UNIVERSITY MANAGEMENT IN THE LIGHT OF SENSEMAKING AND PRACTICES
An integrative literature review
Palavras-chave:
SensemakingResumo
As organizações de ensino superior têm perpassado por diversas mudanças nos últimos trinta anos. Entre as origens dessas alterações destacam-se as políticas governamentais que atribuíram às entidades de ensino maior autonomia e responsabilidade gestionária, o que contribuiu para o incremento da lógica mercadológica na gestão dessas entidades. Sob tais influências, agentes universitários têm experimentado diversos processos de construção de novos sentidos e estabelecimento de respostas às mudanças em seus ambientes, o que se desdobra em diferentes percepções, estratégias e conflitos. A partir das lentes teóricas do sensemaking e das teorias das práticas, esta pesquisa bibliográfica integrativa investigou como reordenações universitárias têm sido tratadas na literatura especializada. Considerando os critérios estabelecidos, a pesquisa encontrou 14 estudos que enfatizavam processos de sensemaking e desdobramentos práticos como decorrências de mudanças organizacionais no âmbito universitário. Os resultados abordam: (i) as maneiras pelas quais a autonomia adquirida pelas entidades de ensino tem sido operacionalizada por meio do estabelecimento de sistemas emancipados de gestão; (ii) a inserção de diretrizes curriculares direcionadas para o desempenho de discentes no mercado de trabalho e (iii) as perturbações de professores e chefes de departamento que tendem a questionar suas atuações enquanto líderes estratégicos das universidades. O trabalho traz contribuições para a comunidade acadêmica por apontar as adversidades e os desafios do campo na atualidade e as formas em que as mesmas têm sido significadas e respondidas, o que pode contribuir com futuras pesquisas.
Referências
Amarante, J. M., Crubellate, J. M., & Junior, V. M. (2017). Estratégias em universidades: uma análise comparativa sob a perspectiva institucional. Revista Gestão Universitária na América Latina - GUAL, 10(1), 190-212. https://doi.org/10.5007/1983-4535.2017v10n1p190
Arya, A., & Nardon, L. (2014). Google It: Critical Thinking and Problem Solving in the Internet Age. In EDULEARN14 Proceedings (pp. 4166–4173). Recuperado de https://library.iated.org/view/ARYA2014GOO
Bergan P. T. & Luckmann,T. (1999). A Construção Social da Realidade–Um livro sobre a Sociologia do Conhecimento. Lisboa: Dinalivro.
Blaschke, S., Frost, J. & Hattke, F. (2014). Towards a micro foundation of leadership, governance, and management in universities. Higher Education, 68(5), 711–732. https://doi.org/10.1007/s10734-014-9740-2
Carvalho, C. A., Vieira, M. M. F., & Silva, S. M. G. (2012). A trajetória conservadora da Teoria Institucional. GESTÃO.Org - Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 10(3), 469-496. Recuperado de https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/gestaoorg/article/view/21893/18417
Churchmann, D. & King, S. (2009). Academic practice in transition: hidden stories of academic identities. Teaching in Higher Education, 14(5), 507-516. https://doi.org/10.1080/13562510903186675
Degn, L. (2014). Sensemaking, sensegiving and strategic management in Danish higher education. High Education, 69(6), 901-913. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/43648835
Degn, L. (2014). Identity constructions and sensemaking in higher education: A case study of Danish higher education department heads. Studies in Higher Education, 40(7), 1179-1193. https://doi.org/10.1080/03075079.2014.881345
Doten-Snitker, K., Margherio, C., Litzler, E., Ingram, E. & Williams, J. (2020). Developing a shared vision for change: moving toward inclusive empowerment. Research in Higher Education, 62(3), 206-229. https://doi.org/10.1007/s11162-020-09594-9
Frohlich, E. V. Weghuber, D. & Zwaan, M. (2012). Association of Symptoms of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder with Physical Activity, Media Time, and Food Intake in Children and Adolescents. PLoS ONE,7(11), 1-8. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0049781
Froehlich, H. E., Couture, J., Falconer, L., Krause, G., Morris, J. A., Perez, M., Stentiford, G. D., Vehvilainen, H., & Halpern, B. S. (2020). Mind the gap between ICES nations’ future seafood consumption and aquaculture production. ICES Journal of Marine Science, 78(1), 468-477. https://doi.org/10.1093/icesjms/fsaa066
Frohlich. (2014). Two-year survey comparing earthquake activity and injection-well locations in the Barnett shale, Texas. PNAS, 109(35), 1-9. https://doi.org/10.1073/pnas.1207728109
Garcia, A., & Montenegro, L. M. (2019). Faço sentido; logo,aprendo: as propriedades do sensemaking na aprendizagem experiencial. Revista de Estudos Brasileira de Estudos Organizacionais, 6(3), 573-615. https://doi.org/10.21583/2447-4851.rbeo.2019.v6n3.242
Gigliotti, R. A. (2020). The perception of crisis, the existence of crisis: navigating the social construction of crisis. Journal of Applied Communication Research, 48(5), p. 558–576, 2020. https://doi.org/10.1080/00909882.2020.1820553
Gioia, D. A., & Chittipeddi, K. (1991). Sensemaking and sensegiving in strategic change initiation. Strategic Management Journal, 12(6), 433-448. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/2486479
Gioia, D. A., & Thomas, J. B. (1996). Identity, image, and issue interpretation: Sensemaking during strategic change in academia. Administrative Science Quarterly, 41(3), 370-403. https://doi.org/10.2307/2393936
Giuliani, M. (2016). Sensemaking, sensegiving and sensebreaking. Journal of Intellectual Capital, 17(2), 218-237. https://doi.org/10.1108/JIC-04-2015-0039
Gomes, M. S., Gonçalo, C. R., Pereira, C. D., & Vargas, S. L. (2014). A inovação como conexão para o desenvolvimento de parcerias entre universidade-empresa. Navus - Revista de Gestão e Tecnologia, 4(2), 78-91. Recuperado de http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=350450614007
Janissek, J., Aguiar, C. V. N., Mello, T. A. B. & Ferreira, R. S. (2017). Campos, M. S. Práticas inovadoras de gestão no contexto das universidades públicas brasileiras: validação da escola para medir seu grau de importância e adoção. Revista do Serviço Público, 68(2), 259-284. https://doi.org/10.21874/rsp.v68i2.1631
Jeong, H. S., & Brower, R. S. (2008). Extending the present understanding of organizational sensemaking: Three stages and three contexts. Administration & Society, 40(3), 223-252. https://doi.org/10.1177/0095399707313446
Kezar, A. & Eckel, P. (2002). Examining the institutional transformation process: The importance of sensemaking, interrelated strategies, and balance. Research in Higher Education, 43(3), 295–328. https://doi.org/10.1023/A:1014889001242
Loscher, G., Seidl, D., & Splitter, V. (2019). Theodore Schatzki’s practice theory and its implications for organization studies. In S. Clegg, & M. Pina e Cunha (Eds.), Management, Organizations and Contemporary Social Theory (pp. 115–134). Routledge. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/328857681_Theodor_Schatzki's_theory_and_its_implications_for_Organization_Studies
Maitlis, S., & Christianson, M. (2014). Sensemaking in organizations: Taking stock and moving forward. Academy of Management Annals, 8(1), 57-125.
https://doi.org/10.5465/19416520.2014.873177
Maitlis, S., & Lawrence, T. (2007). Triggers and enablers of sensegiving in organizations. Academy of Management Journal, 50(1), 57–84. https://doi.org/10.5465/amj.2007.24160971
Maitlis, S. (2005). The Social Processes of Organizational Sensemaking. Academy of Management Journal, 48(1), 21-49. https://doi.org/10.5465/amj.2005.15993111
Manolchev, C. (2019). Sensemaking as ‘Self’-defence: Investigating spaces of resistance in precarious work. Competition & Change, 24(2), 154-177. https://doi.org/10.1177/1024529418822920
McGrath, C., Roxa, T. & Laksov, B. K. (2019). Change in a culture of collegiality and consensus-seeking: a double-edged sword. Higher Education Research and Development, 38(5), 1–14. https://doi.org/10.1080/07294360.2019.1603203
Meyer Jr., V., Pascussi, L. & Mangolin, L. (2012). Gestão estratégica: um exame de práticas em universidades privadas. Revista de Administração Pública, 46(1) 49-70. https://doi.org/10.1590/S0034-76122012000100004
Mills, J. H., Thurlow, A., & Mills, A. J. (2010). Making sense of sensemaking: the critical sensemaking approach. Qualitative Research in Organizations and Management, 5(2), 182-195. https://doi.org/10.1108/17465641011068857
Montenegro, L. M. (2011). Conhecimento e sensemaking: reflexões para a área de educação. Revista Organizações em Contexto, 7(14), 143-163. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/5342/534256503007.pdf
Montenegro, L. M. Construção de sentidos (sensemaking) em práticas de um processo estratégico: Um estudo comparativo em duas instituições de ensino superior do Estado do Paraná. 2009. 207f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009.
Møthe, S., Ballangrud, B. & Stensaker, B. (2014). The values and visions of the professional department head: Not so different from the past?. International Journal of Educational Management, 29(3), 298-308. https://doi.org/10.1108/IJEM-05-2014-0061
Nicolini, D. & Monteiro, P. (2017). The practice approach in organizational and management studies. In Langley, A., & Tsoukas, H. (Eds.), The SAGE Handbook of Process Organization Studies. London. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/282334669_The_Practice_Approach_For_a_Praxeology_of_Organisational_and_Management_Studies_2017
Rom, N. & Eyal, O. (2018). Sensemaking, sense-breaking, sense-giving, and sense-taking: How educators construct meaning in complex policy environments. Teaching and Teacher Education, 78, 62-74. https://doi.org/10.1016/j.tate.2018.11.008
Rondini, C. A., Pedro, K. M., & dos Santos Duarte, C. (2020). Pandemia do Covid-19 e o ensino remoto emergencial: Mudanças na práxis docente. Interfaces Científicas-Educação, 10(1), 41-57. https://doi.org/10.17564/2316-3828.2020v10n1p41-57
Ruge, G., Tokede, O., & Tivendale, L. (2019). Implementing constructive alignment in higher education: cross-institutional perspectives from Australia. Higher Education Research & Development, 38, 833-848. https://doi.org/10.1080/07294360.2019.1586842
Sandberg, J., & Tsoukas, H. (2015). Making sense of the sensemaking perspective: Its constituents, limitations, and opportunities for further development. Journal of Organizational Behavior, 36(S1), S6-S32. https://doi.org/10.1002/job.1937
Santos, L. L. S., & Silveira, R. A. (2015). Por uma Epistemologia das Práticas Organizacionais: A Contribuição de Theodore Schatzki. O&S, 22(72), 79-98. https://doi.org/10.1590/1984-9230724
Schatzki, T. R. (2002). The site of the social: A philosophical account of the constitution of social life and change. University Park: The Pennsylvania State University Press.
Schatzki, T. R. (2005). The sites of organizations. Organization Studies, 26(3), 465-84.
Sewerin, T., & Holmberg, R. (2017). Contextualizing distributed leadership in higher education. Higher Education Research & Development, 36(6), 1280-1294. https://doi.org/10.1080/07294360.2017.1303453
Thomas, J. B., Clark, S. M., & Gioia, D. A. (1993). Strategic sensemaking and organizational performance: Linkages among scanning, interpretation, action, and outcomes. Academy of Management Journal, 36(2), 239–270. https://doi.org/10.2307/256522
Torraco, R. J. (2005). Writing integrative literature reviews: Guidelines and examples. Human resource development review, 4(3), 356-367. http://dx.doi.org/10.1177/1534484305278283
Torraco, R. J. (2016). Writing integrative literature reviews: Using the past and present to explore the future. Human resource development review, 15(4), 404-428. https://doi.org/10.1177/1534484316671606
Voto, C., & Thomas, M. K. (2020). Cultural sensemaking and the implementation of edTPA technological tools: lessons for the field. Educational Technology Research and Development, 68(5), 2729–2751. https://doi.org/10.1007/s11423-019-09732-w
Weick, K. E. (1995). Sensemaking in organizations (v. 3). Sage.
Weick, K. E., Sutcliffe, K. M., & Obstfeld, D. (2005) Organizing and the process of sensemaking. Organization Science, 16, 409-421. https://doi.org/10.1287/orsc.1050.0133
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Juliano Silva Cougo, Iasmin Ribeiro Diniz, Elisabeth Thaiane Tercino de Araújo, Dany Flávio Tonelli

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), que está autorizada a publicá-lo em meio impresso, digital, ou outro existente, sem retribuição financeira para os autores. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.