Chamada Dossiê RRV-TH: Turismo Científico: Relações Ciências e Turismo no Continente Americano

2024-07-23

TURISMO CIENTÍFICO:
RELAÇÕES CIÊNCIAS E TURISMO NO CONTINENTE AMERICANO.


Poderão ser encaminhadas para participação desse Dossiê, pesquisas em formato de Artigos, Ensaios, Resenhas, Relatos de Caso, Biografias, Autobiografias e Entrevistas, que abordem o Turismo Científico em suas bases conceituais, dimensões, contextos e práticas associadas nas Américas do Norte, Central e Sul.
Os textos poderão ser submetidos em português, espanhol, francês ou inglês até 1º de outubro de 2024, conforme normas da Revista (links abaixo). São esperadas submissões que versem sobre, mas não se limitem, aos seguintes tópicos:


- Contribuições teóricas, conceituais e metodológicas que abordem o Turismo Científico em relações com a Ciência Cidadã, Ações Participativas, Mediação Científica,
Popularização da Ciência.
- Participação do Turismo Científico no desenvolvimento social e econômico de
localidades, regiões e países em processos relacionados com a economia do
conhecimento, o desenvolvimento baseado em conhecimento e a inteligência
territorial.
- Novas formas de cooperação científica, transformações na mobilidade turística,
transições no turismo, destinos e sistemas territoriais globais, Geoparques, Reservas
da Biosfera e comunidades tradicionais.
- Estudos de caso sobre estações científicas, destinos de turismo científico e situações
similares.
- Pesquisas sobre oferta e demanda de mobilidade científica.


Organizadores:
Dr. Michel Bregolin (UCS – Brasil / ISTN), Lattes
Dra. Laura Rudzewicz (UFPEL – Brasil / ISTN), Lattes
Dr. Fabien Pierre Marie Bourlon (CIEP - Chile / ISTN), Currículo
Dr. François de Grand-Pré (UQTR – Canadá / ISTN), Currículo
Dr. Pablo Szmulewicz (UACH – Chile / ISTN) Currículo
Dr. Pascal Mao (UGA – França / ISTN), Currículo
Dra. Trace Gale (CIEP – Chile), Currículo


CONTEXTUALIZAÇÃO DESTE DOSSIÊ ESPECIAL SOBRE TURISMO CIENTÍFICO


Desde 2008, estudos sobre os tipos de turismo presentes na Patagônia chilena e, mais especificamente, na região de Aysén, vem sendo desenvolvidos por meio de parcerias entre pesquisadores do Centro de Investigación en Ecosistemas de La Patagonia (CIEP, Chile), da Universidad Austral de Chile (UACh, Chile), da Université Grenoble Alpes (UGA, França) e da
Universidade de Caxias do Sul (UCS, Brasil).
Nesse processo, diversas práticas turísticas, identificadas como marcadores culturais (Corneloup et al., 2004) de áreas turísticas periféricas, atraíram a atenção dos pesquisadores, incluindo viagens relacionadas com trilhas de longo curso, mochileiros, ecoturismo e mobilidade científica.
A partir da observação dessas práticas foi identificado um uso generalizado do conceito de Turismo Científico (TC) em diferentes campos e contextos de turismo nesse território, motivando assim uma tentativa inicial de síntese e definição do Turismo Científico (Mao & Bourlon, 2011a).
Durante os anos seguintes, essas ações de cooperação se intensificaram sob a forma de
pesquisas, de missões, de eventos e outras iniciativas conjuntas, as quais culminaram na criação da Rede Internacional para pesquisa e desenvolvimento do Turismo Científico/ International Scientific Tourism Network – ISTN, em 2018.
Com isso, novos pesquisadores, instituições e interessados no Turismo Científico passaram a integrarem esse grupo contribuindo para uma ampliação das reflexões sobre o assunto. Como consta da literatura científica, diferentes práticas e/ou produtos turísticos que associam a dimensão científica em gradações diversas podem ser identificadas, o que suscita discussões sobre as condições de surgimento da noção de Turismo Científico e a sua relevância para a dinâmica do turismo contemporâneo.
Também, não sendo os vínculos entre o turismo e a ciência evidentes para muitos autores, mostra-se necessário ampliar debates e aproximar pontos de vista por vezes contraditórios.
Particularmente, considerar situações presentes em contextos de projetos de desenvolvimento territorial que partem de premissas diferentes para definirem os recursos científicos - pesquisas, publicações, conhecimentos adquiridos em diferentes campos disciplinares - que poderão ser
utilizados em novas formas de mediação científica e base para a criação de experiências turísticas inovadoras.
Nesse sentido, com a maturação dos debates sobre o Turismo Científico, outros conceitos
também se apresentaram pertinentes de serem examinados associados com ele, a exemplo da economia do conhecimento, do desenvolvimento baseado em conhecimento, das novas formas de cooperação científica, das transformações na mobilidade científica, da mediação científica, da inteligência territorial, das transições no turismo e nos sistemas territoriais.
Tendo por base esses antecedentes, este dossiê especial da Revista Rosa dos Ventos sobre Turismo Científico propõe ampliar o escopo da discussão deste assunto para todo o continente americano visando obter contribuições de estudos que permitam avançar a compreensão da realidade e perspectivas do TC nas Américas do Sul, Central e do Norte.
O objetivo é promover reflexões sobre a ciência como um recurso territorial e uma ferramenta para novas formas de mediação que incentivem uma ciência mais participativa associada ao turismo. Também ampliar a análise do TC no contexto da mobilidade contemporânea. Para isso,
convidamos todos a apresentarem textos inéditos e originais em Português, Espanhol, Francês ou Inglês contribuindo com essa iniciativa da Revista Rosa dos Ventos – Turismo e Hospitalidade, associada ao Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade da Universidade de Caxias do Sul (UCS), a qual tem o apoio da International Scientific Tourism
Network (ISTN).