INOVAÇÃO PELA ADOÇÃO DE SOLUÇÕES DE STARTUPS:UMA PESQUISA-AÇÃO EM EMPRESA DE SERVIÇOS
Palavras-chave:
InnovationResumo
Contexto: A adoção de soluções de startups contempla um dos elementos da inovação aberta.
Objetivo: Explorar como uma empresa estabelecida pode inovar por meio do relacionamento com startups, particularmente pela adoção de suas soluções. Método: Pesquisa de natureza intervencionista que adota o método de pesquisa-ação baseado em Coghlan e Brannick (2005). A execução da pesquisa adota conceitos de design thinking para identificar as dores (ou problemas a serem resolvidos), mapear soluções oferecidas por startups e implantar algumas dessas soluções na empresa. A arquitetura de modelo de negócio de Pedroso (2016) é utilizada para o diagnóstico e avaliação dos impactos das intervenções realizadas. Originalidade e relevância: A pesquisa parte da premissa de que empresas podem inovar ao adotar soluções de startups. Para tanto, o artigo apresenta uma experiência contemporânea e de natureza empírica.
Resultados: As intervenções resultaram em inovações de processos, que provocaram impactos considerados relevantes nos componentes do modelo de negócio da empresa. Essas intervenções proporcionaram benefícios de produtividade e avanços no desenvolvimento da cultura de inovação. O comprometimento da alta direção foi um fator crítico de sucesso do projeto. Contribuições teóricas: A pesquisa apresenta um processo estruturado, adotado por uma empresa, para a implantar soluções de startups capazes de resolver alguns de seus problemas. Contribuições gerenciais: A pesquisa apresenta um processo prático de adoção de soluções desenvolvidas por startups, aplicável a empresas de diferentes portes e setores. Limitações e desdobramentos da pesquisa: Pesquisa resultante de um caso específico, realizada por meio de pesquisa-ação. Abre-se, portanto, a oportunidade de ampliar o estudo, visando transformar o processo adotado em um método.
Referências
Bagno, R.B., O’Connor, G.C., Salerno, M.S., & Melo, J.C.F. (2024). Startup engagement: a strategy framework for established companies. Innovation & Management Review, 21(3), 182-197. https://doi.org/10.1108/INMR-07-2022-0093
Baregheh, A., Rowley, J., & Sambrook, S. (2009). Towards a multidisciplinary definition of innovation. Management Decision, 47(8), 1323-1339.
Blank, S. (2010). The four steps to the epiphany: Successful strategies for products that win. K&S Ranch.
Blank, S. G., & Dorf, B. (2012). The startup owner's manual: The step-by-step guide for building a great company. Pescadero: KeS Ranch, Inc.
Bonzom, A., & Netessine, S. (2016). 500 Corporations: How do the world's biggest companies deal with the startup revolution? The Wharton School Research Paper. http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.4770334
Brown, T. (2008). Design thinking. Harvard Business Review, 86(6), 84.
Brown, T., & Katz, B. (2011). Change by design. Journal of product innovation management, 28(3), 381-383.
Casadesus-Masanell, R., & Ricart, J. E. (2010). From strategy to business models and onto tactics. Long range planning, 43(2-3), 195-215.
Chesbrough, H. W. (2002). Making sense of corporate venture capital. Harvard Business Review, 80(3), 90-99.
Chesbrough, H. (2003). Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting. Boston: Harvard Business Press.
Chesbrough, H., & Bogers, M. (2014). Explicating open innovation: Clarifying an emerging paradigm for understanding innovation. New Frontiers in Open Innovation. Oxford: Oxford University Press, Forthcoming, 3-28.
Coghlan, D., & Brannick, D. T. (2005). Doing action research in your own organization. 2a. Ed. London: Sage Publications Limited.
Crossan, M. M., & Apaydin, M. (2010). A multidimensional framework of organizational innovation: A systematic review of the literature. Journal of Management Studies, 47(6), 1154-1191.
Diestre, L., & Rajagopalan, N. (2012). Are all ‘sharks’ dangerous? New biotechnology ventures and partner selection in R&D alliances. Strategic Management Journal, 33 (10), 1115–1134.
Dizdarevic, A., van de Vrande, V., & Jansen, J. (2024). When opposites attract: A review and synthesis of corporate-startup collaboration. Industry and Innovation, 31(5), 544-578. https://doi.org/10.1080/13662716.2023.2271853
Drover, W., Busenitz, L., Matusik, S., Townsend, D., Anglin, A., & Dushnitsky, G. (2017). A review and road map of entrepreneurial equity financing research: venture capital, corporate venture capital, angel investment, crowdfunding, and accelerators. Journal of Management, 43(6), 1820-1853.
Flamholtz, E. G., & Randle, Y. (2012). Growing pains: Transitioning from an entrepreneurship to a professionally managed firm. São Francisco: John Wiley & Sons.
Gassmann, O., Frankenberger, K., & Csik, M. (2014). The business model navigator: 55 models that will revolutionise your business. Harlow: Pearson.
Gobble, M. M. (2018). The varieties of corporate venturing. Research Technology Management, 61(2), 58-63.
Gomes, T. (2019). 100 Startups to watch: as startups para você ficar de olho. Época Negócios. Recuperado de https://url.gratis/qRoMyR
Gopalakrishnan, S., & Damanpour, F. (1997). A review of innovation research in economics, sociology and technology management. Omega – International Journal of Management Science, 25(1), 15–28.
Hansen, M. T., & Birkinshaw, J. (2007). The innovation value chain. Harvard Business Review, 85(6), 121.
Katila, R., Rosenberger, J.D., & Eisenhardt, K.M. (2008). Swimming with sharks: Technology ventures, defense mechanisms and corporate relationships. Administrative Science Quarterly, 53 (2), 295–332.
Likert, R. (1932). A technique for the measurement of attitudes. Archives of Psychology, 22, 5-55.
Mello, R.P.A.F. (2024). Programas de corporate startup engagement com foco em deep techs. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária, Universidade de São Paulo.
Nobre, R. V. (2020). Uso do design thinking na comercialização de tecnologias de gestão empresarial: estudo exploratório a partir da ergonomia da atividade. (Dissertação de Mestrado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
Oliveira, T.L. (2019). Relacionamentos entre uma grande empresa e startups: barreiras internas e proposição de ações a partir de uma pesquisa-ação. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.
Osterwalder, A., & Pigneur, Y. (2010). Business model generation: a handbook for visionaries, game changers and challengers. Hoboken, NJ: John Wiley e Sons.
Pedroso, M. C. (2016). Modelo de negócios e suas aplicações em administração. (Tese de livre-docência). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.
Pedroso, M. C., Claro, H. G., Borali, M., & Cruzatti, P (2020). Inovação na atenção primária em saúde: Uma nova perspectiva para o sistema de saúde do Brasil. Instituto Lado a Lado pela Vida/Global Forum - Fronteiras da Saúde.
Pinto, T.C.L., & Tamanine, A.M.B. (2022). Corporate challenge canvas: visual tool to systematize open innovation challenges. Brazilian Journal of Management and Innovation, 10(1), 146–170. https://doi.org/10.18226/23190639.v10n1.07
Prashantham, S., & Birkinshaw, J. (2008). Dancing with gorillas: How small companies can partner effectively with MNCs. California Management Review, 51 (1), 6–23.
Prashantham, S., & Kumar, K. (2019). Engaging with startups: MNC perspectives. IIMB Management Review, 31, 407–417.
Prashantham, S., & Yip, G.S. (2017). Engaging with startups in emerging markets. MIT Sloan Management Review, 58 (2), 51.
Sawhney, M., Wolcott, R. C., & Arroniz, I. (2006). The 12 different ways for companies to innovate. MIT Sloan Management Review, 47(3), 75.
Schumpeter, J. A. ([1911]1997). Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico (1934). Tradução de Maria Sílvia Possas. Coleção Os Economistas. São Paulo: Nova Cultural. (Publicada originalmente em 1911, em alemão).
Thieme, K. (2017). The strategic use of corporate-startup engagement. (Dissertação de Mestrado). Delft University of Technology. Recuperado de https://url.gratis/e5eDWD
Weiblen, T., & Chesbrough, H. W. (2015). Engaging with startups to enhance corporate innovation. California Management Review, 57(2), 66-90.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ricardo Cianciaruso, Marcelo Caldeira Pedroso
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), que está autorizada a publicá-lo em meio impresso, digital, ou outro existente, sem retribuição financeira para os autores. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.