INOVAÇÃO PELA ADOÇÃO DE SOLUÇÕES DE STARTUPS:UMA PESQUISA-AÇÃO EM EMPRESA DE SERVIÇOS

Autores

  • Ricardo Cianciaruso
  • Marcelo Caldeira Pedroso USP

Palavras-chave:

Innovation

Resumo

Contexto: A adoção de soluções de startups contempla um dos elementos da inovação aberta.

Objetivo: Explorar como uma empresa estabelecida pode inovar por meio do relacionamento com startups, particularmente pela adoção de suas soluções. Método: Pesquisa de natureza intervencionista que adota o método de pesquisa-ação baseado em Coghlan e Brannick (2005). A execução da pesquisa adota conceitos de design thinking para identificar as dores (ou problemas a serem resolvidos), mapear soluções oferecidas por startups e implantar algumas dessas soluções na empresa. A arquitetura de modelo de negócio de Pedroso (2016) é utilizada para o diagnóstico e avaliação dos impactos das intervenções realizadas. Originalidade e relevância: A pesquisa parte da premissa de que empresas podem inovar ao adotar soluções de startups. Para tanto, o artigo apresenta uma experiência contemporânea e de natureza empírica.

Resultados: As intervenções resultaram em inovações de processos, que provocaram impactos considerados relevantes nos componentes do modelo de negócio da empresa. Essas intervenções proporcionaram benefícios de produtividade e avanços no desenvolvimento da cultura de inovação. O comprometimento da alta direção foi um fator crítico de sucesso do projeto. Contribuições teóricas: A pesquisa apresenta um processo estruturado, adotado por uma empresa, para a implantar soluções de startups capazes de resolver alguns de seus problemas. Contribuições gerenciais: A pesquisa apresenta um processo prático de adoção de soluções desenvolvidas por startups, aplicável a empresas de diferentes portes e setores. Limitações e desdobramentos da pesquisa: Pesquisa resultante de um caso específico, realizada por meio de pesquisa-ação. Abre-se, portanto, a oportunidade de ampliar o estudo, visando transformar o processo adotado em um método.

Referências

Bagno, R.B., O’Connor, G.C., Salerno, M.S., & Melo, J.C.F. (2024). Startup engagement: a strategy framework for established companies. Innovation & Management Review, 21(3), 182-197. https://doi.org/10.1108/INMR-07-2022-0093

Baregheh, A., Rowley, J., & Sambrook, S. (2009). Towards a multidisciplinary definition of innovation. Management Decision, 47(8), 1323-1339.

Blank, S. (2010). The four steps to the epiphany: Successful strategies for products that win. K&S Ranch.

Blank, S. G., & Dorf, B. (2012). The startup owner's manual: The step-by-step guide for building a great company. Pescadero: KeS Ranch, Inc.

Bonzom, A., & Netessine, S. (2016). 500 Corporations: How do the world's biggest companies deal with the startup revolution? The Wharton School Research Paper. http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.4770334

Brown, T. (2008). Design thinking. Harvard Business Review, 86(6), 84.

Brown, T., & Katz, B. (2011). Change by design. Journal of product innovation management, 28(3), 381-383.

Casadesus-Masanell, R., & Ricart, J. E. (2010). From strategy to business models and onto tactics. Long range planning, 43(2-3), 195-215.

Chesbrough, H. W. (2002). Making sense of corporate venture capital. Harvard Business Review, 80(3), 90-99.

Chesbrough, H. (2003). Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting. Boston: Harvard Business Press.

Chesbrough, H., & Bogers, M. (2014). Explicating open innovation: Clarifying an emerging paradigm for understanding innovation. New Frontiers in Open Innovation. Oxford: Oxford University Press, Forthcoming, 3-28.

Coghlan, D., & Brannick, D. T. (2005). Doing action research in your own organization. 2a. Ed. London: Sage Publications Limited.

Crossan, M. M., & Apaydin, M. (2010). A multidimensional framework of organizational innovation: A systematic review of the literature. Journal of Management Studies, 47(6), 1154-1191.

Diestre, L., & Rajagopalan, N. (2012). Are all ‘sharks’ dangerous? New biotechnology ventures and partner selection in R&D alliances. Strategic Management Journal, 33 (10), 1115–1134.

Dizdarevic, A., van de Vrande, V., & Jansen, J. (2024). When opposites attract: A review and synthesis of corporate-startup collaboration. Industry and Innovation, 31(5), 544-578. https://doi.org/10.1080/13662716.2023.2271853

Drover, W., Busenitz, L., Matusik, S., Townsend, D., Anglin, A., & Dushnitsky, G. (2017). A review and road map of entrepreneurial equity financing research: venture capital, corporate venture capital, angel investment, crowdfunding, and accelerators. Journal of Management, 43(6), 1820-1853.

Flamholtz, E. G., & Randle, Y. (2012). Growing pains: Transitioning from an entrepreneurship to a professionally managed firm. São Francisco: John Wiley & Sons.

Gassmann, O., Frankenberger, K., & Csik, M. (2014). The business model navigator: 55 models that will revolutionise your business. Harlow: Pearson.

Gobble, M. M. (2018). The varieties of corporate venturing. Research Technology Management, 61(2), 58-63.

Gomes, T. (2019). 100 Startups to watch: as startups para você ficar de olho. Época Negócios. Recuperado de https://url.gratis/qRoMyR

Gopalakrishnan, S., & Damanpour, F. (1997). A review of innovation research in economics, sociology and technology management. Omega – International Journal of Management Science, 25(1), 15–28.

Hansen, M. T., & Birkinshaw, J. (2007). The innovation value chain. Harvard Business Review, 85(6), 121.

Katila, R., Rosenberger, J.D., & Eisenhardt, K.M. (2008). Swimming with sharks: Technology ventures, defense mechanisms and corporate relationships. Administrative Science Quarterly, 53 (2), 295–332.

Likert, R. (1932). A technique for the measurement of attitudes. Archives of Psychology, 22, 5-55.

Mello, R.P.A.F. (2024). Programas de corporate startup engagement com foco em deep techs. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária, Universidade de São Paulo.

Nobre, R. V. (2020). Uso do design thinking na comercialização de tecnologias de gestão empresarial: estudo exploratório a partir da ergonomia da atividade. (Dissertação de Mestrado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.

Oliveira, T.L. (2019). Relacionamentos entre uma grande empresa e startups: barreiras internas e proposição de ações a partir de uma pesquisa-ação. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.

Osterwalder, A., & Pigneur, Y. (2010). Business model generation: a handbook for visionaries, game changers and challengers. Hoboken, NJ: John Wiley e Sons.

Pedroso, M. C. (2016). Modelo de negócios e suas aplicações em administração. (Tese de livre-docência). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.

Pedroso, M. C., Claro, H. G., Borali, M., & Cruzatti, P (2020). Inovação na atenção primária em saúde: Uma nova perspectiva para o sistema de saúde do Brasil. Instituto Lado a Lado pela Vida/Global Forum - Fronteiras da Saúde.

Pinto, T.C.L., & Tamanine, A.M.B. (2022). Corporate challenge canvas: visual tool to systematize open innovation challenges. Brazilian Journal of Management and Innovation, 10(1), 146–170. https://doi.org/10.18226/23190639.v10n1.07

Prashantham, S., & Birkinshaw, J. (2008). Dancing with gorillas: How small companies can partner effectively with MNCs. California Management Review, 51 (1), 6–23.

Prashantham, S., & Kumar, K. (2019). Engaging with startups: MNC perspectives. IIMB Management Review, 31, 407–417.

Prashantham, S., & Yip, G.S. (2017). Engaging with startups in emerging markets. MIT Sloan Management Review, 58 (2), 51.

Sawhney, M., Wolcott, R. C., & Arroniz, I. (2006). The 12 different ways for companies to innovate. MIT Sloan Management Review, 47(3), 75.

Schumpeter, J. A. ([1911]1997). Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico (1934). Tradução de Maria Sílvia Possas. Coleção Os Economistas. São Paulo: Nova Cultural. (Publicada originalmente em 1911, em alemão).

Thieme, K. (2017). The strategic use of corporate-startup engagement. (Dissertação de Mestrado). Delft University of Technology. Recuperado de https://url.gratis/e5eDWD

Weiblen, T., & Chesbrough, H. W. (2015). Engaging with startups to enhance corporate innovation. California Management Review, 57(2), 66-90.

Publicado

2025-02-05

Como Citar

Cianciaruso, R., & Caldeira Pedroso, M. (2025). INOVAÇÃO PELA ADOÇÃO DE SOLUÇÕES DE STARTUPS:UMA PESQUISA-AÇÃO EM EMPRESA DE SERVIÇOS. Revista Brasileira De Gestão E Inovação (Brazilian Journal of Management and Innovation), 11(3). Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/RBGI/article/view/13603

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.