Avaliação do Polimorfismo e Perfil de Dissolução de Formulações de Carbamazepina

Authors

  • Gisele Tavares
  • Camila Cervi Pires
  • Juliana Dias Souza
  • Leandro Tasso Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade de Caxias do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18226/23185279.v4iss3p161

Abstract

A carbamazepina é um fármaco que apresenta baixa solubilidade, estreita janela terapêutica e exibe polimorfismo. A presença de diferentes polimorfos da carbamazepina em medicamentos está relacionada com propriedades de solubilidade de dissolução limitadas, onde apenas a forma polimórfica III deve estar presente em produtos comerciais. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade de produtos referência, genérico, similar e manipulado de carbamazepina na dose de 200 mg, através da identificação da forma polimórfica presente nos produtos empregando a espectroscopia no infravermelho, calorimetria exploratória diferencial e a difração por raio-X, bem como correlacionar os resultados com os perfis de dissolução. A qualidade dos produtos também foi avaliada mediante o teste do peso médio e de conteúdo. Todas as amostras contendo carbamazepina apresentaram a forma III na sua composição. Nenhuma das formulações apresentou perfil de dissolução semelhante ao produto de referência. Observou-se que todos os produtos contendo carbamazepina estavam de acordo com as especificações farmacopeias em relação ao peso médio e seu conteúdo. A eficácia de dissolução variou de 88,71% a 95,34%. O controle constante de polimorfismo é um passo importante para garantir a qualidade dos produtos, uma vez que a carbamazepina pode se converter em diferentes polimorfos.

 

http://dx.doi.org/10.18226/23185279.v4iss3p161

References

Aulton, M. E.; Delineamento de formas farmacêuticas, 2 ed., Porto Alegre: Artmed, 2005.

Storpirtis, S.; Gai, M. N.; Campos, D. R.; Gonçalves, J. E.; Farmacocinética básica e aplicada, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

Sánchez, G. E.; Jung, H. C.; Yépes, L. M.; Hernández-Abad, V.; Rev. Mex. Cienc. Farm. 2007, 38, 58.

Cuffini, S. L.; Pitaluga, J. R. A; Tombari, D.; Em Ciências Farmacêuticas –Biofarmacotécnica; Storpirtis, S.; Gonçalves, J. E.; Chiann, C.; Gai, M. N., 1 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009, cap. 3.

http://www.fda.gov/downloads/Drugs/Guidances/UCM072866.pdf, acessada em abril de 2015.

http://www.ich.org/fileadmin/Public_Web_Site/ICH_Products/Guidelines/Quality/Q6A/Step4/Q6Astep4.pdf, acessada em abril de 2015.

Brunton, L. L. (Org.).; As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman, 12 ed., Porto Alegre: McGraw-Hill, 2012.

Amidon G. L.; Lennernãs, H.; Shah, V. P.; Crison, J. R.; Pharm. Res. 1995, 12, 413–420.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007. Brasília: Diário Oficial da União, 2007.

Lacy, C. F.; Drug information handbook: a comprehensive resource for all clinicians and healthcare professionals, 21 ed., Ohio, Estados Unidos: Lexi-Comp, 2012.

Alves, M. C.; Polonini, H. C.; Vaz, U. P.; de Oliveira Ferreira, A.; Brandão M. A. F.; Rev. Bras. Farm. 2012, 93, 488.

Llinàs, A.; Goodman, J. M.; Drug Discovery Today 2008, 13, 200.

USP. United States Pharmacopeia, 32 ed. Rockville: United States Pharmacopeial Convention, 2011.

Araujo, G. L. B; Pitaluga, J. R. A.; Antonio, S. G.; Santos, C. D. O. P; Matos, J. D. R.; Rev. Cienc. Farm. Basica Apl. 2012, 33, 30.

Singhal, D.; Curatolo, W.; Adv. Drug Delivery Rev. 2004, 56, 39.

Fuchs, F. D; Wannmacher, L. Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional, 4 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

Korolkovas, A.; França, F. F. A. C.; DTG: dicionário terapêutico Guanabara, Edição 2013/2014, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 136, de 29 de maio de 2003. Brasília: Diário Oficial da União, 2003.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº16, de 2 de março de 2007. Brasília: Diário Oficial da União, 2007.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 17, de 2 de março de 2007. Brasília: Diário Oficial da União, 2007.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RE nº1 de 29 de julho de 2005. Brasília: Diário Oficial da União, 2005.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira, v. 1, 5 ed., Brasília: Anvisa, 2010.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira, v. 2, 5 ed., Brasília: Anvisa, 2010.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº31, de 11 de agosto de 2010. Brasília: Diário Oficial da União, 2010.

Khan, K. A.; J. Pharm. Pharmacol. 1975, 27, 48-49.

Gil, E. S.; Controle físico-químico de qualidade de medicamentos, 2 ed., São Paulo: Pharmabooks, 2007.

Šehić, S.; Betz, G.; Hadžidedić, Š.; El-Arini, S. K.; Leuenberger, H.; Int. J. Pharm. 2010, 386, 89.

Grzesiak, A. L.; Lang, M.; Kim, K.; Matzger, A. J.; J. Pharm. Sci. 2003, 92, 2265-2268.

Behme, R. J.; Brooke, D.; J. Pharm. Sci. 1991, 80, 986.

Elqidra, R.; Ünlü, N.; Çapan, Y.; Sahin, G.; Dalkara, T.; Hincal, A. A.; J. Drug Delivery Sci. Technol. 2004, 14, 151.

Flicker, F.; Eberle, V. A.; Betz, G.; Int. J. Pharm. 2011, 410, 102.

Kobayashi, Y.; Ito, S.; Itai, S.; Yamamoto, K.; Int. J. Pharm. 2000, 193, 141.

Murphy, D.; Rodríguez-Cintrón, F.; Langevin, B.; Kelly, R. C.; Rodrígues-Hornedo, N.; Int. J. Pharm. 2002, 246, 127.

Wang, J. T.; Shiu, G. K.; Ting, O. C.; Viswanathan, C. T.; Skelly, J. P.; J. Pharm. Sci. 1993, 82, 1002.

Downloads

Published

12/19/2016

How to Cite

Tavares, G., Pires, C. C., Souza, J. D., & Tasso, L. (2016). Avaliação do Polimorfismo e Perfil de Dissolução de Formulações de Carbamazepina. Scientia Cum Industria, 4(3), 161–166. https://doi.org/10.18226/23185279.v4iss3p161

Issue

Section

Science, Education and Engineering