AS PRÁTICAS DE TRABALHO E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL À LUZ DA ESTÉTICA ORGANIZACIONAL

Autores

  • Silvia Raquel Schiavo de Azambuja Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (IFRS) - Câmpus Farroupilha
  • Cláudia Simone Antonello Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Perspectiva cultural interpretativista. Práticas de trabalho. Processos de aprendizagem. Estética organizacional.

Resumo

O presente estudo buscou compreender o processo de aprendizagem e as práticas de trabalho de um grupo de trabalhadores da construção civil, a partir da teoria da estética organizacional. As técnicas empregadas na coleta dos dados foram a observação não-participante e entrevistas em profundidade, realizadas com cinco trabalhadores (mestre de obras e serventes) de uma empresa construtora de pequeno porte do município de Santa Maria (RS). Para a análise dos dados, foi utilizada a técnica de análise textual interpretativa. Os principais resultados obtidos apontam, no grupo de indivíduos pesquisado, a existência de práticas coletivas integradoras, que desempenham papel importante no relacionamento interpessoal criado e mantido pelo grupo. As práticas revelam aspectos que dizem respeito à cultura do grupo, que o distinguem de outros e lhe dão uma identidade própria. O processo de aprendizagem dos trabalhadores revelou-se essencialmente informal. A formação e aprendizagem para a execução das práticas de trabalho ocorrem dentro do próprio trabalho, através da experiência prática, da interação com colegas e pessoas mais experientes e da observação do modo de realização de outros, permitindo introduzir novos comportamentos e formas de realizar as práticas. Os trabalhadores estabelecem relação entre seu corpo físico e os artefatos que utilizam no desenvolvimento de suas práticas de trabalho, os quais são vistos como essenciais ao cumprimento e implementação das mesmas. A execução dessas práticas mobiliza conhecimentos pessoais/incorporados/não-formalizados dos trabalhadores, que são compartilhados através do diálogo, observação e interação, passando a fazer parte da cultura do grupo. Esse conhecimento tácito é incorporado pela organização no seu “produto”, obtendo reconhecimento por isso.

DOI: 10.18226/23190639.v2n1.01

 

Biografia do Autor

Silvia Raquel Schiavo de Azambuja, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (IFRS) - Câmpus Farroupilha

Mestre em Administração - área de concentração Recursos Humanos - (Conceito 7 Capes) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2010), Especialista em Gestão de Recursos Humanos (2008) e Graduada em Administração (1998) pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ. Concluiu Licenciatura no Curso de Formação de Professores para os Componentes Curriculares da Educação Profissional (IFRS - 2013). Tem experiência profissional em administração, secretaria executiva/assessoria, liderança e coordenação de equipes. Atualmente é professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (IFRS), Câmpus Farroupilha, na área de Gestão, e na Faculdade IDEAU de Caxias do Sul - RS, onde, além de exercer a atividade de docência (disciplinas e orientação de Estágios e Trabalho de Conclusão de Curso), integra o Núcleo Docente Estruturante dos Cursos de Administração e Gestão de Recursos Humanos e o Colegiado do Curso de Administração. Atua e possui interesse principal nas áreas de administração, gestão e desenvolvimento de pessoas, gestão por competências, aprendizagem organizacional e estética organizacional, gestão do conhecimento, comportamento organizacional, relações humanas e empreendedorismo. Mestre em Administração - área de concentração Recursos Humanos - (Conceito 7 Capes) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2010), Especialista em Gestão de Recursos Humanos (2008) e Graduada em Administração (1998) pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ. Concluiu Licenciatura no Curso de Formação de Professores para os Componentes Curriculares da Educação Profissional (IFRS - 2013). Tem experiência profissional em administração, secretaria executiva/assessoria, liderança e coordenação de equipes. Atualmente é professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (IFRS), Câmpus Farroupilha, na área de Gestão, e na Faculdade IDEAU de Caxias do Sul - RS, onde, além de exercer a atividade de docência (disciplinas e orientação de Estágios e Trabalho de Conclusão de Curso), integra o Núcleo Docente Estruturante dos Cursos de Administração e Gestão de Recursos Humanos e o Colegiado do Curso de Administração. Atua e possui interesse principal nas áreas de administração, gestão e desenvolvimento de pessoas, gestão por competências, aprendizagem organizacional e estética organizacional, gestão do conhecimento, comportamento organizacional, relações humanas e empreendedorismo. 

Cláudia Simone Antonello, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Bolsista Produtividade Cnpq. Doutora em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é professora e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Administração e na Escola de Adminstração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Administração com ênfase em Aprendizagem nas Organizações. Como pesquisadora atua principalmente nos seguintes temas: saberes, práticas e aprendizagem nas organizações; gestão e produção cultural; formação e pesquisa em administração; gestão e desenvolvimento de pessoas. Pesquisadora colaboradora do NUPES/UPM. Possui publicações nacionais e internacionais acerca do tema Aprendizagem Organizacional. Organizadora do livros Novos Horizontes da Gestão: Competências e Aprendizagem Organizacional (2005) e Aprendizagem Organizacional no Brasil (2011) pela Artmed/Bookman, obra que obteve 54 Prêmio Jabuti em 2012 - Primeiro Lugar na Categoria Economia, Administração e Negócios.

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Publicado

2014-07-16

Como Citar

de Azambuja, S. R. S., & Antonello, C. S. (2014). AS PRÁTICAS DE TRABALHO E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL À LUZ DA ESTÉTICA ORGANIZACIONAL. Revista Brasileira De Gestão E Inovação (Brazilian Journal of Management and Innovation), 2(1), 1–30. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/RBGI/article/view/2799

Edição

Seção

Artigos

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