Um amador na periferia do capitalismo: Quincas Borba e a oblíqua revolução de Machado de Assis

Autores

  • Rony Márcio Cardoso Ferreira UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Pedro Guilherme Lopes de Macedo UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Ana Luiza Oliveira Postingher UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Literatura, Sociedade, Periferia, Capitalismo, Machado de Assis.

Resumo

Considerado pela crítica um dos maiores escritores do século XIX, Machado de Assis revolucionou o modo de produzir literatura no Brasil. Com textos críticos e narradores irônicos, Machado deu um passo adiante no que até então se entendia por literatura nacional, representando não as nossas exóticas paisagens, mas os intricamentos dos abismos social e cultural brasileiros. O autor de Memórias póstumas (1881) inovou ao chamar o leitor para participar da construção das histórias que escreveu e, de forma reflexiva e até certo ponto dialética, problematizou grandes discussões de seu tempo, fossem elas sociais, morais ou filosóficas – não dando a elas respostas, mas concedendo ao leitor um espaço de reflexão. A partir dessas inferências, o presente artigo busca apresentar uma leitura do romance Quincas Borba, publicado em 1892, o qual se apresenta como uma oblíqua revolução, dando ao Machado escritor nuances de um Machado crítico mais afeiçoado à ficção que aos manifestos. Para tanto, esta leitura tomará como base, entre outros, os postulados de Antonio Candido (1991; 2015), Silviano Santiago (2008) e Roberto Schwarz (1987; 2000a; 2000b; 2014), estudiosos que consideramos basilares para o estudo da literatura e da cultura brasileira, bem como da obra de Machado de Assis.

Biografia do Autor

Rony Márcio Cardoso Ferreira, UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB). Professor de Literatura Brasileira dos Cursos de Letras da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (FAALC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Cidade Universitária de Campo Grande. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação stricto sensu em Letras (Campus de Três Lagoas/UFMS) e do Programa de Pós-graduação stricto sensu em Letras (Unidade Universitária de Campo Grande/UEMS).

Pedro Guilherme Lopes de Macedo, UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Graduando em Letras - Licenciatura - Habilitação em Português/Inglês pela Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (FAALC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica 2020-2021.

Ana Luiza Oliveira Postingher, UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Graduada em Letras e Psicologia pela mesma Universidade. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica 2020-2021.

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Publicado

2023-05-13

Como Citar

Cardoso Ferreira, R. M., Lopes de Macedo, P. G., & Oliveira Postingher, A. L. (2023). Um amador na periferia do capitalismo: Quincas Borba e a oblíqua revolução de Machado de Assis. ANTARES: Letras E Humanidades, 15(35). Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/11116

Edição

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