Influência da temperatura e tempo de cura na transição vítrea da resina epóxi

Authors

  • Alexandre Mendes Castro Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologia e Engenharia de Materiais – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul http://orcid.org/0000-0002-8684-4225
  • Edson Luiz Francisquetti Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Farroupilha http://orcid.org/0000-0002-1055-3317
  • Alexandre Luís Gasparin Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Caxias do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.18226/23185279.v7iss3p14

Abstract

O presente estudo determinou a temperatura de transição vítrea (Tg) de uma resina epóxi utilizada como matriz de material compósito com tecido de fibra de carbono. Foram utilizados dois métodos distintos de cura, com o objetivo de obter uma Tg mínima e uma cura sem bolhas ou vazios internos. A aplicação dessa resina será como matriz de um compósito laminado de fibra de carbono. Para tal dois métodos de cura foram propostos, o método A e B. O método A consistiu em curar a resina em estufa com uma temperatura de cura e pós-cura mais elevadas, porém por num tempo menor do que o método B. O método A resultou em temperaturas de transição vítrea em três das cinco amostras acima dos 100°C; porém, houveram defeitos internos nas amostras no momento da cura em temperatura elevada. O método B consistiu em curar 4 amostras em temperatura mais baixa (na faixa dos 23 °C), por um período de tempo maior (24, 96, 168, 240 h). Após esse processo, submeteu-se a uma pós-cura em estufa com uma temperatura mais elevada (55 °C ou 80 °C) por 4 horas, e avaliou-se a sua Tg antes e depois do processo de pós-cura. O método B obteve todas as amostras livres de defeitos tanto no processo de cura quanto no processo de pós-cura, e apresentou uma amostra com Tg logo acima dos 90 °C após o processo de pós-cura. A aplicação do material compósito em estrutura aeronáutica será submetida a temperaturas de no máximo 80 °C. O método B foi escolhido por satisfazer os critérios de isenção de defeitos internos e uma Tg acima dos 80 °C.

 

http://dx.doi.org/10.18226/23185279.v7iss3p14

Author Biographies

Alexandre Mendes Castro, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologia e Engenharia de Materiais – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Graduado em engenharia mecânica pela universidade de Caxias do Sul UCS (2015), cursando especialização em docência para educação profissional e tecnológica pelo instituto federal de educação ciência e tecnologia de Santa Catarina IFSC, mestrando em engenharia de materiais pelo instituto federal de educação ciência e tecnologia do Rio Grande do Sul IFRS, técnico em eletromecânica. Experiência profissional nas áreas de usinagem, processos de fabricação, manutenção mecânica e projetos de máquinas. Atualmente atua como professor substituto no instituto federal de ciência e tecnologia do rio grande do sul campus Erechim. ExperiÊncia na área de processos de fabricação, usinagem, manutêncão mecânica, projetos de máquinas e materiais compósitos.

Edson Luiz Francisquetti, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Farroupilha

Professor EBTT e do curso de pós graduação em tecnologia e engenharia de materiais departamento PPGTEM,instituto de educação e tecnologia do Rio Grande do Sul -IFRS - Campus Farroupilha

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Published

06/24/2019

How to Cite

Castro, A. M., Francisquetti, E. L., & Gasparin, A. L. (2019). Influência da temperatura e tempo de cura na transição vítrea da resina epóxi. Scientia Cum Industria, 7(3), 15–23. https://doi.org/10.18226/23185279.v7iss3p14

Issue

Section

Science, Education and Engineering