Aplicação do fruto Abelmoschus esculentus no tratamento de água: uma revisão sistemática

Abstract

A água consumida pelo ser humano necessita passar por tratamento, para apresentar qualidade. A fim de identificar possibilidades de tratamento simplificado, o estudo verificou o uso do quiabo como coagulante/floculante no tratamento de água para consumo humano, por meio de revisão sistemática, pautada na varredura de artigos científicos disponíveis em bases internacionais: Scopus, Web of Science e ScienceDirect. Fundamentou-se na criação de protocolo de pesquisa, levantamento e identificação dos artigos, seleção destes a partir dos critérios de inclusão e exclusão e, por fim, extração dos dados, para assim analisar integralmente artigos para compor o portfólio bibliográfico. Das 1532 publicações regatadas, 13 artigos foram lidos. Houve registro de estudos a partir de 1996, com destaque para 2015 e 2016. Ressalva-se que alguns trabalhos utilizam o quiabo apenas como coagulante, outros como floculante ou mesmo nessa dupla função. Além disso, o quiabo foi estudado tanto individualmente como associado a coagulantes químicos ou orgânicos, nas mais diversificadas dosagens. No tocante à eficiência, observou-se melhorias dos parâmetros estudados (58 a 98 %), o que retrata resultados promissores. Com isso, percebe-se que o uso do quiabo no tratamento de água, além de acessível utilização, por apresentar facilidade na aquisição, é também sustentável por ser um coagulante/floculante natural.

Application of Abelmoschus esculentus fruit in water treatment: a systematic review

The water consumed by human needs to undergo treatment to present quality. To identify possibilities of simplified treatment, the study verified the use of okra as a coagulant/flocculant in the treatment of water for human consumption, through a systematic review, based on the scanning of scientific articles available in international databases: Scopus, Web of Science, and ScienceDirect. It was based on the creation of a research protocol, survey and identification of papers, selection of these from the inclusion and exclusion criteria, and finally, data extraction, to thoroughly analyze articles to compose the bibliographic portfolio. Of the 1532 publications recognized, 13 papers were read. There was a record of studies from 1996, with emphasis on 2015 and 2016. It should be noted that some studies use okra only as a coagulant, others as a flocculant or even in this double function. In addition, okra has been studied both individually and associated with chemical or organic coagulants, in the most diverse dosages. Regarding efficiency, improvements were observed in the parameters studied (58 to 98%), which shows promising results. With this, it is perceived that the use of okra in water treatment, in addition to being accessible for presenting ease in acquisition, is also sustainable because it is a natural coagulant/flocculant.