: Filosofia E educação, 21(1), 132–169. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/3598

Edição

Seção

Artigos