O CONTEXTO ECOSSISTÊMICO DO PARQUE CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DA CIDADE DE CAXIAS DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.18226/23190639.v11n2.02Palavras-chave:
Capacidades Dinâmicas, Parque Científico e Tecnológico, Cidade Inteligente, Ecossistema de InovaçãoResumo
Objetivo: o estudo buscou compreender como o desenvolvimento de capacidades dinâmicas em um parque científico e tecnológico influenciou o movimento de cidade inteligente, no contexto de um ecossistema de inovação, entre 1999 e 2021.
Design/Método/Abordagem: a pesquisa adota uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, caracterizada como estudo de caso único. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com gestores e coordenadores dos principais departamentos de um parque científico e tecnológico localizado em uma cidade inteligente do Estado do Rio Grande do Sul, além da análise de documentos da cidade.
Originalidade/Relevância: ao tratar da coevolução entre capacidades dinâmicas e o movimento de cidade inteligente, o estudo oferece subsídios sobre como capacidades organizacionais podem se alinhar à inovação urbana. Contribui para o entendimento de como infraestruturas de conhecimento moldam o desenvolvimento de cidades inteligentes e ecossistemas de inovação.
Principais Resultados/Achados: o parque passou por três estágios coevolutivos (criação, desenvolvimento e consolidação). Em cada fase, as capacidades dinâmicas — como transformação, multifuncionalidade das equipes, autonomia decisória e processos — relacionaram-se às dimensões da cidade inteligente: qualidade de vida, serviços públicos, preservação de recursos naturais, TICs e competitividade.
Contribuições Teóricas/Metodológicas/Implicações: o artigo identifica e relaciona capacidades dinâmicas específicas que desempenharam papel crítico na promoção da inovação e na transformação urbana. Avança o debate sobre como essas capacidades influenciam os processos de inovação urbana ao longo do tempo.
Contribuições Sociais/Gerenciais: os resultados auxiliam planejadores urbanos, formuladores de políticas públicas e gestores da inovação a compreender o papel estratégico dos parques científicos e tecnológicos no desenvolvimento regional, evidenciando sua influência na trajetória das cidades inteligentes por meio das capacidades organizacionais.
Referências
AKGÜN, A. E. et al. Organizational intelligence: a structurations view. Journal of Organizational Change Management. v. 20, p. 272-289, 2012.
AUTIO, E.; THOMAS, L. Innovation Ecosystems in: The Oxford Handbook of Innovation Management; Dogson. M.; Gann, D.; Phillips, N. Oxford University Press, 752p., 2013.
BARDIN, L. Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa: Edições 70, 2006.
COHEN, W.M; LEVINTHAL. Absorptive Capacity: A new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quaterly, v. 35, n. 1, p. 128-152, 1990.
FREEMAN, R. E. Strategic management: a stakeholder approach. New York: Cambridge University Press, 2010.
GARZÓN, M. A. Modelo de capacidade dinámicas. Revista Dimensión Empresarial, v. 13, n. 1, p. 111-131, jul-dez 2015.
GIBSON, C. BIRKINSHAW, J. Building ambidexterity into na organization. MIT Sloan Management Review. v. 45, n. 4, 2004.
GIFFINGER, R., GUDRUN, H. Smart Cities: Ranking of European medium-sized Cities. Centre of Regional Science (SRF), Vienna University of Technology, Vienna, Austria, 2007.
HEATON, S. et al. Universities and innovation ecosystems: a dynamics capabilities perspective. Industrial and Corporate Chance, p. 1-19, 2019.
HELFAT, C. E. RAUBITSCHEK. Dinamic and integrative capabilities for profiting from innovation in digital platform-based ecosystems. Research Policy. v. 47, p. 1391-1399, 2018.
KOMNINOS, N. Intelligent cities: towards interactive and global innovation environments. International Journal of Innovation and Regional Development, v. 1, n. 4, p. 337-355, 2009.
MAGALHÃES, A.B.V.B. Estrutura de serviços do conhecimento em parques científicos e tecnológicos – incrementando a relação empresas-universidade-centros de pesquisa. Tese de Doutorado em Tecnologia Nuclear. Instituto de Pesquisas Energéticos e Nucleares – USP. São Paulo, 2009.
MEIRELLES, D. S.; CAMARGO, A. A. B. Capacidades dinâmicas: o que são e como identifica-las, RAC, v. 18, n. 3, p. 41-64, Rio de Janeiro, 2014.
MOORE J. E. Predators and prey: a new ecology of competition. Harvard Business Review. v. 71, n. 2,p. 75-83, 1993.
PETTIGREW, A. et al. Shaping strategic change. London:Sage Publications, 1992.
SANT’ANNA, H. C.; et al.; Qual a inteligência das cidades inteligentes? Urbanidades Mediações – PPG Design UnB, p. 139-189, 2017.
STABER, U.; SYDOW, J. Organizational adaptive capacity; a structuration perspective. Journal of Management Inquiry. v. 11, n. 4, p. 408-424, 2002.
TEECE, D. J. Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, v. 28, n. 13, p. 1319–1350, 2007.
TEECE, D. et al. Dynamic Capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, v.18. n. 7. p 509 – 533, 1997.
Urban Systems – Ranking Connected Smart Cities, São Paulo. Disponível em: <https://www.urbansystems.com.br/rankingconnectedsmartcities>. Acesso em 13 de dez 2020.
WANG, C. L.; AHMED, P. K. The development and validation of the organizational innovativeness construct using confirmatory factor analysis. European Journal of Innovation Management, v. 7, n. 4, p. 303-313, 2004.
______. Dynamic capabilities: a Review and Research International. Journal of Management Reviews. v. 9, n. 1, p.31-51, 2007.
ZAHRA, S. A.; GEORGE, G. Absorptive capacity: A Review, reconceptualization and extension. Academy of management Review, v. 27, n. 2, p. 185-203, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), que está autorizada a publicá-lo em meio impresso, digital, ou outro existente, sem retribuição financeira para os autores. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.