Linguagem como atividade discursiva: considerações sobre práticas escolares
Abstract
Este artigo trata da atividade discursiva do falante, mais especificamente, da produção de leitura e de escrita escolar. A motivação para o estudo decorre da prática docente que vem revelando que muitos estudantes chegam aos cursos de pós-graduação com habilidades linguísticas que comprometem a aprendizagem e a sistematização do conhecimento. Consequência provável de um ensino pouco reflexivo, essas questões precisam ser repensadas nos cursos de formação de professores. Entre os aspectos a serem repensados estão concepções linguísticas que direcionam o trabalho do professor de língua. Para refletir sobre as implicações que essas concepções exercem sobre a atuação do professor, este texto ancora-se em ideias de pensadores como M. Bakhtin, L. Vygotsky e F. de Saussure, demonstrando que suas proposições podem contribuir para auxiliar o professor a repensar as práticas escolares de linguagem.