A distopia como ferramenta de análise crítica do real: reflexões sobre o controle do corpo feminino em O Conto da Aia, de Margaret Atwood

Autores

  • Morgana Carniel Universidade de Caxias do Sul
  • Cristina Loff Knapp UNiversidade de Caxias do Sul -UCS
  • Rafael Eisinger Guimarães Universidade de Santa Cruz- UNISC

Palavras-chave:

Distopia, Crítica Feminista, Corpo feminino, O Conto da Aia.

Resumo

O presente estudo objetiva investigar como se dão as relações assimétricas de gênero na obra distópica O Conto da Aia (2017), a partir da análise das experiências das mulheres de Gilead, descritas pela personagem Offred, a fim de demonstrar, pelo viés da Crítica Feminista, quais são os mecanismos de controle do corpo feminino empreendidos pela organização patriarcal da sociedade descrita na obra. Como aporte teórico, serão utilizados os textos de Judith Butler (2019), Simone de Beauvoir (1982), Sherry Ortner (1979), Ildney Cavalcanti (2003), Anna Gilarek (2012), Leomir Cardoso Hilário (2013), Gregory Claeys (2010, 2017), Tom Moylan (2000), Lyman Tower Sargent (1994) e Bruno Anselmi Matangrano e Enéias Tavares (2018). Partindo da concepção de controle de condutas e corpos, será possível compreender a lógica patriarcal que subjaz a ideia de inferioridade do sujeito feminino, em uma abordagem analítico-crítica do assunto que é favorecida pela narrativa distópica.

Biografia do Autor

Morgana Carniel, Universidade de Caxias do Sul

Graduada em Letras – Português pela Universidade de Caxias do Sul. Mestranda (bolsista PROSUC/CAPES) no Programa de Pós-Graduação em Letras e Cultura da Universidade de Caxias do Sul, na linha de pesquisa de Literatura e Processos Culturais. Investiga as contribuições femininas na literatura insólita a partir da análise de contos fantásticos de Silvina Ocampo na revista argentina Sur. Membro do grupo de pesquisa Literatura e Gênero (UCS). Possui capítulos publicados em três obras do grupo: Imprensa Feminista e Literatura: Contribuições da revista "A Mensageira" (2019), O Insólito na Literatura: Olhares Multidisciplinares (2020) e Contos insólitos de mulheres latino- americanas: entrelaçamentos teóricos e críticos (2021). 

 

Cristina Loff Knapp, UNiversidade de Caxias do Sul -UCS

Graduação em Letras- Português (UNISINOS); Mestrado em Letras-  Literatura Brasileira (UFRGS); Doutorado em Letras- Literatura Comparada (UFRGS). Professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS), no Curso de Letras- Português e no Mestrado em Letras e Cultura e pesquisadora na área de Gênero focalizando o resgate de escritoras do século XIX. 

Rafael Eisinger Guimarães, Universidade de Santa Cruz- UNISC

Graduação em Comunicação Social - habilitação em Publicidade e Propaganda (UFRGS); especialização em Literatura Brasileira (Unisinos); mestrado em Literatura Comparada (UFRGS); doutorado em Literatura Comparada (UFRGS). É professor do Departamento de Ciências, Humanidades e Educação e do Programa de Pós-graduação em Letras – Mestrado e Doutorado, da Universidade de Santa Cruz do Sul. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em literatura brasileira, literatura platina e literatura comparada, trabalhando principalmente com questões relacionadas aos estudos decoloniais, à crítica feminista e aos estudos de gênero

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Publicado

2023-05-13

Como Citar

Carniel, M., Knapp, C. L., & Guimarães, R. E. (2023). A distopia como ferramenta de análise crítica do real: reflexões sobre o controle do corpo feminino em O Conto da Aia, de Margaret Atwood. ANTARES: Letras E Humanidades, 15(35). Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/11347

Edição

Seção

O MOVIMENTO FANTASISTA DE AUTORIA FEMININA