DA LIDERANÇA TRADICIONAL À TITULARIDADE: DESVENDANDO O CASO DA SEMCO
DOI:
https://doi.org/10.18226/23190639.v12n2.07Palavras-chave:
Dinâmicas Organizacionais, Ambientes Inovadores, Holdership, Holding, LiderançaResumo
Objetivo: Este artigo explora o papel dos princípios de holdership nas dinâmicas organizacionais, com foco no caso da Semco, empresa brasileira reconhecida por suas práticas inovadoras. Os objetivos específicos são: analisar o alinhamento das práticas da Semco com os princípios de holdership; explorar as conexões conceituais entre a teoria do desenvolvimento emocional humano de Winnicott e o holdership; e investigar os impactos dessa abordagem em resultados individuais e organizacionais.
Design/Metodologia/Abordagem: A pesquisa é de natureza qualitativa e baseia-se na análise do caso Semco à luz dos princípios de holdership e da teoria de Winnicott, com foco na interpretação teórico-conceitual e observação de práticas organizacionais.
Originalidade/Relevância: O estudo contribui para a literatura ao propor o holdership como um referencial alternativo à liderança tradicional, promovendo um modelo organizacional mais inclusivo, sustentável e alinhado ao desenvolvimento humano e coletivo.
Principais Resultados/Descobertas: Os achados indicam que a ênfase da Semco em autonomia, senso de pertencimento, colaboração e responsabilidade compartilhada representa uma materialização dos princípios de holdership. Os resultados apontam para efeitos positivos como maior satisfação dos colaboradores, aumento da criatividade e inovação, e melhorias nas dinâmicas organizacionais.
Contribuições Teóricas e Práticas: O artigo amplia a compreensão do holdership como uma estrutura organizacional viável e humanizada. Também fornece implicações práticas para organizações que desejam promover ambientes de trabalho mais acolhedores, participativos e com maior engajamento coletivo. Ainda assim, adota uma perspectiva crítica ao reconhecer possíveis efeitos colaterais e desafios na aplicação do modelo.
Referências
Avolio, B. J., Walumbwa, F. O., & Weber, T. J. (2009). Leadership. Annual Review of Psychology, 60, 421-449.
Bass, B. M. (1985). Leadership and performance beyond expectations. Free Press.
Bass, B. M., & Riggio, R. E. (2006). Transformational leadership. Psychology Press.
Burns, J. M. (1978). Leadership. Harper & Row.
Creswell, J. W. (2014). Research design. Sage.
Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. (2017). The Sage handbook of qualitative research. Sage.
Edmondson, A. C. (1999). Psychological safety and learning behavior in work teams. Administrative Science Quarterly, 44(2), 350-383.
Fiedler, F. E. (1967). A theory of leadership effectiveness. McGraw-Hill.
French, J. R. P., & Raven, B. (1959). The bases of social power. In D. Cartwright (Ed.), Studies in social power (pp. 150-167). University of Michigan Press.
Harter, J. K., Schmidt, F. L., & Hayes, T. L. (2002). Business-unit-level relationship between employee satisfaction, employee engagement, and business outcomes. Journal of Applied Psychology, 87(2), 268-279.
House, R. J. (1977). A 1976 theory of charismatic leadership. In J. G. Hunt & L. L. Larson (Eds.), Leadership (pp. 189-207). Southern Illinois University Press.
Kotter, J. P. (1990). A force for change. Free Press.
Liden, R. C., Wayne, S. J., & Sparrowe, R. T. (2000). An examination of the mediating role of psychological empowerment on the relations between the job, interpersonal relationships, and work outcomes. Journal of Applied Psychology, 85(3), 407-416.
Merriam, S. B. (2009). Qualitative research. Jossey-Bass.
Patton, M. Q. (2014). Qualitative research and evaluation methods. Sage.
Pearce, C. L., & Conger, J. A. (2003). All those years ago. In C. L. Pearce & J. A. Conger (Eds.), Shared leadership (pp. 1-18). Sage.
Semler, R. (1993). Maverick. Warner Books.
Spreitzer, G. M. (1995). Psychological empowerment in the workplace. Academy of Management Journal, 38(5), 1442-1465.
Stogdill, R. M. (1948). Personal factors associated with leadership. Journal of Psychology, 25(1), 35-71.
Uhl-Bien, M. (2006). Relational leadership theory. The Leadership Quarterly, 17(6), 654-676.
Winnicott, D. W. (1965). The maturational processes and the facilitating environment. International Universities Press.
Winnicott, D. W. (1971). Playing and reality. Routledge.
Wrzesniewski, A., & Dutton, J. E. (2001). Crafting a job. Academy of Management Review, 26(2), 179-201.
Yin, R. K. (2014). Case study research. Sage
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Anderson Sant'Anna

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), que está autorizada a publicá-lo em meio impresso, digital, ou outro existente, sem retribuição financeira para os autores. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.