Ensinar pela pesquisa: Porque não?
DOI:
https://doi.org/10.18226/23185279.v5iss1p26Abstract
Este trabalho descreve uma investigação realizada com professores de uma escola da rede pública estadual do Rio Grande do Sul que visou identificar se o método científico está ou não sendo utilizado como estratégia didática, qual a concepção dos professores sobre o valor do método científico e a importância do seu papel na construção do conhecimento. A desatenção e/ou a desmotivação de alguns alunos durante as aulas podem levar o professor a refletir sobre as alternativas para motivá-los e comprometê-los com seu aprendizado. Uma possibilidade é trabalhar a pesquisa científica como meio para que o aluno participe ativamente da sequência didática compartilhando dúvidas e descobertas. As Diretrizes Curriculares Nacionais orientam para que o processo ensino-aprendizagem seja ressignificado com a utilização da pesquisa como princípio pedagógico e o conhecimento científico faça parte do cotidiano escolar. A partir de trabalhos teóricos, ressalta-se a necessidade de o professor refletir sobre sua prática e avançar além da cópia e reprodução, adotando um ensino que privilegie a pesquisa, pressuposto para a emancipação intelectual do indivíduo. Assim, realizou-se uma avaliação diagnóstica com professores, onde os resultados apontam que a maioria dos professores não estudou o método científico na sua graduação, logo não o aplicam em sala de aula, apesar de considerá-lo importante para a aprendizagem. Diante destes resultados, os cursos de formação acadêmica, principalmente em licenciatura, precisam preparar satisfatoriamente o profissional para trabalhar com o método científico em sala de aula. Dessa forma o processo de ensino-aprendizagem não se limitará à cópia e reprodução, mas estará sustentado na formulação de perguntas e na procura por respostas.
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