Inovação, Internacionalização Virtual e Interdisciplinaridade
os pilares do empreendedorismo científico para a excelência institucional
Palavras-chave:
Internacionalização de Instituições de Ensino Superior, Inovação, Internacionalização Virtual, Interdisciplinaridade, Ciclo de InternacionalizaçãoResumo
A internacionalização de Instituições de Ensino Superior (IES) representa um desafio considerando o ambiente virtual como um campo oportuno para manter a qualidade e a abrangência internacional. Assim, esta pesquisa teve como objetivo investigar como a inovação, a internacionalização virtual e a interdisciplinaridade são utilizadas pelas IES como elementos para atingir a excelência institucional. O procedimento metodológico envolve uma discussão de autores sobre material bibliográfico, um método descritivo e qualitativo e análise de conteúdo. O resultado foi a elaboração de um framework baseado em um estudo teórico-reflexivo comparando as etapas do ciclo de internacionalização descritas por Knight (1994) e os três pilares propostos da internacionalização, que são inovação, internacionalização virtual e interdisciplinaridade. Os resultados evidenciam ligações entre as etapas e cada um dos três pilares propostos, resultando em um framework composto por esses elementos, uma vez que circundam e conectam essas etapas em uma perspectiva ampla, promovendo uma visão geral da instituição. Além disso, as seis etapas do ciclo de Knight (conscientização, comprometimento, planejamento, operacionalização, revisão e reforço) são consideradas pelo autor essenciais para a internacionalização institucional. Com base neste estudo teórico-reflexivo, para futuras pesquisas este framework poderá ser aplicado em casos específicos para verificar como as instituições estão planejando suas estratégias relacionadas à internacionalização, especialmente considerando o ambiente virtual como uma potencial alternativa para as IES alcançarem a excelência institucional.
Referências
Abdullayev, A. A. (2020). System of information and communication technologies in the education. Science and world International scientific journal, 2, 19-21.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições, 70.
Benton-Short, L., & Merrigan, K. A. (2016). Beyond interdisciplinary: how sustainability creates opportunities for pan-university efforts. J. Environ Stud Sci 6:387–398.
Berchin, I. I., dos Santos Grando, V., Marcon, G. A., Corseuil, L., & de Andrade, J. B. S. O. (2017). Strategies to promote sustainability in higher education institutions: a case study of a federal institute of higher education in Brazil. International Journal of Sustainability in Higher Education.
Boal, H., Chaves, M. & Stallivieri, L. (2015). Os MOOCs e o processo de internacionalização das instituições de ensino superior. Anais. Colóquio Internacional de Gestão Universitária.
Bolger, P. (2021). A study of faculty perceptions and engagement with interdisciplinary research in university sustainability institutes. Journal of Environmental Studies and Sciences, 11(1), 115-129.
Brennan, J., Broek, S., Durazzi, N., Kamphuis, B., Ranga, M., & Ryan, S. (2014). Study on innovation in higher education. Publications Office of the European Union, Luxembourg.
Bruhn, E. (2016). Towards a framework for virtual internationalization. In EDEN Conference Proceedings (No. 2, pp. 1-9).
Carvalho, S. B. R. D., & Araújo, G. C. D. (2020). Gestão da internacionalização das instituições de ensino superior. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 25, 113-131.
Colossi, N. & Baade, J. H. (2015). Crise e mudança: Significado para a gestão universitária. Professare,[s.l.].p. 69 - 84.
Costa, A. M., Pozzebon, E. & Lopes, L. M. D. (2020). Realidade Aumentada e Leitura: uma possibilidade de inovação do ato de ler. In: Veiga, I. P. A. & Fernandes, R. C. A. (org). Por uma Didática da Educação Superior. Campinas (SP): Editora Autores Associados.
Damanpour, F. (1996). Organizational complexity and innovation: developing and testing multiple contingency models. Management Science, 42, 693–716.
De la Tejera Chillón, N., Sendón, C. C., Espinosa, L. M. V., de la Tejera, I. P., & de la Tejera Chillón, A. (2019). The interdisciplinarity in the university context. Panorama Cuba y Salud, 14(S1), 58-61.
García Rodríguez, J. F., Shriner Sierra, G. G., Martínez Luis, D., & Caamal Cauich, I. (2020). A gestão do conhecimento como determinante da capacidade de inovação em instituições de ensino superior. RIDE. Revista Iberoamericana para la Investigación y el Desarrollo Educativo, 11(21).
Gil A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Gulua, E. (2020). Management of Process and Infrastructure in Higher Education Institution. European Journal of Interdisciplinary Studies, 6(1), 31-57.
Haynes, A. (2017). In support of disciplinarity in teaching sociology: reflections from Ireland. Teaching Sociology, 45(1), 54–64.
Hudzik, John K. Comprehensive internationalization: From concept to action. Washington, DC: NAFSA, 2011.
Jibeen, T., & Khan, M. A. (2015). Internationalization of higher education: Potential benefits and costs. International Journal of Evaluation and Research in Education, 4(4), 196-199.
Knight, J. (1994). Internationalization: Elements and Checkpoints. CBIE Research No. 7. Canadian Bureau for International Education. 220 Laurier Avenue West, Suite 1550, Ottawa, Ontario K1P 5Z9.
Knight, J. (2003). GATS, Trade and Higher Education Perspective 2003 - Where are we? The Observatory on Borderless Higher Education, London, 2003.
Knight, J.; De Wit, H. (2018). Internationalization of higher education: Past and future. International Higher Education,[s.l.],n. 95, p. 2 - 4.
Kotsemir, M., Abroskin, A., & Meissner, D. (2013). Innovation concepts and typology–an evolutionary discussion. Higher School of Economics Research Paper No. WP BRP, 5.
Lang, A. F., Kumm, M., Wiener, A., Tully, J., & Maduro, M. P. (2013). Interdisciplinarity: Challenges and opportunities. Global Constitutionalism, 2(1), 1-5.
Li‐Hua, R., Wilson, J., Aouad, G., & Li, X. (2011). Strategic aspects of innovation and internationalization in higher education: The Salford PMI2 experience. Journal of Chinese Entrepreneurship.
Maier, D. (2018). The Romanian national innovation performance in the EU context. International Journal of Advanced Engineering and Management Research, 3(6).
Marcelino, J. M., & Woicolesco, V. G. (2022). Conexões entre Metodologias Ativas e a Internacionalização da Educação Superior em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Humanidades & Inovação, 9(2), 109-122.
Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2010). Fundamentos de metodologia científica. 7.ed. São Paulo: Atlas.
Miranda, J. A. A. D., & Stallivieri, L. (2017). Para uma política pública de internacionalização para o ensino superior no Brasil. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 22, 589-613.
Morosini, M. C., Corte, M. D., & Guilherme, A. A. (2017). Internationalization of higher education: A perspective from the great south. Creative Education.
Raento, P. Interdisciplinarity. (2020). International encyclopedia of human geography, p. 357, 2020.
Rincon, M. & Kadi, R. (2004). Strategies towards the knowledge society: Case study from adeveloping country. In Proceedings of Fifth European Conference on Knowledge Management (5th ECKM), Conservatoire National Des Arts et Metiers, Paris, France, 30 September–1 October 2004, pp. 775–783.
Romanovskyi, O., Romanovska, Y. Y., Romanovska, O. O., & El Makhdi, M. (2021). Development of the Theory and Practice of Higher Education Innovatics. International Journal of Entrepreneurial Research, 4(2), 28-41.
Silva C. M. (2014). Manual de orientação para elaboração de artigos científicos / Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad. – Rio de Janeiro: COENP.
Stallivieri, L. (2017). Understanding the internationalization of higher education. Revista de Educação do Cogeime, 26(50), 37-47.
Stallivieri, L., & Vianna, C. T. (2020). Responsible internationalization: New paradigms for cooperation between higher education institutions.
Stallivieri, L. (2022a). Virtual Internationalization of Higher Education: Digital Environments and Beyond. In: Castiello-Gutiérrez, S., Aguilar, M. P. P. & Jurado, C. E. G. (editors). Internationalization of Higher Education after COVID-19, 292.
Stallivieri, L. (2022b). Virtual Internationalization of Higher Education: Digital Environments and Beyond. Internationalization of Higher Education after COVID-19, 292.
Snoeijer, E., da Silva, F. C., de Oliveira Cabral, T. L., Stallivieri, L., & de Melo, P. A. (2022). A produção científica sobre internacionalização das Instituições de Ensino Superior no Colóquio Internacional de Gestão Universitária. Concilium, 22(6), 298-312.
World Conference on Higher Education - WCHE (1998). Final Report. http://unesdoc.unesco.org/images/0011/001163/116345e.pdf
Yeo, B. (2019). What drives university technological innovation outcomes? A revitalized investigation. Journal of Information & Knowledge Management, 18(03), 1950035.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Enio Snoeijer, Luciane Stallivieri, Alexandre Marino Costa, Pedro Antônio de Melo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), que está autorizada a publicá-lo em meio impresso, digital, ou outro existente, sem retribuição financeira para os autores. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.