Best Destinations for Women:
Uma análise das 100 primeiras listas de indicações de destinos para mulheres na plataforma Google
Palabras clave:
Mulheres viajantes, Viagens femininas, Gênero, Solo travelers, Typical Text SegmentResumen
Ainda que sejam maioria no setor do turismo, observa-se que, ao viajar, mulheres de todo o mundo compartilham inseguranças e constrangimentos. Também, sabe-se que a comunicação virtual pode tornar-se uma aliada no processo de fortalecimento da autonomia da viajante. Partindo dessas reflexões, o objetivo deste estudo foi explorar as indicações e informações disponíveis nos sites mais visíveis encontrados na plataforma Google®, quando se busca sobre ‘melhores destinos para as mulheres’, a fim de compreender essa comunicação e seu possível processo de fortalecimento da autonomia feminina em viagens, traçando uma analogia com o conceito de Conteúdo Gerado pelo Usuário [CGU]. Foram codificados os textos contidos em 100 listas de destinos para mulheres, disponíveis online; realizou-se a Classificação Hierárquica Descendente [CHD]; e procedeu-se à análise interpretativa dos resultados. Quatro classes representavam aquilo que estava sendo apresentado nos sites: Turismo de natureza: aventura e sol e praia; Turismo urbano e seus atrativos; Segurança e a viagem solo; Segurança e espaços públicos. Retomando o conceito de CGU, apreende-se que os relatos e indicações, por terem sido produzidos por mulheres viajantes comuns, são permeados de confiabilidade e segurança. Com isso, foi possível perceber que a maior parte das indicações não é baseada em dados que tornam de fato os destinos citados as melhores opções para o público feminino. Por outro lado, foi possível encontrar motivações, interesses, dicas, relatos, escolhas de construção textual, contradições, pressupostos, e aquilo que compunha os relatos das autoras das listas. Sugere-se análises que se aprofundem na inter-relação do papel da mídia, a mulher como parcela representativa dos viajantes, os relatos pessoais, e os destinos turísticos.